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Escrito por José Joaquim

Somos de uma geração apaixonada pelo Rio de Janeiro, que era sem duvida o coração do país. Uma cidade acolhedora, e sem a violência de hoje.

Era uma alegria quando íamos a uma reunião da UNE, da CBDU, isso na década de 60, nos anos 80 estávamos ligados ao Basquetebol, quando participamos da diretoria da Confederação. Com o futebol na época de 2000 as coisas já estavam piorando e a violência começava a imperar, e ficávamos na cidade por pouco tempo, chegávamos pela manhã e voltávamos na noitinha.

O medo começava a tomar conta do pedaço.

O Rio é o Rio de Janeiro, do Cristo Redentor, da praia de Copacabana, dos antigos cinemas, do Maracanã, do Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Bangu, América, Bonsucesso, Madureira, etc. Alguns vivem do passado, outros ainda estão na luta.

O preâmbulo desse artigo foi por conta de um comentário feito pelo jornalista português Rui Santos, no programa SIC Noticias na TV, quando esse revelou que o técnico Jorge Jesus não renovará o seu contrato com o Flamengo.

Ouvimos o vídeo e o jornalista foi bem claro no seu comentário: ¨Ele não vai continuar no Flamengo no próximo ano. Vai passar o Natal em Portugal e creio que não voltará ao Flamengo. As coisas estão correndo bem no Rio de Janeiro. O futebol brasileiro é apaixonante, mas é complicado. Há a questão da segurança/insegurança no Rio de Janeiro¨. 

Vamos e venhamos, para um europeu que vive em um local seguro como Lisboa, ao assistir pela televisão, e ler nos jornais as mortes por conta da violência urbana da cidade, deve ter levado um choque quando assistiu o sequestro de um ônibus na Ponte Rio/Niterói, e a comemoração do governador do estado pela ação do ¨snipe¨ que matou o sequestrador.

Que pais é esse onde as autoridades comemoram uma morte como um gol no Maracanã? Obvio que a Policia fez o correto, mas festejar o que aconteceu é bem diferente.

Em Lisboa, Jesus quando no Benfica podia ir de Metrô para o estádio, que tem uma estação colada à esse, podia andar pelas ruas sem olhar para os lados como medo de assalto, podia retirar dinheiro em um caixa na rua sem ter medo do ladrão. Podia atravessar uma rua sem o receio de ser atropelado, desde que os motoristas mesmo sem semáforo param para que o pedestre passe. Um mundo diferente.

Por outro lado a permanência de Jorge de Jesus é importante para o futebol brasileiro, posto que esse poderá trazer bons ensinamentos através do Flamengo.

Trata-se de um técnico com o mercado europeu aberto, e hoje é muito necessário ao Brasil futebolístico. Na verdade com mais um ano deixará o time da Gávea bem em outro nível.

Segurem o Jesus.

Comentários   

0 #2 RE: O RIO DE JANEIRO E JORGE JESUSCARLOS ALFREDO 24-08-2019 11:19
JJ: O amigo mostrou o momento em que o pais está vivendo, o de espantar os de fora. O sei texto está correto e bem focado. O Rio já foi Rio, hoje é das milícias.
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0 #1 RE: O RIO DE JANEIRO E JORGE JESUSANTONIO CORREIA 24-08-2019 10:45
JJ: O artigo reflete bem a realidade de dos países: Brasil e Portugal e suas condições de vida. O nosso país foi tomado pela violência e a terra Lusa pelo desenvolvimento. O que está acontecendo com Jesus, é o inverso que o brasileiro sente quando chega a Lisboa.
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