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Escrito por José Joaquim

O debate sobre o projeto que está tramitando na Câmara que aponta as mudanças do modelo dos clubes sócios esportivos para empresas, não está sendo absorvido por algumas entidades.

Enquanto não for decidido o sistema a ser adotado, o modelo atual continua em vigor, sem fins lucrativos, mas com a necessidade de ter rentabilidade financeira e os lucros utilizados no seu patrimônio.

São verdadeiras empresas e devem ser administrados como tais, pois são prestadores de serviços, vendem seus produtos e suas marcas, e possuem dezenas de fornecedores.

Nenhuma dessas agremiações podem dispensar um planejamento de pelo menos cinco anos, que pode ser corrigido durante o caminho. Um orçamento anual é a pedra fundamental para uma boa gestão, se realmente for cumprido.

Os clubes gastam muito mais do que ganham. Fazem investimentos pensando em receitas futuras, e quando essas não chegam a crise é instaurada. É o sistema do ovo dentro da galinha. Alguns desses servem de cabide de empregos para os amigos do poder, as folhas são inchadas, e os atrasos salariais começam a aparecer.

O Flamengo que hoje tem o seu futebol decantado em prosa e verso é um exemplo de um planejamento correto para longo prazo. As mudanças começaram em 2013 com Eduardo Bandeira de Melo, que recebeu clube quebrado, com uma dívida de R$ 700 milhões, e hoje encontra-se navegando em águas mansas.

Um clube não pode ser um brinquedinho que acolhe os apadrinhados indicados pelos amigos. Um bom administrador usa a razão e não o coração.

Um departamento de futebol que é o principal setor, tem que ser planejado segundo as estimativas do ingresso de suas receitas, e as normas financeiras são bem claras quando definem os seus custos, na relação máxima de 65% dessas.

Não se pode ter uma folha salarial de R$ 2 milhões, quando a sua disponibilidade é no máximo para R$ 1,5 milhões. As contratações são exageradas e as bases minimizadas. Deveria haver uma maior participação dessas, que servem para ajudar a compor o elenco, e sobretudo reduzir os custos das folhas de pagamentos.

Nenhum clube poderá crescer se não ter o entendimento de que o equilíbrio financeiro é fundamental para o sucesso, e o cumprimento de um planejamento a longo prazo o levará para melhores dias.

A época do amadorismo já faz parte de um passado quase remoto, e insistir nisso é um atestado de incompetência e burrice, desde que nenhum clube foi constituído para ter prejuízos, pois foge totalmente da racionalidade da economia.

Em outras palavras "cada macaco em seu galho", e os amadores não cabem mais no sistema.

Por isso, somos adeptos da implantação das SADs que irão resolver o futuro de nosso futebol.

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