Os dirigentes do Flamengo e Fluminense passaram mais de uma semana nos tribunais, decidindo se o encontro dos dois times seria realizado com portões fechados, torcida única ou mista. O mais importante que era a final da Taça Guanabara ficou de lado, e o resultado foi a presença do público com um pouco mais de 26 mil torcedores, em uma Arena que comporta 40 mil.
Por outro lado, em Pernambuco, aconteceu um clássico na quarta-feira de cinzas, e reprisado no domingo, que juntos somaram um pouco mais de 10 mil pagantes. Que futebol é esse?
No mesmo dia o Manchester City jogou como visitante contra o lanterna da Premier League, o Sunderland, o estádio lotado, com mais de 40 mil torcedores. São dois exemplos que mostram a realidade que vivemos em dois universos distintos, o das grandes ligas europeias, e o modelo do Brasil.
As disparidades começam como essas são dirigidas, e como o Circo é comandado. Tal fato representa um abismo bem maior do que o Grand Canyon. Quem analisa o tema observa que as diferenças cada vez mais se aprofundam entre o Brasil e essas entidades. Na verdade não é segredo para ninguém que o futebol nacional não é tratado com seriedade, e sim com muita esperteza.
Os clubes que são os donos do futebol são acomodados e poucos reagem contra o status quo. Os seus dirigentes recebem uma chefia de delegação e ficam satisfeitos. Que o diga Leco presidente do São Paulo.
Qual a razão de não enviarem para a Europa profissionais sérios para que pudessem estudar o que acontece nos países onde o futebol é um sucesso?
Se isso acontecesse, iriam observar que as Ligas possuem departamentos ocupados por profissionais de alto nível, tais como o do Desenvolvimento do Patrocínio das Equipes, um setor que se presta para a relação com as equipes e seus patrocinadores de modo a potencializar o retorno. Um outro é o da Gerencia da Inovação e Crescimento da Plataforma, que analisa as possibilidades do mercado.
Esses são alguns entre os vários, que trabalham na orientação dos clubes. Na Inglaterra atuam na FA e Premier League 1.113 profissionais, na NBA, 823, na MSL que é a mais nova, 391. São profissionais dedicados aos seus desenvolvimentos.
Do lado de cá, nós temos um Circo com poucos especialistas, apenas amigos dos seus donos, que sequer contempla algo fundamental para o futebol, que é um setor de Planejamento Estratégico, sem dúvida o setor motriz para a evolução do esporte.
Nessa entidade o que vale são os ¨aspones¨. A qualidade técnica é pequena, e o reflexo se dá nas suas competições, nos procedimentos amadorísticos, que nada de positivo trazem para os esportes. Para essa gente uma tabelinha qualquer resolve o problema, mesmo que os estádios fiquem vazios.
Enquanto não tivermos o profissionalismo implantado no futebol brasileiro, iremos continuar habitando um outro universo, o da mediocridade.
Comentários
0#4blogdejjpazevedo - DOIS UNIVERSOS BEM DIFERENTES —
Doyle07-06-2017 08:32
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0#3RE: DOIS UNIVERSOS BEM DIFERENTES —
ANTONIO CORREIA07-03-2017 14:58
JJ: Todos os dias uma aula. Esse artigo é primoroso, mostrando uma realidade indiscutível. O futebol brasileiro é tratado como brincadeira dos dirigentes, além de outras coisas. O sistema acompanhou o país, estagnou.
0#2Passando ao largo —
Beto Castro07-03-2017 13:36
As análises são argutas, mas o diagnóstico e os remédios sugeridos a serem aplicadas são para matar os doentes. Ao comparar Jesus com Genésio, o ideológico da concentração de renda e do engessamento do hospital de traumas ataca o varejo e esquece dos enfermos atacados pela cleptomania. Evidente que nos países invadidos pelos mafiosos lavadores e empresas de magnatas sonegadores não contemplam a penta quadrilha do aparelhamento, nem os centenas de clubes existentes nos países não foram congelados e mumificados em vida. Não há menor hipótese das doze tribos assaltantes do deserto se rebelarem contra os três califas agenciadores de camelos que os financiam e se locupletam com 2/3 dos produtos derivados da espécie Camelus Bactrianos e distribuindo apenas 1/3 entre os outros quatro auxiliares de ladrões. O futebol de estados como Pernambuco e outros petrificados da caatinga se encontram com dez clubes em seus campeonatos deste que os turcos da 25 de março inocularam o vírus da Esclerose Lateral Amiotrófica nos paralíticos que já tinham microcefalia há trinta anos (1986). Não é possível que em 30 anos de ladroagem sistemática, não houve qualquer progresso na Brasíria Teimosa. Todos os estados triplicaram de PIB, de população, as cidades e municípios cresceram e se desenvolveram, milhões de famélicos foram libertados do torpor da fome e só os engessados não curam as suas fraturas. Portugal que se equivale à Pernambuco tem 18 clubes que contemplam as principais cidades do país na série A, mas as múmias embalsamadas das pirâmides dos sarcófagos dos faraós sepultados continuam se tratando de suas paralisias com os centuriões lagartixas travestidos de médicos. Em 18 Estados, apenas um ou dois pacientes do trem da morte são escolhidos para os sacrifícios dos sacerdotes do culto ao demônio, enquanto os aprendizes de faraós jogam formol nas outras múmias embalsamadas. Não sei como explicar esta ideologia das estátuas petrificadas da Ilha da Páscoa que o prosador também defende, mas tenho convicção que esta civilização dos paralíticos eternos dos procurados pelas polícias não tem qualquer futuro com apenas 17% do seu pênis de Eunuco. Ontem, as bestas quadradas dos baba-ovos do Camelódromo Monopolista fizeram uma reportagem falando da grande conquista dos 8 agraciados tupiniquins na Copa Libertadores do Chaco, enquanto os bananicultores da Coca entram com apenas 28 - o nosso percentual subiu em disputa de 17% para 22% num ano atípico. Estes falsos espertos de Damasco e Alepo além de ladrões cínicos, também são retardados. Só falta o Califa da Pinguela Faraônica mandar construir várias Pirâmides na praça dos três poderes e mumificar todos os embalsamados do golpe de Estado e os enterrar com os seus tesouros roubados da Ode ao Brecht.
0#1A verdadeira dona do futebol brasileiro —
Andre Angelo07-03-2017 09:44
JJ, seu comentário está muito bom. Ouso discordar apenas em um ponto: quando você diz que os clubes são os donos do futebol brasileiro. Já foram. Atualmente o dono é a Rede Globo, uma vez que os clubes venderam "a alma ao diabo" quando assinaram o contrato de exclusividade com a emissora carioca. O fraco público do jogo Sport x Náutico deve-se muito ao horário da partida, isto é, ao famoso "depois da novela". E assim segue a nau: uma pequena minoria de clubes ganhando dinheiro com a emissora; ela ganhando dez vezes mais com os patrocinadores do que paga aos clubes e o torcedor se afastando dos estádios. Depois não sabem porque cinema atrai mais gente do que futebol no Brasil.
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Já foram.
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O fraco público do jogo Sport x Náutico deve-se muito ao horário da partida, isto é, ao famoso "depois da novela".
E assim segue a nau: uma pequena minoria de clubes ganhando dinheiro com a emissora; ela ganhando dez vezes mais com os patrocinadores do que paga aos clubes e o torcedor se afastando dos estádios.
Depois não sabem porque cinema atrai mais gente do que futebol no Brasil.
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