* O Náutico jogou dentro dos conformes de um jogo de mata-mata na casa do adversário, cujo empate seria bem recebido.
O primeiro tempo foi fraco, equilibrado com dois times jogando no meio de campo com raras buscas na procura das metas.
O placar de 0x0 era favorável ao alvirrubro por esse jogar a partida de volta em casa.
Na segunda fase o jogo ficou bem mais movimentado com o time mandante com mais intensidade, inclusive colocando uma bola na trave. O Náutico procurava os contra-ataques.
O Papão do Curuzu esteve mais perto de abrir o placar, mas o goleiro Jefferson não deixou a bola entrar na sua meta. O placar final de 0x0 foi excelente para o Timbu, que estará jogando junto com a sua torcida na partida decisiva, mas sem menosprezar o rival que é sempre um adversário difícil por tradição.
A arbitragem de Anderson Daronco foi de alto nível, e como se diz na gíria do futebol, esse apitou com o jogo no bolso.
O Náutico tem todas as chances para ter o acesso à Serie B no final da semana. O time pulou uma fogueira, em pleno mês de setembro.
NOTA 2- NA SÉRIE B O GRUPO DA CAETANA TAMBÉM ESTÁ EMBOLADO
* A embolada na Série B Nacional não está apenas ligada ao grupo que briga pelo acesso, desde que na parte da zona da Caetana essa também está equilibrada.
A distância do 17º colocado, Vila Nova, para o 12º, Brasil de Pelotas é de apenas quatro pontos. Para o 14º, Criciúma essa reduz para apenas um ponto, ou seja uma vitória do time goiano, ou uma derrota do 16º ao 14º, o panorama muda.
A segunda página da tabela de classificação está com a foice da Caetana preparada para os 10 componentes. Algo pouco visto nessa competição.
Por outro lado, enquanto um time paulista tem a liderança com folga no campeonato, o Bragantino, os três últimos colocados também são de São Paulo.
O estado poderá bater sua própria marca negativa na divisão, ao ter três clubes rebaixados. O Guarani venceu o Figueirense com a ajuda do apito amigo, tem 19 pontos, a mesma pontuação do São Bento, e um degrau acima encontra-se o Oeste que empatou com o Sport.
Será sem duvida uma queda para abalar o futebol de São Paulo, que poderá dar o campeão da Série B, e ter três cabeças ceifadas.
Como a situação está muito parelha, esses poderão escapar da foice da Caetana, mas terão dificuldades pelo que estão apresentando nas rodadas.
NOTA 3- O FAIR PLAY DO FUTEBOL BRASILEIRO SÓ EM 2023
* O Circo do Futebol Brasileiro conhecido na Barra da Tijuca como CBF, anunciou a conclusão da elaboração do regulamento das regras do fair-play-financeiro para controlar os gastos dos clubes a partir de 2020.
Pelo texto apresentado, as agremiações podem ser punidas por não atender requisitos financeiros como controle de gastos.
O fair-play financeiro faz parte dos sistema de licenciamento dos clubes. As normas ainda não foram publicadas.
Obvio que seria um avanço para o equilíbrio das contas dos clubes nacionais. Mas, como sempre existe um "mas" nessa entidade, segundo o jornalista Rodrigo Mattos do Portal UOL, as punições só irão começar a partir de 2023, já que o período inicial é educativo.
Uma piada pronta, desde que vamos esperar mais três anos para que as punições de clubes que tenham dividas com outros clubes ou com jogadores aconteçam, e mais greves apareçam.
O mais grotesco dessa atitude é que o ano previsto para o inicio do fair-play financeiro do futebol nacional, corresponde ao processo eleitoral do Circo, e é bem obvio que os eleitores não serão punidos e sim perdoados pelos votos.
São coisas do futebol brasileiro, que faz parte do Bloco do Sanatório Geral.
NOTA 4- A AULA DE PEP GUARDIOLA
* Enquanto no Brasil somente os jogadores do Cruzeiro ficaram ao lado dos companheiros do Figueirense quando esses decretaram uma greve por conta dos atrasos salariais, o técnico Pep Guardiola, uma das maiores referências do atual futebol mundial, se posicionou sobre o assunto em uma entrevista ao DAZN, defendendo os atletas do time brasileiro, e ao mesmo tempo cobrando medidas para maior ajuda das federações aos clubes de menor expressão.
