Uma conversa de rua nos oferece muitos motes para a criação dos artigos do blog.
No dia de ontem nos foi perguntado qual a razão da popularidade do Flamengo no nível nacional.
Uma questão que já ouvimos muitas vezes, e para qual temos uma resposta pronta: tal fato aconteceu pela influência da Era do Rádio, que era o maior veículo de comunicação que a sociedade contava. As suas ondas invadiam as residências e transmitiam as notícias, como fazem no dia de hoje as emissoras de televisão.
Quem estuda o futebol brasileiro sabe que a popularização desse esporte começou na metade do século XX, principalmente após a Copa de 1950, com a construção do Maracanã, que tornou-se o seu cartão postal.
Nesse contexto entra a Rádio Nacional, que tornou-se realmente uma emissora brasileira, e transmitia os jogos para todo o país a partir do Rio de Janeiro.
Nos lembramos muito bem, apesar de sermos bem jovem na época das transmissões dos eventos, da liderança que essa rádio detinha quando penetrava nas demais regiões do país, fazendo com que os torcedores optassem pelos clubes cariocas.
Tal influência consolidou no âmbito nacional as torcidas do Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense, e quando o rádio deixou de ser o elo de ligação com o país, a televisão assumiu o comando com o processo de rede que uniu o Brasil.
A penetração em Minas Gerais e São Paulo foram menores, desde que as rádios locais transmitiam os jogos de seus clubes, mas essas não tinham a capacidade de adentrar nas regiões mais distantes.
As emissoras do Rio de Janeiro dominavam o sistema, principalmente a que estamos debatendo que teve a maior força no processo.
A Rádio Nacional foi substituída pela Rede Globo, dona dos direitos de transmissão dos eventos esportivos brasileiros, que pratica uma lavagem cerebral com jogos dos times do Sudeste, e hoje com a preferência de um duopólio, Corintihians e Flamengo.
A colonização continuou na era moderna.
Nesse meio entra a subserviência dos dirigentes dos demais clubes, inclusive aqueles considerados grandes, que não reagem ao sistema implantado e não pressionam a emissora quando da assinatura do contrato.
No momento existe um monopólio descarado.
Na verdade esses são uns ricos ¨miseráveis¨, que vivem há muito tempo mendigando adiantamento das cotas que lhes são destinadas.
Deveria existir mais democracia nesse processo, com possibilidades para todos, e fundamentalmente a implantação de uma forma de regionalização, que são os caminhos para que a colonização seja reduzida.
Quando um clube tem mais e 200 minutos nas diversas emissoras de televisão do país, certamente a sua marca será alavancada, enquanto aqueles que aparecem em míseros segundos, encontram sérias dificuldades na captação de patrocínios.
Obvio que a grande demanda está no Sul/Sudeste, mas por conta disso existem alternativas a serem aplicadas, antes que o abismo se aprofunde mais e apenas dois clubes tenham crescimento.
A Rádio Nacional teve a sua época de colonização, agora é a Rede Globo.
E no futuro?
Comentários
0#2RE: A ERA DO RÁDIO E A COLONIZAÇAO DO FUTEBOL —
ANTONIO CORREIA31-08-2017 18:47
JJ: O Rádio ligava o Brasil, e a Nacional era a que tinha maior potencia, e mais astros em seu elenco. A Mayrink Veiga também tinha um bom alcance, mas perdia para a emissora oficial.
Fortalecida pelas gangues turcas, pelos plaqueiros implacáveis, pelos capitães do mato da escravidão e pelos centuriões lagartixas vendilhões do templo, esta rede da desgraça agora aparelhou uma súcia de golpistas para vender o curral da casa grande de porteiras fechadas com todos os escravos algemados. Vender o sol, o vento, as marés, a água, o solo, o subsolo, as florestas, o mar territorial e as riquezas naturais e minerais ao G8 é o futuro planejado pelas gangues midiáticas, privatistas, latifundiários, árabes e neoliberais. A reação dos escravizados é pequena, mas o Senador Requião já avisou aos receptadores intrujões de mercadorias roubadas que as decisões dos ladrões de carga serão anuladas e haverá o confisco dos bens surrupiados oriundos dos desmontes e sucateiros. Enviou cartas aos embaixadores do mal que não comprem as cargas roubadas na estrada do golpe, pois quem compra mercadorias roubadas é tão ladrão quanto quem as vende.
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