Numa conversa com o jornalista Claudemir Gomes, falamos sobre o futebol feminino no Brasil e as dificuldades que esse setor encontra para se desenvolver.
Tivemos uma boa experiência na nossa passagem pela Federação de Futebol local, quando conseguimos fazer bons torneios da categoria, mas os problemas eram gigantescos, e o mais complicado era o de se conseguir campos dignos para os eventos. Era uma luta insana.
Na conversa surgiu mais uma vez o papel da escola para a iniciação esportiva, e que nos deu o mote para postarmos mais uma artigo sobre o assunto.
Na escola, a criança começa a se motivar para a prática desportiva, com uma conscientização de que o esporte poderá dar uma excelente contribuição para o seu futuro. Podemos chamar esse primeiro passo de animação esportiva, que não irá formar praticantes de qualquer modalidade esportiva, e sim inseri-los no sistema para o desporto infantil e juvenil.
Há anos que mostramos que o processo de formação desportiva está atrelado ao sistema educativo, que tem na prática do desporto um meio de formação que contribuiu para alcançar os objetivos do desenvolvimento e de educação integral do individuo.
Após a iniciação, onde foram dadas as primeiras oportunidades de descobrimento do esporte, passamos para uma segunda fase, a da orientação esportiva, que corresponde a formação desportiva que os jovens com um grau maior de maturação, deverão optar por pelo menos dois esportes (entre 11 e 12 anos) coletivos, ou individuais, e entre 13 e 16 anos deverão fixar-se em um só, o que foi escolhido após a iniciação e a primeira etapa da orientação.
Começam os seus treinamentos esportivos em clubes ou mesmo nas escolas e centros específicos, onde esses irão especializar-se no segmento escolhido, e poderão chegar ao de alto rendimento, que é a base da pirâmide formadora.
Isso se chama de categoria de base, que deverá contar com um apoio logístico de profissionais de alto nível, que irão trabalhar nos aspectos técnicos, físicos e táticos.
Por outro lado, deverá se dar a ênfase ao trabalho psicológico, nutricional, buscando uma preparação total, com a atuação de bons profissionais bem qualificados, como técnicos formados em educação física, preparadores físicos, fisiologistas, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais, para acompanhar os seus familiares. São os ingredientes para um bom trabalho.
São estas as informações que podemos transmitir, numa certeza de que o estado e os clubes, assim procederem, os resultados serão excelentes, e o futuro desses estará assegurado.
Não existe dificuldade para aplicar os conceitos, ressaltando-se que será necessária a integração escola/clube, mas fundamentalmente de um gerenciamento bem competente e com uma visão para o empreendimento.