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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- ESTUDAR É PRECISO

* O Enem que foi realizado no último domingo não teve em Belo Horizonte um único jovem das bases do Cruzeiro e Atlético-MG, fato esse que traduz uma verdade dura, que esses estão parando na metade dos cursos para se dedicarem ao futebol.

Tal problema foi constatado em uma pesquisa feita pelo jornal o Tempo, de Belo Horizonte.

Trata-se de algo enganoso desde que poucos conseguem contratos com bons valores, e a maioria quando deixa os gramados, está sem os estudos, dinheiro e uma profissão.

A transição do atleta de base para o profissional requer sacrifícios nos estudos, que não são compensados.

Um levantamento feito pela Revista "Quero", baseado em dados de dezembro de 2018 a abril de 2019, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho, apontou que dos 3.742 jogadores contratados nesse período, apenas 1,84% declararam possuir o ensino superior, porcentagem que representa 69 atletas. e 82,98% completaram o ensino médio.

Um outro estudo que foi feito pelo site "Indústria de Base", portal especializado na cobertura do esporte com foco nos direitos das crianças, foram identificados 448 clubes com "categorias de base" no país, partindo da idade mínima para alojamento de atletas.

Somando todas a categorias que um clube poderia oferecer, são cerca de 90 a 300 jovens por time.

Imaginando-se a presença de apenas 90 desses, são 40.320 atletas de base no país. Esse número disputa cerca de 2.700 vagas de qualidade no futebol brasileiro, ou seja, aqueles atletas que não são afetados, e possuem contratos mais longos.

Um fato bem importante que já debatemos no blog está nos registros do Circo do Futebol Brasileiro, que aponta 18 mil jogadores profissionais, e quando chega em março esse número cai para 30%, e no fim do ano é de apenas 6% em atividade.

Trata-se de uma grande ilusão, e por conta disso o estudo é uma peça fundamental para entender o sistema. 

NOTA 2- O RETORNO DA VIOLÊNCIA NOS ESTÁDIOS

* Há algum tempo que a as brigas e a violência não aconteciam nos estádios. As ruas se tornaram o palco dessas.

No último domingo o Mineirão transformou-se  em um octógono da UFC, com uma briga generalizada entre torcedores do Cruzeiro e do Atlético-MG.

Como o jogo foi ridículo, a confusão foi a marca do empate de 0x0 entre os dois clubes mineiros pela 32ª rodada do Campeonato da Série A.

Além disso uma cena de racismo aconteceu quando um segurança do estádio foi a vítima, tendo inclusive recebido uma cusparada na cara, e chamado de "macaco". 

Que pais é esse em que nós estamos vivendo?

Após o encerramento da partida, torcedores do Galo começaram a invadir os setores reservados aos torcedores da Raposa, e dai aconteceu uma briga generalizada.

Antes do jogo um outro tumulto resultou em 76 detenções e cinco pessoas feridas.

As cadeiras voavam.

A briga não ficou restrita apenas às arquibancadas e camarotes, houve tumulto no estacionamento.

Ontem conversamos com um atleticano e esse nos informou que a segurança privada falhou, inclusive com poucos homens para a ajuda ao policiamento.

Fatos como esse também aconteceram no jogo entre o Fortaleza e Ceará, com o enfrentamento das duas torcidas. As bombas foram utilizadas pela Policia como brinquedos de criança. 

O futebol brasileiro é trágico no gramado, e eficaz na violência. Uma vergonha.

Ir a um jogo de futebol no Brasil é uma passagem para o inferno. 

NOTA 3- FAIXA DO FORTALEZA EM PROTESTO CONTRA O VAR FOI RETIRADA APÓS ORDEM DA ARBITRAGEM

* Protestar contra o VAR é algo que vai contra a arbitragem?

