Estamos de volta à realidade em que vivemos o nosso dia a dia, após um bom período em um país que preza a qualidade de vida dos seus habitantes.

Não existe nada melhor do que andarmos pelas ruas sem olharmos para trás com medo de assalto. Não existe nada melhor do que os veículos pararem nas faixas dos pedestres para que esses possam atravessar a rua.

Nada melhor do que usarmos os Caixas Eletrônicos nas avenidas. Nada melhor do que observarmos as portas dos bancos abertas como uma loja normal, sem os bloqueios.

Nada melhor do que irmos a um jogo de futebol com as duas torcidas nos estádios e os com os lugares garantidos.

Isso é o que chamamos de qualidade de vida, onde os idosos andam pelas ruas com toda a tranquilidade, sem o risco de um assalto.

A diferença já começa a aparecer no aeroporto local, quando o setor destinado para retirada da bagagem é uma zorra total, com um esteira pequena para atender mais de 200 passageiros.

É o que temos, e apesar de tudo gostamos desse país, em que o certo dá errado, e o errado dá certo, e onde as vacas são colocadas nos postes, os corruptos são festejados, enquanto as pessoa do bem são execradas. Há anos que lutamos pelas mudanças, na certeza de que um dia isso irá acontecer, em especial no futebol. 

Um dia após o nosso retorno recebemos um "zap" de um amigo nos convocando para uma carreata pelo acesso do Sport, e tal fato nos deixou sem a motivação para a nossa primeira postagem após as férias, desde que isso nos chocou.

Na verdade a humilhação que provoca a Série B, deveria fomentar a humildade, e isso aconteceu com o Coritiba que teve o acesso, e com o sentimento de grandeza não festejou a sua volta ao Brasileiro. 

O Coxa sentiu-se grande.

O Sport através de sua diretoria apequenou-se como um time bem pequeno ao juntar-se a uma torcida proibida pela Justiça do Estado nessa infeliz carreata. O verdadeiro torcedor com a devida dignidade não compareceu a tal "ato", deixando o ônus para os que comandam o clube, e uma meia dúzia de gatos pingados.

O jornalista Claudemir Gomes, o último dos moicanos do jornalismo escrito, foi cirúrgico ao tratar desse tema.

As bandeiras que estavam nas ruas eram dessa torcida, o amarelo dominou, os jogadores não estavam com a camisa rubro-negra e sim dessa organizada fomentadora da violência. A peça final da tragédia foi mais constrangedora, quando transformaram a sede do Leão em uma salão de festa.

Um fato lamentável, e que permite o pedido de impeachment do presidente por abrir as portas do clube para uma torcida que está nas malhas da Justiça esperando as decisões das Instâncias maiores.

Os rubro-negros que ajudaram na construção desse belo patrimônio choraram no mundo em que se encontram.

Lamentável.