A falência do ensino público no Brasil graças a uma politicalha da pior qualidade que tomou conta do país, arrastou consigo as bases esportivas.
Para que se tenha uma ideia existem no país 161 mil escolas municipais, um potencial que poderia ser aproveitado para a massificação esportiva. Nada se fez ou se faz.
Vivenciamos uma época em que os nossos talentos nas diversas modalidades saiam dos bancos escolares, e em especial da escola pública que tinha um trabalho de educação física com atividades esportivas.
No Brasil com a queda de qualidade do sistema escolar e o abandono do setor de esportes, privou o trabalho de formação de algo que era o seu alicerce.
Na realidade, até as escolas privadas que participavam do setor, abandonaram-no por conta dos altos custos.
Pernambuco é uma das vitimas do processo, quando as federações locais fazem campeonatos com poucos participantes, em especial os de categorias menores. Um reflexo da ausência dos times escolares.
Há anos afirmamos que o principal instrumento parase praticar esportes não é uma bola, ou uma chuteira e outros apetrechos, sim uma banca escolar.
Em nossas pesquisas vimos algo bem importante a essa relação em Cuba, onde dentro de prédios velhos sem manutenção as crianças aprendiam a ser atletas. Até um miniatletismo era praticado.
Tornou-se uma potencia olímpica, que foi prejudicada pelo boicote econômico implantado pelos Estados Unidos. Um modelo inteligente e de fácil aplicação.
Em 1987 na Comissão Nacional dos Esportes esse tema foi discutido e aprovado, consta do seu relatório final, ou seja, passaram-se 30 anos e tudo continua como dantes.
Isso é o que sempre pregamos para o Brasil. A base esportiva é a escola e a educação. Aos cinco anos, as crianças recebem o primeiro incentivo para a escolha de um esporte a ser praticado.
Convênios poderiam ser firmados entre o governo e os clubes que tivessem instalações esportivas, para que os alunos pudessem utiliza-las. O estado daria a contrapartida com o pagamento a esses, por cada um jovem que participasse do programa.
Temos bons exemplos pelo mundo afora. Na Coreia do Sul, o Taekwondo é uma matéria obrigatória nas escolas, na Jamaica o incentivo é para o atletismo, e no Japão, o Judô também é disciplina escolar.
Todos esses países são potencias olímpicas o que nos leva a crer que estão certos e nós errados ao abandonarmos a educação e deixarmos de lado um grande veículo de potencialização na formação de atletas.
Na verdade o que falta ao Brasil é a inteligência, fundamental para a percepção do que se pode fazer pelos esportes. Pelo contrário preferem como lazer a corrupção sobre os aplausos de uma sociedade cada vez mais anestesiada.
Estamos cansados de sermos um Don Quixote lutando contra moinhos de vento, desde que viver em um país onde um investigado por corrupção é exaltado por um Ministro da mais Alta Corte ao determinar que esse retornasse ao Senado, mesmo após as denuncias serem apresentadas, é sem duvida uma sofrência a cada dia.
Sem uma boa educação nada será mudado, inclusive na área de esportes, e em especial na politica.