blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

Ontem ouvimos uma frase lapidar: ¨Você está perdendo tempo nessa luta para melhorar o futebol brasileiro, quando esse está em estado de coma numa UTI, por conta dos gestores que trabalham contra¨.

Nos deixou em aberto uma pergunta: ¨Aponte cinco times brasileiros de qualidade que conquistaram o título da Série A na era dos pontos corridos?

Procuramos em nossos arquivos, e na verdade só encontramos duas equipes acima do razoável no período de 2003 a 2018. O Cruzeiro, em 2003 que tinha uma boa mas não excepcional equipe, o Santos de 2004. Daí em diante todos os campeões foram equipes medianas, sem um destaque maior para se apresentar.

O Palmeiras de 2018 era organizado, mas o seu maior craque era o técnico Luiz Felipe Scolari que foi endeusado pela imprensa nacional. O último craque foi Neymar, que não foi campeão nacional, tornou-se uma referencia maior do nosso futebol, e hoje é mais celebridade do que um atleta profissional.

Quando pesquisamos o milênio anterior, verificamos a diferença na qualidade dos atletas, e sobretudo no estilo de jogo apresentado. Na verdade tínhamos um bom futebol em nossos gramados.

Tivemos algumas gerações sensacionais no futebol brasileiro, com times brilhantes, compostos por muitos craques de bola, tais como o Vasco da Gama (50), o Botafogo (entre 54 e 64), Santos no mesmo período, o Flamengo (81 a 83), os Menudos do São Paulo de Cilinho e depois de Telê Santana. Era um futebol arte, com grandes craques que tratavam a bola com a devida reverência.

Um milênio que teve Garrincha, Didi, Nilton Santos, Pelé, Coutinho, Zito, Clodoaldo, Rivelino, Tostão, Dirceu Lopes, Reinaldo, Zico e tantos outros que dariam para encher uma enciclopédia, não pode ser comparado com um outro em que o maior craque é um técnico de futebol.

O esporte da chuteira apequenou-se em conjunto com a sociedade brasileira, e com um agravante os torcedores acompanharam a queda, ao aceitar o baixo nível técnico como solução, esquecendo o caráter do entretenimento que tem o esporte, e que precisa ser um bom espetáculo, para que tenha consumidores.

Se tínhamos craques, qual a razão de não termos mais?

Certamente somente os cartolas poderão responder a tal pergunta, que é bem pertinente, pois são os maiores responsáveis quando abandonaram as bases, para aceitarem produtos feitos e sem uma boa formação. Quando surge um jogador diferenciado, é negociado muitas vezes sem jogar no time principal.

Já pensamos em abandonar essa luta, mas continuamos acreditando que o Brasil poderá mudar. Vamos esperar um pouco mais, embora os corruptos ainda tenham força na sociedade apesar da Lava Jato.

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar