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Escrito por José Joaquim

A região Nordestina tem 1/4 da população brasileira, com 54 milhões de habitantes. Contempla 9 estados da União, mas politicamente com raras exceções, em todos os seus segmentos não tem força ou voz. 

O Nordestino deixou de ser revolucionário, e os livros de História bem atestam, para tornar-se um acomodado, fraco e submisso ao poder.

Quando se deseja eleger um presidente do Senado ou da Câmara de Deputados, as escolhas muitas vezes recaem sobre um politico desta região. A razão todos sabem: esses são mais acessíveis aos apelos. O mesmo acontece com as lideranças.

No futebol as Federações mais obedientes estão no Nordeste e no irmão Norte. Basta uma ajudinha de custo, uma viagenzinha com acompanhante, e tudo está bem, com o voto garantido. Nos outros esportes, observamos os mesmos procedimentos.

Existem nessas duas Regiões, 16 entidades filiadas ao Circo do Futebol Brasileiro, o que mostra o seu potencial de força, que não é utilizado para impor mudanças e sobretudo para uma politica mais abrangente para todo o pais do futebol.

Numa Assembleia Geral para mudança do Estatuto, os seus representantes totalizam 59%, e poderiam muito bem barrar os casuísmos, como os que foram impostos antes da saída de Ricardo Teixeira, o que ocasionou inclusive a antecipação do processo eleitoral.

Quando da prisão de Jose Marin, mais uma mudança, que teve a aprovação dos cartolas dessas regiões, na eleição do Coronel Nunes, que era mais velho do que o falecido Delfim Peixoto, presidente da Federação Catarinense. Por coincidência ou não, o eleito é o presidente da Federação Paraense.

Existe uma cooptação latente do poder econômico com relação a essas entidades. Essas e seus clubes estão sempre com o pires nas mãos, recorrem ao Circo quando das necessidades. Um modus operandi bem antigo.

Uma união das duas regiões já teria afastado Marco Polo Del Nero do poder, mas nada acontece, e esse continua escondido na Barra da Tijuca por conta do FBI. Só mesmo no Brasil.

A ausência de uma boa educação, de forma proposital promovida pela cultura colonialista que impera na Região, é o maior fator para esse estado de coisa. Um bom exemplo foram os votos da população que mantiveram dois governos federais com suspeitas de corrupção, por treze anos no poder. Cansamos de ouvir nas apurações que faltavam os votos do Nordeste.

Pessoalmente tivemos uma experiência exitosa na união das duas regiões, ao resolvermos mudar o sistema de poder da Confederação de Basquetebol, quando as federações, com exceção da paraibana, resolveram modifica-lo e derrubar algo que já durava há mais de trinta anos.

Conseguimos, apesar das propostas indecentes que muitos presidentes receberam, mas souberam ter a dignidade de levar o projeto até o final, sem cair no canto da sereia. Para que isso acontecesse, ainda obtivemos os votos de algumas entidades do Sul, Sudeste e de Goiás no Centro-Oeste.

O futebol brasileiro não vai mudar, e continuará com a sua forma medieval de procedimento, enquanto o processo não for modificado, enquanto as entidades não tiverem outras caras e novos princípios. O Norte e Nordeste poderiam prestar um grande serviço ao país, dando o ponta pé inicial a uma revolução no setor.

Um sonho que nunca será realizado, por conta do sistema e de seus personagens.

Comentários   

0 #2 RE: O NORDESTE SUSTENTA O ATRASOBLOGDEJJ 31-01-2017 18:15
Prezado Beto:
O amigo não deve ter percebido eu essa Assembleia é para mudança do Estatuto, e só tem a participação das Federações. Na eleitoral que é especifica, os 20 clubes da primeira divisão votam, portanto o percentual que colocamos está correto.
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0 #1 Esquecimento GlobalBeto Castro 31-01-2017 18:00
16 Federações em 47 votos só somam 34% do colégio eleitoral inaugurado também com o golpe turco de 1986 pelo Califa Nabi, substituído por Zé das Vacas tretudas, Coleirinha Eletrônica do Trump Center e pelo viajante dos sete mares retido em Cabrália. O esquema montado pelo Camelódromo Monopolista dos Mamíferos da Calota Polar das geleiras derretidas e arauto de ética, da moral e dos bons costumes e seus cúmplices do Edifício sem nome e os plaqueiros dos pixulecos e afins foi muito bem aparelhado para açambarcar todos os recursos, inclusive das bocas caladas que não entram moscas.
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