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Escrito por José Joaquim

O futebol passa por uma grande crise técnica, e isso é representado nos jogos que temos assistido.

A maioria dos clubes continua sendo administrada por gestores amadores, cujo único prazer é o da troca de treinadores, atendendo aos torcedores quando de suas primeiras vaias, ou as suas vaidades pessoais.

Os jogadores e técnicos passam por um momento em que chamamos na economia de viés de baixa. Os rendimentos das equipes cada vez reduzem em qualidade, e entregam aos consumidores um produto caro, e que não merece ser consumido.

A violência das ruas e de algumas torcidas organizadas deram motivos para afastamento dos bons torcedores, que trocaram os estádios pela frieza das telinhas, além dos horários pornográficos.

Nós estamos entre esses, e isso nos afeta por sermos há mais de cinquenta anos consumidores de futebol nos campos. Começamos nas gerais, passamos para as arquibancadas, depois para as sociais e enfim nas cadeiras, mas sempre presentes aos jogos, muitas vezes de outros clubes e sempre pagando ingressos.

Jamais entramos em um estádio de forma gratuita, mesmo no tempo de clube, ou no comando desse esporte em Pernambuco.

Nos entregamos a televisão, e estamos vivenciando um sério problema, desde que até nesse veículo está se tornando insuportável assistir a um jogo de futebol.

O que está se apresentando nos gramados é trágico, com partidas pobres, sem motivação, sem bons jogadores, e sem a emoção dos gols. Na última rodada do Brasileirão tivemos apenas 15 redes balançando em 10 jogos. Poderíamos não ter a técnica perfeita, mas se tivéssemos um futebol organizado, sem faltas, competitivo, a ausência de bons jogadores não seria sentida.

Pela quarta rodada da Série A que findou na última segunda-feira, vários jogos foram televisionados, e ficamos com o controle na mão trocando de canais em busca de algo motivador, o que não aconteceu. Apenas Grêmio, Chapecoense e Bahia mostraram algo que tivesse a aparência de futebol.

Encontramos um pouco de salvação no jogo entre Bauru e Paulistano pela terceira partida do play-off final do campeonato do Novo Basquete Brasil, que foi realizada logo após os encontros da matinal do Circo, com mudanças de resultados por diversas vezes, uma entrega total dos atletas, e sobretudo com um público civilizado lotando o Ginásio.

Embora tecnicamente o nosso basquete não atravesse uma fase promissora, a vontade dos dois times consegue transformar o jogo, e sobretudo por conta dos bons treinadores com as suas táticas. Uma renovação com o clube da capital com uma média de 21 anos.

As cestas no basquete são iguais as redes do futebol, com uma diferença quando as primeiras balançam dezenas de vezes, e a cada uma as emoções afloram.

O futebol brasileiro precisa de pessoa sérias no seu comando, para que possa encontrar um novo e perene caminho, afasta-lo das mazelas incrustadas, e voltar a trazer alegrias ao seu consumidor, desde que até nas telinhas esse não vem mais prestando para ser assistido.

Infelizmente essa é a realidade, e com uma gravidade, a de não aparecer uma viva alma para dar um basta, e modifica-lo.

São sofredores profissionais.

Comentários   

0 #2 RE: NEM PELA TELINHA PRESTACARLOS ALFREDO 07-06-2017 13:16
JJ: Sua análise está correta. Até pela televisão está ficando difícil de assistir os jogos de futebol. O problema não está apenas nos gramados. Narradores e comentaristas em sua maioria cansam os telespectadores. Enxergam jogos de peladas como bons, e as besteiras que dizem obriga a quem está assistindo a baixar o som.
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0 #1 Crise de RepresentatividadeBeto Castro 07-06-2017 11:35
O futebol brasileiro somente se reabilitará quando forem 528 os clubes participantes nas suas principais divisões e todos os recursos financeiros obtidos na negociação com as Redes de TV (várias) num único pacote forem distribuídos através de um Fundo Setorial com base no ranqueamento das Federações, independente das divisões que participem, a saber:
Série A - 32 Clubes em 2 grupos de 16 (Redução de calendário)
Série B - 48 Clubes em 3 grupos de 16
Série C - 64 Clubes em 4 grupos de 16
Série D - 128 Clubes em grupos de 4
Série E - 256 Clubes em grupos de 4 estadualizados.
Todas as divisões disputadas no segundo semestre sem rebaixamento. Os clubes seriam escolhidos através da interdependência das competições conforme classificação nos 8 certames regionais com exceção dos 20 clubes âncoras do Ranking Nacional (Valorização absoluta destes certames).
Primeiro Semestre: 8 Certames Regionais em duas divisões (A e B) com desfecho em duas Copas Subcontinentais A e B ao estilo Copa dos Campeões da Europa.
Copa Libertadores e Sul-Americana com no máximo 16 clubes das duas Confederações. 2 Vagas no Mundial de Clubes (CBF e Conmebol).
Copa de Seleções Estaduais Nativas como evento máximo do país (Anual ou Bianual) como fonte de revelação e valorização dos atletas e recursos excepcionais para o Fundo Setorial.
Finais dos certames estaduais de 1 a 15 de dezembro no final do calendário.
Uma loteria de eventos com um sorteio de um carro pela TV a cada jogo. Tudo para o Fundebol. Verbas da Seleção Brasileira, publicidade, taxa sobre negociação de direitos federativos e arrecadações nos estádios para o Fundo crescente (bilionário estimado em R$ 10 bilhões).
Aí é só sair para o abraço com clubes e Federações capitalizados, ricos e estruturados.
Democracia total com revezamento de poder até no máximo 8 anos (Eleição e Reeleição). Colégios eleitorais apenas de clubes profissionais e mais uma associação de clubes amadores e ligas municipais nos estatutos. Geração estrondosa de emprego e renda no setor e alta capitalização. Fundo de Pensão Complementar Futprevi para aposentadoria dos atletas com aplicação eficiente de recursos na Bolsa de Valores. Banco de Desenvolvimento do Futebol para a expansão da infraestrutura esportiva. 50% de participação e representatividade continental obrigatória. Clubes de todas regiões participando nas Copas Subcontinentais.
Fora desta receita é decadência fatal e fundo do poço.
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