Essa é uma boa pergunta para ser respondida pelo Circo do Futebol Brasileiro, que orientou o árbitro paulista Flávio Rodrigues de Souza a paralisar a partida entre Fortaleza e Ceará, por conta de uma faixa contra o VAR, com os seguintes dizeres: "Parem! VAR já chega" , com o nome do VAR de cabeça para baixo.

Qual a ofensa nesses dizeres?

Só em uma entidade ditatorial com viés fascista age dessa forma, ao coibir um protesto contra as mazelas do árbitro de vídeo que tem modificado vários resultados.

Quando um dirigente faz uma crítica mais dura nas mídias sobre o que vem acontecendo mais diversos gramados, os 'torquemadas' o encaminham para o Tribunal e no final o suspendem.

Muitas vezes são críticas corretas na defesa do seu clube, que é uma obrigação do cartola.

Da maneira que estamos vivendo, um jogo de futebol vai se transformar em uma missa campal, para atender os regulamentos do falecido Circo.

Enquanto isso os árbitros pintam e bordam nos gramados, sem que possam ser contestados.

Os torcedores deveriam ir aos jogos dos seus clubes como mordaças.

Pobre futebol brasileiro, que vive hoje em um esgoto sanitário.

NOTA 4- OS ACERTOS DO FLAMENGO

* O Santos fez boas contrataçoes, inclusive duas excelentes, as de Soteldo e Carlos Sanches, mas não chegou aos 100% de acerto, desde que no meio dessas teve Cuevas. Um mico.

O Flamengo mostrou um acerto total em suas contratações.

Por incrível que pareça nenhuma é contestada.

Todos perguntam de qual cartola o técnico Jorge Jesus tirou o zagueiro espanhol Pablo Mari.

As contratações de Filipe Luiz e Rafinha deram um refinamento as laterais do campo. São excelentes.

E Gabigol que todos os jogos balança as redes adversárias?

Bruno Henrique foi um alto investimento que já está sendo pago por ser o melhor jogador do Brasil. É assistente e goleador. Gerson caiu do céu, e é uma peça importante do time, junto com Arrascaeta que é um craque consumado.

O rubro-negro transformou Rodrigo Caio como o melhor zagueiro do país, e com os pés no Barcelona.

Dificilmente os 100% em contratações acontece, mas o rubro-negro conseguiu mais essa vitória, quando formou um time que há muitos anos não acontecia no Brasil.

São coisas da competência de uma gestão.

NOTA 5- A MAIOR INVASÃO DE UMA TORCIDA NAS AMÉRICAS

* O futebol é uma paixão, embora seja mal dirigido em nosso país, e também no Continente.

No último sábado, o Independiente Del Valle, do Equador, conquistou a Copa Sul-Americana, quando venceu o Colón, da Argentina, em final de um jogo único em Assunción, no Paraguai.

O fato incrível e que vai para o livro dos recordes, foi o deslocamento de 30 mil torcedores do Colón, de Santa Fé, até a sede do jogo.

A cidade tem 400 mil habitantes e a quase 1.000 km de distância de casa até Assunción.

Foi a maior movimentação de torcedores de um clube entre países diferentes nas Américas, superando os 25 mil do RACING-ARG que invadiram Montevideo em 1967 para a final contra o Nacional.

Com a mudança do local da final entre Flamengo e River, pela Copa Libertadores, esse número poderá ser quebrado, mas na relação habitantes e público o do Colón é imbatível.

São coisas do futebol.

NOTA 6- O AMÉRICA-MG CONTINUA LUTANDO PELA VAGA NO G4

* O América-MG derrotou ontem o Cuiabá jogando como visitante por 2x0, resultado esse que o levou de forma provisória para o 3º lugar da tabela.

Coritiba e Atlético-GO necessitam vencer os seus jogos na noite de hoje, para retomarem os seus espaços.

Tudo embolado.

Pela Série A, em um show de horrores o Botafogo derrotou o Avaí por 2x0, saindo da zona da degola e levando o Fluminense para o seu lugar.

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