O jornal Folha de São Paulo que já foi uma referência do jornalismo brasileiro tornou-se um clone da Tribuna da Imprensa da década de 60, comandada por Carlos Lacerda, jornalista e político dos mais importantes na época, que tinha uma pena sensacionalista.
A perseguição ao Ministro Sergio Moro com dados roubados e sem conteúdo, dá uma aparência de que existe uma vaca no poste. A cada publicação desse jornal cujas vendas caíram de forma vertiginosa, é mais um apoio ao ex-juiz federal que deu início ao combate contra a corrupção e mandou muitos poderosos para a cadeia.
Nunca na história das grandes corporações de mídia do Brasil, tivemos tanto enxugamento nos seus diversos quadros jornalísticos, em especial na imprensa escrita, que é a que vem sofrendo mais abalo na sua competição com as mídias sociais.
Os jornais europeus foram aqueles que mais evoluíram na busca de alternativas para os seus leitores, enquanto no Brasil poucos mudaram nas suas editorias, publicando matérias que já foram lidas por todos um dia antes pela internet, e algumas sensacionalistas.
Não somos jornalistas, mas temos a percepção de um leitor que não deseja a repetição da noticia, e sim o aprofundamento sobre a sua repercussão na sociedade. O que vale repetir algo um dia após o fato?
Na verdade esse ponto, que chamamos de mote, deveria servir para um debate maior na imprensa escrita, com a visão do que poderá acontecer no futuro do país, inclusive no futebol.
Um ponto que sempre temos destacado em algumas postagens é o da necessidade de um maior número de colunistas, formadores de opinião, com a capacidade de observarem que além das notícias existe um algo maior a ser discutido. São essas interpretações que motivam o debate e prendem o leitor.
Não foi acaso que todas as Revistas sobre esportes desapareceram do Brasil, por conta da ausência do novo em suas matérias que se reportavam a fatos que aconteceram por muito tempo atrás, quando na verdade essas poderiam ser analíticas e sobretudo discutindo temas importantes sobre os diversos segmentos do setor. A Sports Ilustrated é um bom exemplo nos Estados Unidos.
Os jornais que não se transformarem minguarão e morrerão, embora tenham muitos anos de vida, desde que a necessidade de mudanças é visível, pois não poderão continuar com uma linha editorial do repetindo o repetido por muitas vezes, um dia antes de suas edições.
O bom colunismo que deverá contar com pessoas sérias e sobretudo competentes, será sem duvida a peça de resistência dos veículos impressos brasileiros, e poderão evitar as suas mortes.