Obviamente não somos mais a tão chamada Pátria de Chuteiras. Os números atestam a estagnação do futebol em nosso país e que não podem ser contestados.
O futebol é a cara do nosso Brasil, que conseguiu sobreviver, apesar de todos os assaltos que os cofres públicos já sofreram durante décadas.
Está vivo, resistente, mesmo sendo vilipendiado por alguns, que só visam os interesses pessoais e não os pretendidos pela nação. Apesar disso e dessa gente, continuamos sendo o mesmo Brasil.
O esporte da chuteira em nosso país tem suportado de tudo, um verdadeiro massacre, por conta da presença de segmentos nefastos, compostos por aventureiros que só desejam sugar a última gota de sangue que esse ainda contempla.
Gostamos de futebol há décadas. Além de torcedores que sempre fomos, dirigimos o setor no clube (Sport) e da Federação, e podemos afirmar que hoje vivemos um dos piores momentos de sua história.
O respeito foi perdido e com ele, a sua credibilidade foi enterrada. Estamos entregues ao abandono. O cartola maior da entidade que o dirige não pode sair do país com medo de ser preso. Um surrealismo tupiniquim.
No campo de jogo, nada a ser comemorado, com raras exceções as partidas ficam abaixo da média, medíocres, defensivistas, sem gols, sem craques, numa maré seca sem futuro.
Fora desses, os mais espertos faturando, enchendo as suas contas no exterior, enquanto os clubes sofrem.
O jornalismo juvenil ocupa seus espaços com matérias sobre Neymar, que sequer joga no país, mostrando que nada temos a apresentar com relação aos nossos clubes e seus jogadores. Até a compra de um tênis por um alto valor, é divulgada com intensidade.
Vivenciamos o futebol europeu, que já foi bagunçado, mas deu a sua volta por cima, e ao compararmos com o nosso, verificamos que fazemos tudo ao contrário.
Os horários dos jogos são indecentes. Regulamentos e tabelas são mudados ao sabor dos ventos, a violência das torcidas derrotou o torcedor do bem, arbitragens da mais baixa qualidade, constituindo um somatório de fatos destruidores, que não conseguiu extermina-lo por conta de sua capacidade de sobrevivência.
Os 60% de ociosidade nos estádios brasileiro refletem o desanimo que tomou conta desse esporte. Nada mais grave do que a perda da credibilidade, que provoca o grande distanciamento da parte boa do seu torcedor.
Hoje não sabemos qual a camisa dos clubes. Mudam de cores várias vezes por ano, deixando de lado a tradição que sempre serviu para chamar o seu seguidor. Como podemos assistir ao Sport, Santa Cruz e Náutico nos gramados com os seus uniformes fora do contexto?
Na verdade ainda não desistimos, e somos um daqueles resistentes que ainda acreditam que o futebol voltará a ser do lado do bem, com pessoas sérias que sempre desejaram a sua evolução e não dos seus patrimônios pessoais.
Eles não conseguiram acabar com o Brasil, e os do futebol também não irão conseguir acabar com esse esporte.
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0#3RE: A RESISTÊNCIA BRASILEIRA —
RUBRO-NEGRO27-07-2017 16:44
JJ: O BRASIL É MUITO RESISTENTE. AGUENTAR TANTAS ROUBALHEIRAS E AINDA ESTÁ DE PÉ PÉ ALGO FENOMENAL. TODOS OS DIAS TEMOS UMA PRISÃO DOS CORRUPTOS QUE ASSALTARAM OS COFRES DO PAÍS A DE HOJE FOI A DO EX-PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL E PETROBRAS. INFELIZMENTE O FUTEBOL TEM OS MESMOS PROBLEMAS MAS AS PRISÕES NÃO CHEGAM.
Não há como resgatar com vida os clubes destroçados pelas cinco quadrilhas que aparelharam o futebol brasileiro em 1987. São mais de 200 clubes tradicionais arrasados com as suas federações nos 27 Estados, com ênfase nos quatro estados mais ricos, onde os centuriões lagartixas seguidores de Zé das Vacas e Zé das Placas, sócios do Camelódromo, dizimaram a maioria de seus clubes. Agora o objetivo é destruir os grandes clubes que perpetraram o atentado da Revista Placar, cujos dez facínoras estão sendo sucateados para que seja instalada a espanholização do Urubu e do Gavião carniceiros. O Brasil vive a implantação do Califado Temerário Marumita como consequência da ditadura dos mascates de 1987. O Califa da Meia Noite reina soberano no Palácio Gabiru com a sua Padilha turca a serviço da dilapidação dos ativos da Nação. Já vislumbro as filas de tupiniquins nas mãos dos coiotes para embarcar em botes infláveis para a travessia do Atlântico. A guerra fratricida entre Damasco e Aleppo já se instalou na velha capital da Brasíria Destroçada. A ganância dos turcos não tem limites. Não foi por falta de aviso.
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