¨Teria que ter um plano da federação, e não punir os jogadores ou o treinador, porque todos queremos que o Figueirense possa continuar na liga do Brasil, e jogando futebol. Mas precisa existir um plano de viabilidade econômica para que essas equipes possam subsistir", declarou.
Continuou de forma dura na sua defesa ao afirmar "que no final é um problema...queremos ver só os grandes clubes e esquecem dos pequenos sempre. A sociedade está estruturada assim. Os clubes deixam de existir porque não tem recursos, porque as federações não pagam, não tem patrocinadores... Ficam sem ter o que fazer, e os grandes só se preocupam com eles", disse o treinador.
Sem dúvida uma aula para todos aqueles brasileiros omissos.
NOTA 5- UM BAILE NO MARACANÃ
* O Flamengo de Jorge Jesus é sem duvida uma máquina de jogar futebol. A qualidade do elenco permite que o treinador mude a sua formação durante a partida criando novas opções.
As contratações que foram indicadas se encaixaram, e deram uma maior consistência ao time.
O jogo contra o Palmeiras para um pouco mais de 65 mil pagantes foi uma aula de futebol. O 3x0 foi muito pequeno pelo que o rubro-negro jogou, enquanto o alviverde assistia de forma pacifica, sem o menor estímulo.
Na realidade quando o rubro-negro ainda não tinha formado o seu time antes da Copa América, o Palmeiras era o melhor, depois ficou bem longe da qualidade da equipe da Gávea, que está sobrando na competição.
O Flamengo investiu alto e bem, e a presença de Jorge Jesus sem duvida foi o ponto de partida da sua subida. Na realidade esse só tem o Santos como adversário na competição, que está na vice-liderança com o desempate pelo critério do saldo de gols.
O encontro foi de um time só, o alviverde não esteve no Maracanã.
No outro jogo da tarde, o Fortaleza fez o dever de casa ao derrotar o Goiás por 2x0, melhorando a sua posição na tabela de classificação.
Não foi uma grande partida, mas o tricolor cearense foi bem melhor. Foi um encontro valendo seis pontos na luta contra a Caetana.
No período noturno foram realizadas duas partidas.
Em Belo Horizonte, o Cruzeiro recebeu o Vasco e o Corinthians em casa enfrentou o Atlético-MG. Como não poderia deixar de acontecer os resultados dos dois jogos foram de duas "goleadas"¨, de 1x0.
Que Guto Ferreira passe esse jogo de Flamengo x Palmeiras para os jogadores do Sport assistirem umas 10 vezes, a fim de compreenderem que futebol é um esporte coletivo. Para eles verem que Arrascaeta joga muita bola, mas dá uma assistência para Gabriel Jesus. Para eles verem que Bruno Henrique joga muita bola, mas corre o tempo todo e dá assistências para Arrascaeta e Gabriel Jesus. Para eles verem que Everton Ribeiro é um grande jogador, que cria várias jogadas para os companheiros no ataque, mas volta para compor a defesa e ajudar na marcação. Para eles verem todos dividindo todas as bolas e ajudando na marcação. O Flamengo joga bonito porque todos correm e todos marcam, não é porque os jogadores têm "nome" no futebol. Nome ou camisa não ganha jogo. O que faz um time jogar bem e vencer é todos correrem por todos; todos se doarem na marcação e não serem "fominhas" no ataque. Chama-se isso de "futebol coletivo". Que é o praticado por times como Liverpool, Manchester City, Barcelona, Juventus, Bayern, enfim, os grandes times campeões na Europa. Se o Sport estivesse fazendo isso desde o início da Série B, não teria empatado 11 vezes. Desses 11 empates, certamente teríamos vencido 5 ou 6 jogos, e o time estaria hoje com 42 ou 44 pontos na tabela. Portanto, seria líder da Série B. A prova concreta disso é o Bragantino. Time com jogadores pouco conhecidos, mas que pratica o "futebol coletivo". Vence a maioria dos jogos, só tem 5 empates e 3 derrotas, mas não tem um artilheiro se destacando no campeonato. E por que isso? Porque os jogadores não se preocupam em ser individualistas; em fazer gols para aparecer. Eles se preocupam em dar a assistência para que um companheiro melhor posicionado faça o gol e o time vença, pois no final todos são beneficiados. Ao final do campeonato, a conquista do título fará com que todos sejam reconhecidos e valorizados. É essa mentalidade que falta ao Sport e que leva a essa séria absurda de empates e pontos jogados fora. Que a diretoria e a comissão técnica se reúnam com os jogadores para mostrarem os exemplos de Flamengo e Bragantino, que são dois times "coletivos", onde todos correm, todos marcam e ninguém é individualista. Se inserirem essa mentalidade no elenco, certamente o time dará um salto na tabela e terá um reta de chegada bem tranquila na Série B. E, é possível, poderá brigar pelo título.
