O título desse artigo deve-se a uma pergunta que nos foi formulada por um torcedor do futebol, quando nos questionou sobre a situação dos clubes quando não tinham patrocinadores e investidores.
Na realidade uma pergunta pertinente e que merece uma análise bem formatada para que todos possam entender esse tema.
O futebol profissional no Brasil começou realmente a solidificar-se na década de 1950, após a Copa do Mundo que foi realizada no país, quando a relação entre clubes e jogadores começou a ser tratada de forma diferente.
Os clubes nessa época tinham os seus patronos, os homens do dinheiro, não por mera vaidade, e sim pelo prazer de colaborar com suas camisas. Algumas vezes ganhavam muitos votos para as suas campanhas eleitorais. Foi o período dos mecenas, que perdurou até a década de 1970.
Nas duas décadas posteriores, os investidores do clubes passaram a ser os associados com o pagamento de suas mensalidades, desde que também não havia patrocinadores, fato esse que começou a aparecer na década de 90, com a aquisição de alguns jogos pela televisão e patrocínios nas camisas, solidificando-se nos anos 2000.
Não havia um pacote, e sim a compra de um jogo pontual, com os clubes vendendo as publicidades estáticas que eram chamadas de prismas, que se tornaram boas fontes de receitas.
As bilheterias deixavam resultados animadores, já que os descontos não eram tão indecentes como os de hoje. Para que se tenha uma ideia, a Federação cobrava uma taxa de 2% sobre a receita bruta. Hoje cobra 8%, o que demonstra uma avidez patológica.
Os sócios passaram a ser a mola mestra para as suas evoluções. Esses ajudaram a construir ou reformar as sedes e estádios, com recursos próprios provenientes dos associados.
Nos anos 80. o Bandepe, banco oficial de Pernambuco, injetou recursos na reforma dos estádios, que não foram pagos, e depois perdoados pelo poder público, como sempre acontece nesse país tropical.
Os clubes eram pujantes, e os sócios os frequentavam, quando recebiam uma boa prestação de serviços. O modelo adotado era o de uma grande participação do associado, usando as suas sedes para as atividades sociais, as áreas esportivas e de lazer, comprando os seus produtos em lojas improvisadas, com outros frequentando seus jogos, junto com os familiares.
Eram consumidores, e que deram a garantia para que muitos desses pudessem chegar aos seus centenários, sobrevivendo dentro de uma normalidade.
O mundo global mudou o sistema.
A era do marketing, da televisão e suas cotas, dos patrocinadores, investidores, mudaram o foco e o associado foi deixado de lado para dar o lugar ao sócio-torcedor, que em nosso estado ainda não conseguiu se firmar, embora em alguns clubes do Sul e Sudeste tornaram-se em sucesso.
O antigo sócio ficou sem o acolhimento e procurou novas formas de atividades de lazer.
A era da televisão fincou as suas raízes, quando tornou-se a dona do futebol, e os clubes sendo sustentados pelas suas cotas, que são adiantadas para pagamento de débitos.
Começou uma nova era de muitos recursos, e de muitas dividas. Os clubes se endividaram e viveram tempos das vacas magras, e até hoje sentem o reflexo do estouro da bolha financeira que tinha sido formada.
Nunca na historia de nosso futebol foram vistos tantos recursos, e nunca foi observado tantos desperdícios.
Se não fosse a Caixa Econômica a maioria do clubes brasileiros não teriam patrocínios em suas camisas, e assim apesar da modernidade, do dinheiro farto, vivem hoje numa situação inferior a de outrora, dando lugar ao ressurgimento dos mecenas, como aconteceu no Palmeiras, e dependendo dos resultados das eleições, o São Paulo também terá o seu.
O futebol antigo apesar de não contar com o que de hoje tem em termos financeiros, era melhor do que o atual, inclusive na sua qualidade, e tudo isso por conta dos cartolas que não acompanharam os novos tempos, e nunca pensaram que muito dinheiro nas mãos poderia voar com um vendaval.
Comentários
0#2RE: COMO ELES VIVIAM? —
CARLOS EDUARDO06-04-2017 20:08
JJ: Para que acompanha o futebol por longos anos como o amigo, o artigo é uma aula de história. De uma coisa tenho certeza, o futebol de ontem era muito melhor do que o praticado hoje.
0#1A Era dos Cleptomaníacos —
Beto Castro06-04-2017 13:23
O futebol brasileiro ia muito bem até quando o Coritiba se tornou Campeão Brasileiro e o Bangu Vice-Campeão, em 1985. As transmissões pontuais das semifinais e finais com os estádios colocando perto de 200 mil torcedores nos estádios por jogo atraíram os seus assassinos ladrões. Os clubes paulistas já estavam lotados de comerciantes mascates sírios libaneses que viram nestes antros, uma excelente forma de lavar dinheiro do caixa 2, da agiotagem ilegal, de suas atividades ilícitas e sonegação nas suas arapucas. Se quiserem, dou o nome de todos esses desgraçados que se infiltraram no Santos, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Guarany, Bragantino e outros clubes do interior paulista e de outros estados até dominarem a Federação Paulista. Com a chegada do grande patrão do Camelódromo da morte, essa quadrilha se reuniu na Revista Placar onde um deles era o editor e trouxe o bando de facínoras completo para exterminar os clubes e federações das regiões onde residiam os seus arqui-inimigos setentrionais no sentido de os esmagar e roubar todos os recursos da instituição. Quando o ditador Nabisco rebaixou todos os clubes do norte e nordeste num só canetada, ali se iniciava a era dos pixulecos das placas controlados por um desses mascates cleptomaníacos (o primeiro delator). As doze tribos sírias assadas assassinas foi uma homenagem dos descendentes dos líderes de mais de dez grupos terroristas fundamentalistas às doze tribos originais dos filhos de Jacó, que destruíram a Pátria Mãe (Hamas, Alaksia, Al-Quaeda, Hizbollah, Fatah, Taliban, PKK, Irmandade e Isis), apenas para citar os mais ferozes. Seus objetivos eram varrer da face da história brasileira quaisquer resquícios de República Federativa, democracia, estado de bem estar e de direito, fraternidade em Pátria, sindicatos, Constituição, previdência, proteção social e todo e qualquer humanismo, para roubar todo o dinheiro que viesse a circular no funil dos tartamudos. Além de cleptomaníacos, essa raça abjeta é calculista, racista, desumana, cruel, golpista, mentirosa, amoral, apátrida, antiética, traidora, genocida, corrupta e desarticuladora de qualquer povo que domine. Agora que dominaram o planalto devem estar planejando jogar gás Sarin nos nordestinos, nortistas, sulinos e centro-oestinos e nas favelas e morrer tudinho numa guerra civil fratricida para se encontrar no Paraíso. Na Espanha levaram sete séculos para serem expulsos da península. Implantar um Califado Nazista do Holocausto aqui é o objetivo maior e vender até as orelhas de suas mães para fabricação de cinzeiros e ficarem bilionários. Os brasileiros não colaboracionistas residirão todos em túmulos nos cemitérios como no Cairo e outras cidades do Paraíso. Quem não for degolado, verá! Vão comprando sebo de carneiro e pelo menos um bote inflável para refugiados desesperados ou reajam à altura.
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