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Escrito por José Joaquim

O Brasileirão chegou ao seu primeiro quarto, com um pouco mais de 25% dos seus jogos já realizados, e os resultados da última rodada (10ª) mostram que os tijolos estão sendo assentados, e com isso retornando a sua realidade, quando o TOP 10 está sendo ocupado com exceção do Coritiba, por times que são chamados de grandes.

Nada de anormal, desde que as diferenças financeiras sempre influenciaram nessa competição e torna-se bem difícil do aparecimento de um Leicester como aconteceu no futebol inglês, desde que a distribuição de receitas na Inglaterra são mais democráticas do que a nossa.

Qual a surpresa de observarmos o G4 com Corinthians, Grêmio, Flamengo e Palmeiras, quando no início da competição esses eram considerados como favoritos?

Alguns começaram mal, mas voltaram a sua realidade.

A Série A sempre foi composta por aqueles que brigam pelo título, que são poucos, por outros que almejam uma vaga para a Libertadores, dos que sonham com uma classificação para a Sul-Americana, e finalmente os que entram apenas para a luta pela permanência.

O Brasil não é diferente do mundo futebolístico onde acontece as mesmas situações.

São tais detalhes que poderiam ser aproveitados para impulsionar a competição, mas há anos que essa está no mesmo patamar de público, pela ausência de uma melhor preparação da parte de quem a promove.

São apedeutas do futebol. Parece que o Brasileirão é apenas uma competição para cumprir o calendário.

O Coritiba que é o intruso no TOP 10 (9º) em breve irá dar o seu lugar ao Atlético-MG que irá se recuperar, e assim sendo fica tudo dentro dos conformes.

Se o São Paulo estivesse fazendo uma boa campanha certamente estaria entre os melhores da tabela, e aproveitando-se da queda do tricolor o Vasco entrou como bicão, desde que o seu futebol e o atual elenco não são condizentes para a disputa com os rivais bem colocados.

A décima rodada que foi encerrada na última segunda-feira, com uma zebra no Nilton Santos patrocinada pelo Avaí ao derrotar o Botafogo, os times visitantes mandaram com 5 vitorias, enquanto os mandantes só conseguiram 3, e tivemos dois empates.

No geral, com os 100 jogos realizados, os mandantes somaram 54 vitórias (54%), os que visitam tiveram 26 conquistas (26%) e 20 empates(20%). Na lógica do futebol o empate é prejudicial aos clubes do lado esquerdo da tabela e que tem o mando de campo.

Nessa rodada o público melhorou por conta dos 50.116 pagantes do jogo entre o Grêmio e Corinthians, somou 178.328, uma média de 17.883 torcedores/jogo.

No geral após várias rodadas, enfim essa passou dos 15 mil por jogo (15.181). Um passo vagaroso, e que não pode ser comemorado por conta da competição que merecia algo bem maior.

O Corinthians continua como favorito ao título mesmo com muita rodagem pela frente, e nos cálculos das probabilidades esse tem 61% de chances para alcançar esse objetivo.

A competição só retorna no final da semana, dando chances a alguns clubes de realizarem pela primeira vez os treinamentos, enquanto alguns  se desgastam na Copa do Brasil e Sul-Americana.

São coisas de nosso futebol.

Comentários   

0 #1 Direito à Vida EternaBeto Castro 28-06-2017 13:25
No período anterior ao aparelhamento dos pontos corridos para beneficiar as 12 tribos mafiosas (1985 para trás até 1971) ainda apareciam clubes médios e até pequenos que chegavam entre os quatro primeiros. Mas, após a organização aparelhada pelos sírio-libaneses para açambarcar todos os recursos do futebol nacional (1986), ficam com os títulos, a hegemonia forçada e as vagas na Copa Continental apenas os homenageados bíblicos do velho testamento, ou filhos de Jacó. A partir da exclusão total dos clubes dos Estados fictícios das categorias C e D (2003), as engrenagens dos pixulecos e do aparelhamento foram azeitados para reforçar a hegemonia fraudulenta. Até a Copa dos Pixulecos do FBI foram aparelhadas com as belezuras de Zé das Vacas entrando nas finais. Campeonatos e Copas de cartas marcadas e todos os recursos para as mesmas quadrilhas organizadas. Não há como fugir desta mistificação do mercado manipulado e aparelhado pelo o oligopólio dos clube dominadores fora da lei. Com o novo aparelhamento dos contratos individuais a arapuca pretende reduzir o nosso futebol a apenas dois clubes (Urubus e Gaviões). Os 160 milhões de cidadãos republicanos que se explodam e se conformem em ser cidadãos de terceira e quarta classes e categorias. Para comemorar a nossa não existência no futebol cantemos, então "Deus lhe Pague":
Deus lhe Pague
Chico Buarque
Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir
Deus lhe pague

Pelo prazer de chorar e pelo "estamos aí"
Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir
Um crime pra comentar e um samba pra distrair
Deus lhe pague

Por essa praia, essa saia, pelas mulheres daqui
O amor malfeito depressa, fazer a barba e partir
Pelo domingo que é lindo, novela, missa e gibi
Deus lhe pague

Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair
Deus lhe pague

Por mais um dia, agonia, pra suportar e assistir
Pelo rangido dos dentes, pela cidade a zunir
E pelo grito demente que nos ajuda a fugir
Deus lhe pague

Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas-bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir
Deus lhe pague
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