blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

O torcedor brasileiro vive numa eterna sofrência. 

O futebol de hoje é um poço de sofrimento em todos os seus setores, motivando mais tristezas do que alegrias.

A Copa do Brasil que foi modificada pelos gênios que fazem o esporte da chuteira no país, apequenou-se desde que os clubes passaram a jogar com diversos ônibus em suas defesas, já que o jogo é único, e será resolvido nos pênaltis no caso de empate.

O que assistimos na última quarta-feira foi o retrato desse novo modelo, com os clubes sofrendo para a obtenção de bons resultados.

Futebol que é bom não existiu, pelo contrário em alguns casos os gramados não ajudaram, já que o Circo não vistoria os estádios, e aprova-os via on-line, confiando na palavra dos cartolas das Federações.

O jogo com uma só partida apequenou o esporte. O pequeno se fecha na sua defesa na espera de um erro do mais forte, que por sua vez não se arrisca, e assim esse segue sem graça e de pouca qualidade.

O torcedor vive momentos de sofrência nas arquibancadas.

No futebol de Pernambuco o índice de sofrimento está numa escala mais elevada. O seu estadual espantou os torcedores, que cansaram de tanta sofrência de jogos ruins, e uma tabela distorcida da realidade. O modelo é grotesco.

Os três clássicos realizados terminaram empatados em 1x1, indo de encontro a musica de Jackson do Pandeiro que não queria esse resultado para o seu clube.

A maior sofrência está nos públicos, desde que na soma desses três jogos o total de pagantes foi de 11.770, ou seja algo que nunca na história do nosso futebol aconteceu.

O Santa Cruz teve a sua noite de sofrência, ao ser derrotado pelo Salgueiro  em pleno Arruda por 2x1. O time sertanejo é na verdade o dono do campeonato.

Em Caruaru o Central sofreu mais uma derrota, dessa vez para o Belo Jardim pelo placar de 2x0. Os torcedores da Patativa já são sofredores juramentados.

No próximo domingo mais um encontro com a repetição do que aconteceu na rodada anterior, só que será Náutico e Sport. A situação é tão bizzara que após essa rodada, o estadual terá um descanso de duas semanas por conta do calendário da Copa do Nordeste e de outras competições.

Haja sofrência.

O sofrimento dos cariocas ainda é maior. A partida pela final da Taça Guanabara ainda está sem definição na espera de um recurso dos clubes contra a decisão do Juiz Guilherme Schilling que não recuou no caso de torcida única.

Embora os clubes afirmem que não jogarão com uma só torcida, os ingressos para que se possa cumprir o Estatuto do Torcedor foram colocados à venda no final da tarde de ontem, apenas para os torcedores do Fluminense, que pelo sorteio é o clube mandante. Quem vai compra-los nessa incerteza?

De recurso em recurso, o futebol carioca virou um recurso.

A Primeira Liga é algo que beira o absurdo. A sua fase de grupos está sendo encerrada, os times atuando com times reservas, e o retorno dar-se-á depois de 114 dias de folga.

Que modelo é esse? 

Quando recomeçar os torcedores já não tem lembrança do que aconteceu e o nome dos clubes que foram classificados.

Na verdade o futebol brasileiro banalizou-se com tantas competições realizadas ao mesmo tempo. Muitos jogos para nada, desde que a qualidade existente é igual a das peladas que assistíamos nos campos de várzeas.

Uma verdadeira sofrência.

Não existe nada pior do que alguns programas esportivos, ou algumas narrações de jogos. Um sofrimento para quem assiste, que torna-se uma vitima desse sintoma.

Os treinadores são aqueles que mais sofrem, desde que em nossas mídias o que mais encontramos são os caçadores desses profissionais, e Cristovão Borges é o mais perseguido.

Nesse caso tem algo parecido com o preconceito, desde que pelo que assistimos na rodada da quarta-feira, todos os treinadores dos clubes grandes que jogaram a Copa do Brasil penaram, não foram criticados, com a culpa caindo apenas no treinador vascaíno.

É muita sofrência e pouca bola, e isso só irá modificar-se caso haja uma mudança radical no sistema, fato esse que nem que a vaca tussa irá acontecer, desde que o brasileiro está se acostumando com o que não presta, e adora uma sofrência.

Comentários   

0 #2 RE: SOFRÊNCIACLAITON LIMA-RJ 03-03-2017 12:55
JJ: Repassei esse artigo para os amigos. Esse retrata uma realidade que não é analisada de forma real, e sim como ficção. O jornalismo esportivo afundou. Poucos profissionais percebem o que está acontecendo.
Citar
0 #1 Não há saída com os 12 golpistasBeto Castro 03-03-2017 10:07
Não é possível melhorar o nosso futebol, enquanto permanecer este modelo corrupto implantado no golpe sírio-libanês de 1986. Esta convergência de dominação explícita e impositiva de 12 clubes de apenas quatro cidades pseudopoderosas em conluio com uma Rede de TV, marqueteiros de pixulecos, o Edifício sem Nome, os centuriões lagartixas ventríloquos, os gigolôs do troca-troca, os comebolas, a cambada da bola e a imprensa ameaçada tartamuda, não tem qualquer futuro. Afirmaria sem qualquer dúvida que este modelo engessador tem que ser mudado sob pena da falência total do sistema Fifa que iguala na mesma vala comum os maiores e mais ricos países do mundo - EUA, Canadá, Rússia, China, Brasil, India, Austrália, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Turquia, etc. (Os 20 Tops) às pequenas ditaduras de aldeias. Isto é uma total discrepância com o desenvolvimento econômico e social do mundo e segue o mesmo modelo das federações dominadas pelos clubes sovaqueiras amadores. Esta organização continental está morta e enterrada e na contramão da economia mundial. O Brasil possui um Confederação com 27 Federações que em breve serão quarenta (40) e como tal tem que ser tratada. Já, as Federações Estaduais são verdadeiras organizações político-administrativas com riquezas incomensuráveis em seus estados, centenas de municípios, milhões e milhões de consumidores e mercados corporativos portentosos. Este sistema de cooptação dos seus executivos, técnicos e funcionários através de esmolas e "taxas" de manutenção é vergonhoso e indecente. Todo sistema federal de futebol está subordinado aos interesses e lucros de uma rede de televisão e seus proprietários e vassalos. O nosso sistema parlamentar está engessado e contaminado pelos leões de chácara e cães de guardas financiados venais da Cambada da Bola. Isto tem que ser denunciado todo o santo dia até que os ladrões sejam banidos do covil dos procurados. Na verdade não há qualquer sofrência neste prostíbulo, mas tão somente 30 anos de subserviência das meretrizes de penas abertas aos cafetões e cafetinas da roubalheira de Damasco e Alepo.
Citar

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar