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Escrito por José Joaquim

A derrotas sofridas pelo Atlético-MG e Palmeiras para clubes sem grande expressão no futebol Sul-Americano, nas oitavas de final da Copa Libertadores, não foi surpresa para quem analisa o futebol brasileiro sem paixão, sem compromissos, desde que basta observar as suas campanhas no atual Brasileirão.

Foi criada uma ilusão de que o dinheiro resolve tudo, que na verdade se mal aplicado provoca uma destruição.

Nunca vimos em nosso país um jornalismo tão arraigado a conceitos superados, vendendo ilusões aos torcedores de que os nossos clubes vão bem, quando a realidade é bem outra. Os resultados são claros.

Por um acaso, recebemos uma mensagem remetida pelo jornalista Claudemir Gomes com uma frase de um livro escrito no ano de 1920, da autoria da escritora russa Ayr Rand, da qual conhecemos uma boa parte de sua obra, e podemos enquadra-la no atual futebol brasileiro.

A filosofa expõe a teoria do Objetivismo, onde cita nessa o regime da INEPTOCRACIA, algo que existe em nosso futebol.

Não somos adeptos dos conceitos emitidos pela filosofa, desde que são arrogantes e individualistas, mas na verdade servem para encaixar o Brasil e o seu futebol, por conta do conteúdo brilhante.

Nos livros  publicados, Ayr Rand considera de forma explicita que o governo é potencialmente a maior ameaça aos direitos dos homens, pelo seu comportamento. Os direitos dos indivíduos são colocados de lado pela forma de se governar.

Por outro lado alguns questionamentos são feitos, e que também nos transportam ao futebol do Brasil em seu atual momento.

¨Quando você perceber que para produzir precisa obter autorização de quem não produz nada, quando comprova que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores, quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, pelo contrário, são eles que são protegidos, algo deve estar acontecendo¨. 

Ou ainda ¨quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar sem ter medo de errar, que sua sociedade está condenada.

Há 97 anos atrás uma filosofa enquadrou o Brasil atual e o seu futebol.

Esses são os conceitos que formatam a INEPTOCRACIA, que é uma forma de governo no qual os menos capazes de liderar são eleitos pelos menos capazes de produzir, e no qual os menos capazes de se auto-sustentar e de alcançar o sucesso, são recompensados com bens e riquezas confiscadas de um número cada vez menor de produtores.

Nada mais, nada menos que a formatação da governança do futebol brasileiro, quando os menos capazes e uma minoria elegem os seus dirigentes, e esses concentram as suas riquezas em detrimento dos clubes, que são os mais afetados pelo sistema da INEPTOCRACIA reinante no esporte,  desde que eles são os verdadeiros produtores.

Os ineptos tomaram conta do futebol por conta de uma sociedade anestesiada, que nada faz para mudar o sistema, e por isso o país que sempre teve esse esporte como um dos mais importantes do mundo, apequenou-se e vive de sonhos e ilusões, que são recebidas por seus torcedores.

Ou muda ou morre de inanição, sofrendo vexames como os da última quarta-feira.

Essa artigo serve para mostrar que em 1920 o pensamento estava bem perto do nosso país de 2017.

Que o diga a LAVA-JATO.

Comentários   

0 #2 RE: A INEPOCRACIA NO FUTEBOL BRASILEIROPEDRO CORDEIRO 11-08-2017 11:32
JJ: Vou lhe dar uma sugestão. Os seus artigos mereciam uma coluna em nossos jornais, por conta de suas qualidades. Esse da Ineptocracia é espetacular e merece ser divulgado por todos os que acompanham esse blog.
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0 #1 Ineptocracia da GanânciaBeto Castro 10-08-2017 14:20
Em vários países do mundo este sistema de governar acabou em guerras civis fratricidas com a população de refugiados fugindo em desespero para não morrer - A Síria dos Assados é o exemplo mais recente, mas temos países despedaçados como a antiga Iugoslávia e Tchecoslováquia, a Coreia e o Vietnam divididos e massacrados, Líbia, Tunísia, Sudão, Etiópia, Somália, Ruanda, Palestina, Líbano, Iraque, Cambodja, Nicarágua, Colômbia e a Venezuela Madura. Parabéns pela publicação do artigo esclarecedor. Entretanto, as gangues continuam comprando e aparelhando clubes de futebol no mundo inteiro para lavar dinheiro sujo do crime organizado.
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