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Escrito por José Joaquim

Ouvimos no dia de ontem uma frase bem estranha e fora do contexto, com relação as nossas postagens sobre uma melhor divisão das receitas do futebol, de que estávamos desejando apequenar os chamados times grandes.

Certamente no entendimento desse torcedor, o ideal seria destruir os pequenos, através de um processo e extermínio que na verdade já está em curso. Por uma coincidência esse era torcedor do Flamengo.

Os países mais desenvolvidos do mundo são aqueles com melhor distribuição de renda. Obviamente que todos não são ricos, mas certamente não existem miseráveis, e isso deveria ser aplicado no futebol.

Tomamos como exemplo o Brasileirão, que há anos vem sendo palco de uma luta de classes, onde ricos e pobres se defrontam, e sempre a vitória caberá aos primeiros que estão com o dinheiro, que é sem duvida a melhor das armas. Os números são duros.

Não pode ser justo que uma equipe dispute um torneio quando seus concorrentes faturam de três a cinco vezes mais, nas cotas distribuídas dos direitos de transmissão.

Por conta disso, os proletários do futebol são meros figurantes lutando contra o rebaixamento. Na era dos pontos corridos nenhum clube de menor porte conseguiu chegar ao título que ficou por três vezes em Minas Gerais e onze no eixo Rio-m São Paulo, que detém mais da metade do PIB nacional.

Se houver uma equidade na distribuição de receitas, certamente a competição ficaria mais equilibrada, permitindo que um clube de menor renda tenha a oportunidade de disputar uma boa colocação. Tal fato não iria apequenar os grandes, pois teriam maiores participações, mas não tão pornográficas como a atual, sempre respeitando as suas forças.

O atual Brasileirão estava nivelado, mas começa a mostrar as suas divisões em blocos, quando os mesmos clubes de sempre estarão no pelotão da frente, alguns menos afortunados no meio, e os proletários lutando contra a degola.

Os dirigentes deveriam entender que muito dinheiro nas mãos de poucos é danoso, e se bem  distribuído cria uma sinergia entre todos os disputantes por conta da competitividade, com reflexo na presença dos torcedores.

Apequenar os grandes é uma frase preconceituosa.

Na verdade desejamos transformar o futebol em algo menos previsível, já que o sistema atual em um torneio de 20 clubes, desde o seu início sabemos quem serão os primeiros, como resultante de uma engenharia financeira danosa, que não permite criar as possibilidades de que um clube menor possa chegar a ser protagonista e lutar com dignidade numa competição, com chances, quem sabe, com uma boa estrutura chegar ao título de campeão. 

Os brasileiros que ainda acreditam no seu futebol, deveriam lutar para que o atual sistema apodrecido, que favorece alguns poucos clubes em detrimento da maioria, seja modificado, desde que com os atuais dirigentes isso jamais irá acontecer.

Comentários   

0 #2 Tomada de Posição, mesmo conservadoraBeto Castro 29-06-2017 13:09
O Sistema Federal de Futebol é composto por uma confederação e 27 Federações, cujos clubes beneficiados pertencem a apenas quatro entidades que se auto proclamaram como manda chuvas. O atual sistema de distribuição de recursos aparelhado em 1987 (Camelódromo mais 12 tribos) é a negação peremptória do sistema federal, piorado com os contratos individuais baseados na audiência). Ou seja, os lucros da TV em detrimento de 80% de todo o sistema. Mesmo sabendo da tendência conservadora do escriba deste blog que quer apenas uma atenuação das disparidades absurdas dentro da Série A ao estilo Espanhol e Inglês, recentemente humanizado, uma tomada de posição, mesmo de faz de contas, já é uma um avanço. Veja que a pontuação do ranqueamento das federações é um retrato anual da performance de cada entidade do sistema e por conseguinte dos seus clubes no contexto histórico. Em caso de organização do calendário que postulasse um ajuste na pífia representatividade do Brasil no continente de 17% para 50% com justiça sobre o PIB-População e Território, alguns poucos certames e copas altamente rentáveis como a Copa das Federações, traria para o bolo financeiro a ser distribuído, R$ milhões e milhões não arrecadados em TV, Publicidade e estádios, além da valorização vertiginosa no ativo dos atletas convocados. Neste caso da reforma, os grandes clubes das federações e clubes intrujões teriam ainda grandes fortunas, porquanto suas pontuações juntas somam mais de 50% das outras 23 (229.601 de 443.534). Os doze apaniguados são os maiores pontuadores de seus estados e ficariam com o grosso dos recursos, mas evitaria que centenas de clubes médios de grande tradição morressem à mingua. A adequação do sistema com novas fontes de recursos, gigantescas e não incorporadas ao atual sistema de iniquidade, com certeza contemplariam os auto consagrados grandes clubes com valores superiores. Mas, para este aperfeiçoamento, a tarefa exige muitos estudos e reflexões e principalmente, competência na administração do sistema, o que impediria o aparelhamento para fins de recebimento de propinas dos que comandam e a asfixia dos clubes de 23 Federações atreladas à corrupção sistêmica das gangues que dominam a instituição. Parabéns por trazer as mazelas do canceroso terminal para a telinha. Infelizmente os criminosos psicopatas sofrem de microcefalia cleptomaníaca e seus cérebros vazios sem reflexão são encriquilhados - Nasceram para roubar e fazer injustiças.
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0 #1 Perdoai-os, Senhor, eles não sabem o que falamAndre Angelo 29-06-2017 09:36
Gostaria de ouvir esse torcedor do Flamengo defender isso, caso o Flamengo jogasse uma liga mundial contra Real Madrid, Manchester United, Barcelona, Manchester City, Bayern, Chelsea, Borussia, Juventus, Milan, Internazionale, Atlético de Madrid, Sevilha, Arsenal, Tottenham, Liverpool, Everton, PSG, Mônaco, Lyon, Galatasaray, enfim, com os grandes clubes europeus, mantendo a sua atual receita.
Sim, com essa liga tendo acesso e rebaixamento.
O que ele diria sobre a distribuição de receitas dos clubes?
"Pimenta nos olhos dos outros é refresco".
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