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Escrito por José Joaquim

O governo uruguaio tem a preocupação com relação à escolarização dos seus atletas de futebol, para que no futuro, aqueles que não conseguirem bons contratos, tenham um caminho garantido pelos estudos.

Essa iniciativa sem duvidas junta o útil ao agradável, desde que abre as portas para um futuro melhor e, ao mesmo tempo, com um atleta mais escolarizado, os ensinamentos no esporte ficam mais fáceis do aprendizado.

No Brasil poucos clubes se preocupam com os estudos, e o governo está pouco ligando para o futuro de quem quer que seja.

No futebol moderno não basta ter apenas o talento, que na realidade está rareando, e sim saber se adequar aos modelos de jogos, que a cada dia ficam mais pragmáticos, e para que isso possa acontecer os profissionais deverão ter uma capacidade maior de absorção dos sistemas implantados por seus treinadores.

Em nosso país a única exigência para que o atleta seja registrado no Circo é de que esse seja alfabetizado. Bastou escrever o nome fica tudo resolvido. Algumas escolas inexistentes resolvem o assunto.

O governo do Uruguai, país que tem um excelente nível educacional, atentou para o problema, principalmente para aqueles atletas que não seguem para o exterior e são contemplados com altos salários para garantir as suas vidas no pós bola, preparou um projeto que exigirá de jogadores da primeira e segunda divisão o término do segundo grau para se profissionalizarem.

O projeto vem dando certo e os seus resultados são positivos. Alguns clubes uruguaios já exigem a escolaridade dos seus atletas, e fazem pesquisas de rendimento escolar daqueles mais jovens que estão incluídos no programa "Gol al futuro", que incentiva os estudos aos atletas de base.

A competição no futebol juvenil de clubes profissionais é dividida em cinco categorias, que incluem jovens entre 13 e 19 anos.

Inicialmente o trabalho foi com jogadores das categorias Sub-14 e Sub-15. Em 2010 a divisão Sub-16 foi incorporada, e desde 2011 a categoria Sub-17 e Sub-19 passaram a participar do programa. No futebol feminino o "Gol al futuro" atua nas categorias Sub-16 e Sub-18.

O programa é desenvolvido entre três áreas mais fundamentais: educação, saúde e esporte.

No tocante a educação, a tarefa essencial é incentivar o jogador realizar cursos formais e acompanha-lo nesse processo. No aspecto sanitário, as ações estão voltadas tanto para a prevenção quanto ao nível de atenção, e no esporte, o objetivo é o de contribuir para a melhoria geral das condições de treinamento.

Essas três linhas de ação trabalham em coordenação, otimizando recursos e esforços, mas acima de tudo contribuindo para a consecução de objetivos comuns. Esses incluem não apenas a formação integral do jovem, mas também a construção participativa de todos os atores envolvidos, de uma nova forma de gestão do esporte, eficiente, eficaz, humana e sustentável para que esse processo não resulte em uma tentativa circunstancial ou assistência.

Trata-se de uma medida importante, que vem somando sucesso ano a ano, que objetiva o futuro tanto nos gramados, como fora deles, e demonstra que um governo não deve se preocupar apenas com perfumarias com relação ao futebol, e sim trata-lo com uma visão que possa garantir uma maior estabilidade aos atletas no futuro, que ao encerrarem as suas carreiras tenham condições de sobrevivência em outras atividades.

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