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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O NÁUTICO PULOU UMA FOGUEIRA

* O Náutico jogou dentro dos conformes de um jogo de mata-mata na casa do adversário, cujo empate seria  bem recebido.

O primeiro tempo foi fraco, equilibrado com dois times jogando no meio de campo com raras buscas na procura das metas.

O placar de 0x0 era favorável ao alvirrubro por esse jogar a partida de volta em casa.

Na segunda fase o jogo ficou bem mais movimentado com o time mandante com mais intensidade, inclusive colocando uma bola na trave. O Náutico procurava os contra-ataques.

O Papão do Curuzu esteve mais perto de abrir o placar, mas o goleiro Jefferson não deixou a bola entrar na sua meta. O placar final de 0x0 foi excelente para o Timbu, que estará jogando junto com a sua torcida na partida decisiva, mas sem menosprezar o rival que é sempre um adversário difícil por tradição.

A arbitragem de Anderson Daronco foi de alto nível, e como se diz na gíria do futebol, esse apitou com o jogo no bolso.

O Náutico tem todas as chances para ter o acesso à Serie B no final da semana. O time pulou uma fogueira, em pleno mês de setembro.   

NOTA 2- NA SÉRIE B O GRUPO DA CAETANA TAMBÉM ESTÁ EMBOLADO

* A embolada na Série B Nacional não está apenas ligada ao grupo que briga pelo acesso, desde que na parte da zona da Caetana essa também está equilibrada.

A distância do 17º colocado, Vila Nova, para o 12º, Brasil de Pelotas é de apenas quatro pontos. Para o 14º, Criciúma essa reduz para apenas um ponto, ou seja uma vitória do time goiano, ou uma derrota do 16º ao 14º, o panorama muda.

A segunda página da tabela de classificação está com a foice da Caetana preparada para os 10 componentes. Algo pouco visto nessa competição.

Por outro lado, enquanto um time paulista tem a liderança com folga no campeonato, o Bragantino, os três últimos colocados também são de São Paulo.

O estado poderá bater sua própria marca negativa na divisão, ao ter três clubes rebaixados. O Guarani venceu o Figueirense com a ajuda do apito amigo, tem 19 pontos, a mesma pontuação do São Bento, e um degrau acima encontra-se o Oeste que empatou com o Sport.

Será sem duvida uma queda para abalar o futebol de São Paulo, que poderá dar o campeão da Série B, e ter três cabeças ceifadas.

Como a situação está muito parelha, esses poderão escapar da foice da Caetana, mas terão dificuldades pelo que estão apresentando nas rodadas.

NOTA 3- O FAIR PLAY DO FUTEBOL BRASILEIRO SÓ EM 2023

* O Circo do Futebol Brasileiro conhecido na Barra da Tijuca como CBF, anunciou a conclusão da elaboração do regulamento das regras do fair-play-financeiro para controlar os gastos dos clubes a partir de 2020.

Pelo texto apresentado, as agremiações podem ser punidas por não atender requisitos financeiros como controle de gastos.

O fair-play financeiro faz parte dos sistema de licenciamento dos clubes. As normas ainda não foram publicadas.

Obvio que seria um avanço para o equilíbrio das contas dos clubes nacionais. Mas, como sempre existe um "mas" nessa entidade, segundo o jornalista Rodrigo Mattos do Portal UOL, as punições só irão começar a partir de 2023, já que o período inicial é educativo.

Uma piada pronta, desde que vamos esperar mais três anos para que as punições de clubes que tenham dividas com outros clubes ou com jogadores aconteçam, e mais greves apareçam.

O mais grotesco dessa atitude é que o ano previsto para o inicio do fair-play financeiro do futebol nacional, corresponde ao processo eleitoral do Circo, e é bem obvio que os eleitores não serão punidos e sim perdoados pelos votos.

São coisas do futebol brasileiro, que faz parte do Bloco do Sanatório Geral.

NOTA 4- A AULA DE PEP GUARDIOLA

* Enquanto no Brasil somente os jogadores do Cruzeiro ficaram ao lado dos companheiros do Figueirense quando esses decretaram uma greve por conta dos atrasos salariais, o técnico Pep Guardiola, uma das maiores referências do atual futebol mundial, se posicionou sobre o assunto em uma entrevista ao DAZN, defendendo os atletas do time brasileiro, e ao mesmo tempo cobrando medidas para maior ajuda das federações aos clubes de menor expressão. 

¨Teria que ter um plano da federação, e não punir os jogadores ou o treinador, porque todos queremos que o Figueirense possa continuar na liga do Brasil, e jogando futebol. Mas precisa existir um plano de viabilidade econômica para que essas equipes possam subsistir", declarou.

Continuou de forma dura na sua defesa ao afirmar "que no final é um problema...queremos ver só os grandes clubes e esquecem dos pequenos sempre. A sociedade está estruturada assim. Os clubes deixam de existir porque não tem recursos, porque as federações não pagam, não tem patrocinadores... Ficam sem ter o que fazer, e os grandes só se preocupam com eles", disse o treinador.

