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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- MATA-MATA E PONTOS CORRIDOS

* A eliminação do time do Palmeiras na Copa do Brasil diante do Internacional veio reforçar o seu histórico em competições de mata-mata.

Desde a conquista da Copa do Brasil do ano de 2015, o alviverde não conseguiu ter bom aproveitamento em torneios nesse formato.

O jornal Estado de São Paulo fez um levantamento dos resultados do time desde 2016 até hoje, e encontrou uma grande diferença de aproveitamento entre os dois diferentes tipos de competição.

Quando se trata de pontos corridos, seja no Campeonato Brasileiro ou na fase de grupos como na Copa Libertadores e no Campeonato Paulista, o Palmeiras conseguiu um aproveitamento de 69%. Já no caso de mata-mata o rendimento cai e vai para 56%.

Segundo esse estudo, existe a variação de resultados nos diferentes confrontos que persiste até dentro das mesmas competições. A equipe teve, por exemplo, a melhor campanha da primeira fase do Campeonato Paulista em dois anos, mas não conseguiu o mesmo sucesso nas etapas eliminatórias.

O roteiro se repetiu na Copa Libertadores do ano passado, com a eliminação na semifinal após ter sido o destaque da etapa de grupos. Boa parte das vitórias do Palmeiras nos mata-matas foi diante de adversários de divisões inferiores.

Por outro lado, nos pontos corridos o clube do Parque Antarctica tem sido dominante nas últimas temporadas. Desde 2016 acumula dois títulos do Brasileiro e um vice, além de ser o atual líder.

O técnico Luiz Felipe Scolari é mentor das campanhas positivas nos pontos corridos, com 80% de aproveitamento. Já em mata-matas o rendimento cai para 56%. Com o treinador foram cinco classificações e quatro eliminações.

Dentro desse esquema a queda para o Inter era previsível.

NOTA 2- O PESO DA 10ª RODADA NA CLASSIFICAÇÃO FINAL DA SÉRIE B

* Os números são importantes para as previsões que são realizadas para o conhecimento do futuro dos clubes nas competições.

Analisamos as classificações na 10ª rodada da Série B nos últimos cinco anos, para verificarmos o peso que essa representa no final da competição.

2014- Ceará, Joinville, Luverdense e, América-MG estavam no G4. No final apenas o Joinville teve o acesso,

2015- Botafogo, Paysandu, Náutico e América-MG. No final, Botafogo e América-MG, subiram para a Série A,

2016- Vasco, Atlético-GO, CRB e Náutico. Subiram o Vasco e Atlético-GO,

2017- Guarani, Juventude, Vila Nova e Inter. Apenas o Colorado teve sucesso.

2018- Fortaleza, CSA, Avaí e Figueirense. Os três primeiros subiram.

Com exceção dos anos de 2014 e 2017, com apenas um clube, nos anos de 2015 e 2016, dois times que estavam no G4 na 10ª rodada tiveram o acesso, e no ano de 2018 o número aumentou para três.

Na verdade, a 10ª rodada da Série B tem um peso grande no final do campeonato.

NOTA 3- O SAMPAIO CORREA DE JOÃO BRIGATTI

* Depois da demissão de Julinho Camargo e a contratação de João Brigatti, o Sampaio Correa deu um salto gigantesco na tabela da Serie B pulando da sexta colocação com 14 pontos, para a liderança provisória, com 24 pontos e bem próximo da classificação.

Os 10 pontos foram conquistados nos últimos quatro jogos.

Com a vitória sobre o Santa Cruz por 1x0, o Tubarão chegou ao quarto jogo de invencibilidade sob o novo comando, com três vitórias consecutivas e um empate.

O mando de campo influenciou no seu crescimento, desde que dos nove pontos possíveis, sete foram conquistados.

Por outro lado, o treinador do Sampaio Correa melhorou o sistema defensivo do time. Antes eram 13 gols sofridos em nove partidas, e nas últimas quatro a zaga só duas vezes foi vazada.

Embora não sejamos adeptos das mudanças exageradas de técnicos, o exemplo do time boliviano é positivo.

Uma troca mudou de panorama.

NOTA 4- 'MANCHA ALVIVERDE' REPUDIA FELIPÃO 

* As mídias paulistas divulgaram na manhã de ontem uma nota da torcida organizada 'Mancha Alviverde', repudiando as declarações do técnico Luiz Felipe Scolari após a eliminação do Palmeiras na Copa do Brasil.

Uma derrota e a organizada colocou as mangas de fora.

Além do repúdio ao treinador, cobraram do elenco, criticando Dudu, Deyverson e Lucas Lima. A fala de Felipão que foi criticada na nota aconteceu na coletiva após a derrota, já na madrugada de quinta-feira.

Na ocasião, o treinador palmeirense minimizou a eliminação, dizendo que 'ninguém morreu' e que seu time não era imbatível. O atacante Dudu foi criticado pela Mancha por se ausentar da disputa nas penalidades.

A NOTA DA MANCHA ALVIVERDE

'Ninguém morreu. Não tem nada. Perdemos uma competição. Essas são as palavras do nosso treinador Luiz Felipe Scolari. Lamentável essa conduta. É necessário morrer para não passar vergonha? É necessário morrer para Deyverson não jogar? É necessário morrer para não ver o Lucas Lima andando em campo? É preciso morrer para mudar a forma covarde que o time joga?

Estão brincando com coisa séria, ontem um torcedor do Galo morreu do coração dentro do estádio. A paixão pelo futebol é muito mais do que alguns imaginam.

Felipão, estamos bem vivo e atentos à forma arrogante e prepotente que vem tratando o Palmeiras¨.

Uma semana atrás tudo eram flores, e uma derrota os espinhos são jogados.

São coisas do surreal futebol brasileiro. 

NOTA 5- A VIDA DO FUTEBOL BRASILEIRO É NO AVIÃO

* Segundo dados da Pluri Consultoria, os 22 principais clubes do Brasil, jogaram na temporada de 2018, uma média de 64 vezes, e percorreram cerca de 72 mil kms, perdendo 153 dias entre jogos e deslocamentos.

Enquanto isso, os doze maiores times da Europa, jogaram 54 vezes, percorreram apenas 30 mil kms e usaram 103 dias entre jogos e deslocamentos.

Ou seja, enquanto esses descansam e treinam, os nossos estão em aviões e ônibus por ai, e isso não tem um preço. Entendemos que não dá para ser ao mesmo tempo um país continental e o lugar onde os clubes mais jogam no mundo, daí a necessidade de se discutir o calendário.

O resultado desse modelo brasileiro é um maior custo pelo excesso de jogos (logística, lesões, etc), e menos receitas pelo desinteresse de torcedores e da participação de parceiros de negócios, (bilheteria, sócios, patrocinadores, etc) derivado da queda de qualidade de jogo, excesso de rodizio de jogadores, etc.

Na verdade o futebol brasileiro é uma Companhia Aérea, e os seus campos estão nos aeroportos.

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