Assistimos nesse final de semana diversos jogos das duas maiores divisões nacionais, e alguns do futebol europeu, e ficamos na certeza de que os nossos clubes da Série A no máximo jogariam na Segunda Divisão dos principais campeonatos do Velho Continente, e os da B seriam alocados, com exceção do Internacional na Terceira Divisão.
Uma partida que chamou a nossa atenção pela qualidade do futebol apresentado, aconteceu no novo e belo estádio do Atlético de Madrid, com o time da casa enfrentando o Barcelona, que terminou com o justo resultado de 1x1.
O segundo tempo foi uma obra de arte futebolística, que mostrou a qualidade técnica dos contendores, e sobretudo a formação tática.
Enquanto isso no período noturno assistimos a dois jogos que deram continuidade a 28ª rodada do Brasileirão.
Ambos sem a qualidade necessária, ou algo pelo menos parecido com o que chamamos de futebol.
No Brasil além da ausência de craques nos gramados, os jogadores passam o a maior parte do tempo de jogo reclamando da arbitragem, ou então simulando contusões.
São as novas táticas aplicadas pelos treinadores.
Pressionam para levar alguma vantagem, e esquecem o essencial que é o de mostrar um bom futebol.
O Botafogo apresentou os mesmos defeitos de outras partidas, foi derrotado por um Vasco ruim de bola, mais focado, e a sua vitória por 1x0 foi justa.
Após o apito final o elenco alvinegro partiu para cima do árbitro por conta da tal de mão na bola, ou bola na mão, que não foi observada por esse, e que na verdade nada de errado aconteceu, e sim o pouco futebol do time da Estrêla Solitária.
No segundo jogo o São Paulo e Atlético-PR protagonizaram um show de horrores, com o time tricolor paulista conquistando a vitória por 2x1 nos minutos finais.
Os encontros do domingo estiveram no mesmo padrão, com apenas duas ressalvas, os bons minutos do Bahia, e o espetacular Kenoshow, com uma grande atuação do ponta Keno, do Palmeiras.
A Série B é mais catastrófica, com exceção do jogo do Paraná, os nove restantes nada acrescentaram ao esporte da bola.
Times fracos, com jogadores medianos, e com uma ociosidade latente nos estádios.
O ABC em seu jogo contra o BOA contou com a presença de um pouco mais de 300 testemunhas. Mesmo com sua posição de rebaixado, merecia um públio maior.
O futebol brasileiro se contenta com o que chamamos de Serviços Mínimos que são representados pelos resultados dos seus jogos.
Na 29ª rodada dessa divisão menor, foram marcados apenas 16 gols, com uma média de 1,6 por jogo.
Na Premier League, no encontro entre Manchester City e Stoke City as redes foram balançadas por 9 vezes. O placar eletrônico cansou.
Sem duvida trata-se de um serviço mínimo para um esporte que tem um só objetivo, o das bolas nas redes.
Nenhum resultado passou dos três gols somados.
Foram dois 0x0, três 1x0, dois 2x0, e três 2x1.
Nos 290 jogos realizados o placar de 1x0 aconteceu 41 vezes.
Já cansamos de repetir o mesmo tema e voltamos a fazê-lo mais uma vez, ao mostrarmos que não existe a necessidade de grandes craques para termos um bom futebol, e sim de equipes bem formatadas, com táticas adequadas a sua qualidade, e fundamental que busquem o gol.
O Paraná na Série B é o maior exemplo, com 42 gols marcados em 28 jogos, só perdendo para o Internacional (44), e vem fazendo uma excelente campanha e com a sua chuteira praticamente dentro do Brasileirão de 2018.
O futebol dos serviços mínimos é a comprovação de uma decadência, obrigando a quem gosta desse esporte buscar fora do país jogos que possam atender aos seus gostos.
Lamentável.
Comentários
0#3RE: O FUTEBOL DE SERVIÇOS MÍNIMOS —
PEDRO CORDEIRO16-10-2017 14:07
JJ: Não vou publicar um comentário, e sim pedir licença ao rubro-negro para assinar o que ele escreveu. Perfeito.
0#2RE: O FUTEBOL DE SERVIÇOS MÍNIMOS —
RUBRO-NEGRO16-10-2017 13:02
JJ: O título do artigo é bem sugestivo, e pela primeira vez o vimos numa análise do futebol. Trata-se de algo que existe, e foi uma das causas da mediocridade que reina nesse esporte em nosso país. Uma quantidade expressiva de jogos, e uma qualidade duvidosa. O futebol brasileiro apequenou-se.
0#1Cem por cento de certeza —
Beto Castro16-10-2017 12:46
Dos 85 títulos espanhóis disputados com clubes atuais, Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid ganharam 65. Lógico que em qualquer clássico desse espectro, o poder econômico para comprar os melhores jogadores em todo o mundo, apontará jogos impecáveis e quase perfeitos. Isto é válido para todos os campeonatos aparelhados do velho mundo onde apenas dois ou três clubes dominam os demais e o futebol é organizado para os servir. Aqui no Brasil o futebol fica restrito a 17% de nossas potencialidades continentais, com 16% dos recursos nas mãos dos doze clubes de quatro federações beneficiárias do aparelhamento. Evidentemente, com esta estrutura montada para o fracasso e o clientelismo político, os demais 800 clubes e 24 federações movimentam apenas 10% dos recursos e 1% da potencialidades econômicas, não podendo portanto apresentar serviços máximos. Donde se concluí que esta lógica destruidora só pode apresentar estatísticas com cem por cento de acerto nos serviços mínimos. Ao comparar um jogo espanhol de dois clubes que conquistaram 42 títulos e tudo podem, com jogos de centenas de clubes sovaqueiras excluídos sem as mínimas condições de sobrevivência, só há uma conclusão óbvia. É o mesmo que comparar Jesus com Genésio. Essa empáfia da sabedoria ignóbil serve apenas para que se denuncie os corruptos, ladrões e covardes que comandam o aterro sanitário. As diretrizes do Baú da Zurica são equivalentes a uma pocilga com suinos obesos que comandam a Revolução dos Porcos e dela se beneficiam. 90% das potencialidades econômicas do mundo estão fora do setor (EUA, China, Rússia, Índia, Canadá, Brasil, Indonésia, etc) estão fora do setor. O Brasil ainda se salva em serviços mínimos por ser uma falsa Confederação sem autonomia para se organizar fora das heresias impostas pela Fifa Nostra e seus recebedores de pixulecos. Também ainda se beneficia de estruturas federativas antigas de antes da avalanche das folhas. Os 200 clubes em bancarrota sinistra e os 27 escritórios sucursais dos doze clubes com os seus assalariados vitalícios tendem todos à extinção. Reestruturação total e irrestrita ou morte súbita.
Comentários
Assine o RSS dos comentários