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Escrito por José Joaquim

Por conta de uma citação sobre o técnico Fernando Diniz, do Audax, na postagem de ontem, recebemos um email com uma pergunta simples: Se esse treinasse um clube grande com a responsabilidade de ganhar, teria a ousadia de deixar o seu time jogar livremente?

Sem duvida uma pergunta pertinente, e para a qual cabe uma resposta com uma análise sobre o tema.

Na realidade os treinadores brasileiros, sejam jovens ou mais antigos, apresentam um grande defeito, e isso está atrasando o futebol. Os seus comportamentos à frente das equipes mostram a falta de coragem de ousar na formatação tática, preferindo o pragmatismo de resultados que vem sendo adotado na grande maioria dos clubes do país.

Com certa razão todos defendem os seus empregos, que não permite mudanças, para que não possam correr o risco com tal procedimento. Quem enfrenta desafios não tem medo de errar, pois faz parte do sistema, e nessa nova geração de técnicos, ninguém parece disposto a correr qualquer risco.

Certamente que Diniz por dirigir um clube sem torcida não enfrenta pressões por sua ousadia, mas quem pode afirmar que contando com peças de melhor qualidade não possa fazê-lo em um time de grande porte onde as opções são bem maiores?

Voltamos no tempo e encontramos João Saldanha, Telê Santana e Claudio Coutinho, já falecidos. Pep Guardiola na ativa e Cilinho aposentado, que sempre tiveram a coragem de se situarem à frente dos seus tempos, com procedimentos de mudanças no comportamento tático do futebol.

Todos ousaram e tornaram-se vitoriosos. Telê até hoje é uma referência no esporte brasileiro, João Saldanha um revolucionário com suas mudanças táticas, assim como Claudio Coutinho, que para nós está no patamar mais alto entre os técnicos de nosso futebol.

Cilinho conhecemos o seu trabalho de perto. Era um estrategista, preparava as suas armadilhas nos treinos, e durante os jogos essas se concretizavam. Os ¨menudos¨ de 1987 do São Paulo até hoje são lembrados.

Pep Guardiola é o maior representante do inconformismo tático. Mudou o formato do futebol europeu quando dirigia o Barcelona, quando trocava de tática em pleno jogo, com alterações nas posições dos atletas, e incentivando a troca de passes. Temos a certeza de que fará o mesmo com o Manchester City, que poderá se transformar em um dos maiores times do mundo.

No atual futebol brasileiro não existe ousadia. Hoje os times entram em campo para não perder, e se possível ganhar.

Fomos acostumados com um futebol ousado, que além da vitória visava o espetáculo, e quando uma equipe ficava com vantagem numérica, o treinador fazia a substituição certa para explorar as dificuldades dos adversários. Eram ousados, hoje são medrosos, colocam um zagueiro para garantir o resultado, mesmo com mais jogadores.

Atualmente temos mais volantes em campo do que atacantes, que é uma forma de proteção contra as derrotas, e sempre na espera de uma única bola. Não produzem nas formações bons armadores, dando a preferência aos brucutus de plantão.

O jornalismo esportivo brasileiro tornou-se juvenil, os mais antigos que pensavam foram substituídos, dando lugar aos novos que tem no google suas orientações.

Se discute muito os problemas do futebol brasileiro, mas os detalhes maiores são esquecidos, e um desses é o da morte da ousadia, que nos levam a jogos pobres e sem a menor emoção.

A ousadia com responsabilidade poderá trazer de volta o bom futebol de antigamente, com os clubes desejando as vitórias, mas sem relegar a qualidade e a beleza do espetáculo.

Os torcedores certamente voltariam aos estádios.

Para nós, Fernando Diniz teria espaço em um clube de maior porte do Brasil, e perguntamos a razão de não se tentar. Será que falta-lhe um bom empresário?

* Foto: Stelelecoq blogspot.com

Comentários   

0 #1 OusadiaBeto Castro 07-02-2017 10:40
O termo ousadia entre os treinadores perpassa por ser a estratégia mais sofrida pelos torcedores brasileiros. Quem torce por qualquer clube brasileiro com paixão tem neste item os seus maiores sofrimentos. Na grande maioria, a pressão das grandes torcidas e o medo de perder o emprego fizeram dos treinadores verdadeiros retranqueiros do gesso sistemático. No passado, esta estratégia era apanágio dos pequenos clubes que passavam o ferrolho quando enfrentavam as grandes equipes de massa para conseguir pelo menos um empate heroico. O placar de 1x0 é hoje um grande resultado que leva os torcedores à loucura. Os treinadores são os maiores causadores de enfarte e AVC nos estádios e em casa. Fazem um ou dois gols e os atletas através dos líderes já sabem que tem de ir para a retranca. Então, nesta estratégia suicida levam a virada e vão para a rabeira da tabela. Ter acesso a uma outra divisão superior - nem pensar - todos preferem permanecer na atual divisão na defensiva para não ser rebaixado e execrado publicamente, destruindo a própria carreira. Esta falta de ousadia num esporte de massa como o futebol é a cara dos sócios do Camelódromo Monopolista do Edificio sem Nome e da pixulecaria das placas, subscrita pelas doze tribos malditas do engessamento fatal para tirar vantagem fraudulenta do futebol e massacrar os concorrentes e excluir os clubes das demais regiões. O nome desta maldição é corrupção galopante que tem representação máxima da Copa dos Pixulecos de um jogo único, onde toda estratégia é o roubo descarado. As doze tribos são convocadas para jogar nas satrápias centuriônicas através do tráfico de influência dos centuriões lagartixas, como pagamento indireto de propinas através das sacolas cheias de dinheiro nas malas dos automóveis de dirigentes em mal comunhão de interesses escusos, enquanto Zé das Placas deposita gordos pixulecos nas contas dos contratantes da Boca Raton e outros paraísos dos mafiosos. Esta copa dos resultados previsíveis com 6 das doze tribos nas finais tem sido ao longo dos últimos trinta anos da ditadura da conspiração de 1986, a pior desgraça do nosso futebol. Tornaram, não apenas os treinadores sem ousadia, mas dirigentes de clubes, centuriões e os imperadores da corte avessos a quaisquer tipos de progresso e evolução. Este engessamento antidemocrático da instituição e dos certames passa obrigatoriamente por uma aversão doentia à democracia e ao revezamento de poder. Meia dúzia de sírio-libaneses de São Paulo instituíram as fontes do dinheiro sujo e fácil e espalharam o vírus do mal caráter pela América do Sul, todos os continentes e no Baú da Zurica, com financiamento das mídias reacionárias da lavagem cerebral. Portanto, a desgraça das retrancas é apenas um dos muitos sintomas da doença escalafobética da corrupção sistemática do sistema. Vejam que nem o Departamento de Justiça da mais poderosa Nação do mundo com a sua polícia federal eficiente conseguiu estancar as ações nefastas dos centuriões lagartixas vitalícios e eternos espalhados pelos cinco continentes e 193 países em mal comuna com a retranca dos indiciados, presos e extraditados e os lavadores de dinheiro da mídia de verdade única. Nós sofre, mas nós goza. Nem um milhão de empresas de combate ao cupim pode limpar a fossa de celulose e metano criada pela a Avalanche que soterrou o Estádio que trocou de nome.
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