Ontem achamos uma relíquia que estava bem guardada em nossos arquivos, que foi salva da destruição de mais de duas mil postagens publicadas no antigo provedor.

Por uma feliz coincidência essa era nada mais, nada menos, do que o primeiro artigo do blog que foi publicado no dia 04 de julho de 2010.

Resolvemos posta-lo para que os nossos amigos visitantes possam ter uma ideia da realidade de um futebol estagnado que não mudou nos últimos nove anos.

A MESMICE DO FUTEBOL BRASILEIRO

Fim de Copa para o Brasil. Mesmas lamúrias, mesmos comentários, nenhuma análise mais profunda, buscando as raízes dos problemas que nos afetam. A seleção é o retrato do esporte nacional.

A legislação esportiva de 1998, com poucas alterações que não a melhoraram, é a principal responsável pela falta de organização no país. Criou-se uma lei que prejudicou os times formadores de atletas que foram entregues aos grandes beneficiários dessa, ou seja, os empresários.

Os clubes não existem mais pois estão em mãos de tais figuras, que chegam a ser donos de dois ou mais times através da colocação de seus atletas.

A CBF não tem uma Diretoria Técnica que faça o seu planejamento por quatro anos, com a criação de um Calendário mais racional, com campeonatos de diversas Séries durante o ano, inclusive com uma ajuda aos participantes das Séries C e D.

O futebol brasileiro para a grande maioria de seus clubes, é como uma safra agrícola, com períodos, pois esses jogam uma competição, e após o encerramento dessa, esperam o ano vindouro para voltarem a competir.

Não existe nenhum Plano Nacional de Esportes da parte do Governo Federal, cujo Ministério não funciona a contento a não ser durante as sessões do Tribunal de Contas da União.

A separação do Norte e Nordeste, do Sudeste/Sul do país é latente, onde todos os recursos são campeados para aquelas regiões, ficando as migalhas para as demais.

Clubes dirigidos sem responsabilidade, falidos, vivendo de sonhos, sem esperança  e que antes eram formadores dos grandes talentos do futebol nacional.

Temos que unir todas as forças em prol da renovação total do futebol brasileiro em seus conceitos, na forma de ser dirigido. O clube para participar de uma competição a nível estadual ou nacional, deveria comprovar a sua capacidade pagamento, dos seus recursos, para que pudessem receber o alvará de participação das entidades de administração do esporte.

Novos mecanismos mais sérios deveriam ser criados para a proteção do clube formador de atletas, desde que o recentemente aprovado no Congresso Nacional é bisonho e formulado pelos amigos dos agentes que estão matando esse esporte.

Que país é esse?

Nada mudou e tudo continua como dantes após tantos anos.