Sem dúvida uma aula para todos aqueles brasileiros omissos.

NOTA 5- UM BAILE NO MARACANÃ

* O Flamengo de Jorge Jesus é sem duvida uma máquina de jogar futebol. A qualidade do elenco permite que o treinador mude a sua formação durante a partida criando novas opções.

As contratações que foram indicadas se encaixaram, e deram uma maior consistência ao time.

O jogo contra o Palmeiras para um pouco mais de 65 mil pagantes foi uma aula de futebol. O 3x0 foi muito pequeno pelo que o rubro-negro jogou, enquanto o alviverde assistia de forma pacifica, sem o menor estímulo.

Na realidade quando o rubro-negro ainda não tinha formado o seu time antes da Copa América, o Palmeiras era o melhor, depois ficou bem longe da qualidade da equipe da Gávea, que está sobrando na competição.

O Flamengo investiu alto e bem, e a presença de Jorge Jesus sem duvida foi o ponto de partida da sua subida. Na realidade esse só tem o Santos como adversário na competição, que está na vice-liderança com o desempate pelo critério do saldo de gols.

O encontro foi de um time só, o alviverde não esteve no Maracanã.

No outro jogo da tarde, o Fortaleza fez o dever de casa ao derrotar o Goiás por 2x0, melhorando a sua posição na tabela de classificação.

Não foi uma grande partida, mas o tricolor cearense foi bem melhor. Foi um encontro valendo seis pontos na luta contra a Caetana.

No período noturno foram realizadas duas partidas.

Em Belo Horizonte, o Cruzeiro recebeu o Vasco e o Corinthians em casa enfrentou o Atlético-MG. Como não poderia deixar de acontecer os resultados dos dois jogos foram de duas "goleadas"¨, de 1x0.

Comentários   

0 #2 Nota 5André Ângelo 02-09-2019 10:32
Que Guto Ferreira passe esse jogo de Flamengo x Palmeiras para os jogadores do Sport assistirem umas 10 vezes, a fim de compreenderem que futebol é um esporte coletivo.
Para eles verem que Arrascaeta joga muita bola, mas dá uma assistência para Gabriel Jesus.
Para eles verem que Bruno Henrique joga muita bola, mas corre o tempo todo e dá assistências para Arrascaeta e Gabriel Jesus.
Para eles verem que Everton Ribeiro é um grande jogador, que cria várias jogadas para os companheiros no ataque, mas volta para compor a defesa e ajudar na marcação.
Para eles verem todos dividindo todas as bolas e ajudando na marcação.
O Flamengo joga bonito porque todos correm e todos marcam, não é porque os jogadores têm "nome" no futebol.
Nome ou camisa não ganha jogo.
O que faz um time jogar bem e vencer é todos correrem por todos; todos se doarem na marcação e não serem "fominhas" no ataque.
Chama-se isso de "futebol coletivo". Que é o praticado por times como Liverpool, Manchester City, Barcelona, Juventus, Bayern, enfim, os grandes times campeões na Europa.
Se o Sport estivesse fazendo isso desde o início da Série B, não teria empatado 11 vezes. Desses 11 empates, certamente teríamos vencido 5 ou 6 jogos, e o time estaria hoje com 42 ou 44 pontos na tabela. Portanto, seria líder da Série B.
A prova concreta disso é o Bragantino. Time com jogadores pouco conhecidos, mas que pratica o "futebol coletivo".
Vence a maioria dos jogos, só tem 5 empates e 3 derrotas, mas não tem um artilheiro se destacando no campeonato.
E por que isso? Porque os jogadores não se preocupam em ser individualistas; em fazer gols para aparecer. Eles se preocupam em dar a assistência para que um companheiro melhor posicionado faça o gol e o time vença, pois no final todos são beneficiados.
Ao final do campeonato, a conquista do título fará com que todos sejam reconhecidos e valorizados.
É essa mentalidade que falta ao Sport e que leva a essa séria absurda de empates e pontos jogados fora.
Que a diretoria e a comissão técnica se reúnam com os jogadores para mostrarem os exemplos de Flamengo e Bragantino, que são dois times "coletivos", onde todos correm, todos marcam e ninguém é individualista.
Se inserirem essa mentalidade no elenco, certamente o time dará um salto na tabela e terá um reta de chegada bem tranquila na Série B. E, é possível, poderá brigar pelo título.
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0 #1 Nota 4André Ângelo 02-09-2019 10:16
É muito difícil falar-se em far play financeiro no Brasil quando a distribuição das cotas de televisão não obedece aos critérios estabelecidos na Europa, qual seja, a de pagamento conforme a classificação final no campeonato anterior.
Somente agora, em 2019, é que passaram a adotar esse critério.
Enquanto isso, Flamengo, Corinthians, Palmeiras e mais 1 ou 2 clubes recebiam dezenas de milhões de reais a mais que outros clubes.
Enquanto esses 3 primeiros têm feitos grandes campanhas na Série A nos últimos anos, os demais têm se afundado em dívidas.
Agora querem tentar corrigir isso? Não acredito.
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