É muito difícil falar-se em far play financeiro no Brasil quando a distribuição das cotas de televisão não obedece aos critérios estabelecidos na Europa, qual seja, a de pagamento conforme a classificação final no campeonato anterior. Somente agora, em 2019, é que passaram a adotar esse critério. Enquanto isso, Flamengo, Corinthians, Palmeiras e mais 1 ou 2 clubes recebiam dezenas de milhões de reais a mais que outros clubes. Enquanto esses 3 primeiros têm feitos grandes campanhas na Série A nos últimos anos, os demais têm se afundado em dívidas. Agora querem tentar corrigir isso? Não acredito.
Comentários
Para eles verem que Arrascaeta joga muita bola, mas dá uma assistência para Gabriel Jesus.
Para eles verem que Bruno Henrique joga muita bola, mas corre o tempo todo e dá assistências para Arrascaeta e Gabriel Jesus.
Para eles verem que Everton Ribeiro é um grande jogador, que cria várias jogadas para os companheiros no ataque, mas volta para compor a defesa e ajudar na marcação.
Para eles verem todos dividindo todas as bolas e ajudando na marcação.
O Flamengo joga bonito porque todos correm e todos marcam, não é porque os jogadores têm "nome" no futebol.
Nome ou camisa não ganha jogo.
O que faz um time jogar bem e vencer é todos correrem por todos; todos se doarem na marcação e não serem "fominhas" no ataque.
Chama-se isso de "futebol coletivo". Que é o praticado por times como Liverpool, Manchester City, Barcelona, Juventus, Bayern, enfim, os grandes times campeões na Europa.
Se o Sport estivesse fazendo isso desde o início da Série B, não teria empatado 11 vezes. Desses 11 empates, certamente teríamos vencido 5 ou 6 jogos, e o time estaria hoje com 42 ou 44 pontos na tabela. Portanto, seria líder da Série B.
A prova concreta disso é o Bragantino. Time com jogadores pouco conhecidos, mas que pratica o "futebol coletivo".
Vence a maioria dos jogos, só tem 5 empates e 3 derrotas, mas não tem um artilheiro se destacando no campeonato.
E por que isso? Porque os jogadores não se preocupam em ser individualistas; em fazer gols para aparecer. Eles se preocupam em dar a assistência para que um companheiro melhor posicionado faça o gol e o time vença, pois no final todos são beneficiados.
Ao final do campeonato, a conquista do título fará com que todos sejam reconhecidos e valorizados.
É essa mentalidade que falta ao Sport e que leva a essa séria absurda de empates e pontos jogados fora.
Que a diretoria e a comissão técnica se reúnam com os jogadores para mostrarem os exemplos de Flamengo e Bragantino, que são dois times "coletivos", onde todos correm, todos marcam e ninguém é individualista.
Se inserirem essa mentalidade no elenco, certamente o time dará um salto na tabela e terá um reta de chegada bem tranquila na Série B. E, é possível, poderá brigar pelo título.
Somente agora, em 2019, é que passaram a adotar esse critério.
Enquanto isso, Flamengo, Corinthians, Palmeiras e mais 1 ou 2 clubes recebiam dezenas de milhões de reais a mais que outros clubes.
Enquanto esses 3 primeiros têm feitos grandes campanhas na Série A nos últimos anos, os demais têm se afundado em dívidas.
Agora querem tentar corrigir isso? Não acredito.
Assine o RSS dos comentários