O Corinthians desafiou de forma clara a lei das probabilidades quando sofreu no returno uma queda vertiginosa, como se tivesse montado um cavalo paraguaio.
Para que se tenha uma ideia exata, o alvinegro no turno teve 82,46% de aproveitamento, enquanto no returno até a 35ª rodada aconteceu uma queda para 56,67%.
As gorduras da fase inicial sustentaram-no garantindo a conquista do título, comprovando a matemática que embora tenha reduzido as suas chances, jamais essas ficaram abaixo de 60%.
Os números dão o mote.
Desde o início do Brasileirão esses já mostravam que o troféu iria ter um destino certo, Parque São Jorge. A previsibilidade no futebol cada vez mais se acentua.
O time era o mais barato entre os rivais da capital, a sua gestão não é um bom exemplo, mas conseguiu vencer todas as deficiências para vencer.
Superou os péssimos momentos que atravessava, e derrotou na hora certa os principais rivais, Palmeiras e Grêmio, quando as incertezas eram grandes.
O clube no geral não é um bom exemplo nas áreas administrativa e financeira, mas o futebol passou por cima das dificuldades e obteve o sucesso desejado.
Tecnicamente o Brasileirão está sendo um dos piores da história, e a equipe corintiana soube aproveitar e se impôs diante das deficiências apresentadas pelos rivais, conquistando o quarto título na era dos pontos corridos (2005, 2011, 2015, 2017).
Nada acontece por acaso.
O clube não poderá ser alcançado na tabela até o final da competição, irá completar 34 rodadas na liderança, batendo o recorde de 33 do Cruzeiro de 2014.
Seus números mostram a razão da conquista.
Com o encerramento da 35ª rodada, o alvinegro somou 71 pontos, 21 vitorias, 8 empates e 6 derrotas.
No turno que foi a sua maior garantia para o título, somou 47 pontos (82,46%).
Como visitante está na 1ª colocação com 31 pontos (60,78%).
A mesma posição se dá com referência aos jogos em casa, quando somou 40 pontos (60,78%).
Aconteceu uma queda no returno, onde ocupa a 6ª colocação, com 24 pontos (50%), mas superou e chegou à frente da corrida para o título.
Dono do terceiro melhor ataque (45 gols), e da melhor defesa (24 gols), com um saldo de 21.
Além desses números, a manutenção do técnico Fabio Carille mesmo durante a crise do returno, foi o ponto alto e que influenciou em muito a conquista. Enquanto isso alguns rivais trocavam de comando.
Na verdade uma conquista justa, que mostrou de forma clara o acerto dos números.
Esses dificilmente erram
Comentários
0#1Resignação de Longanimidade —
Beto Castro17-11-2017 18:44
Enquanto os ricos pela força e os corruptos gozam exclusivos da glória e do sucesso pelo determinismo econômico, nós párias da sociedade futebolística dos pixulecos das castas eternamente condenadas ao conformismo e à resignação complacente em prostração submissa de aceitação passiva e sujeição de longanimidade serena pela inércia paciente e cômoda, nos tornamos pobres por natureza. Os dominadores exigem paciência extrema para suportarmos as ofensas, injúrias ou os nossos próprios sofrimentos resignados. É o que diz a Bíblia sobre ser "vagaroso em irar-se", mesmo diante da humilhação e da intolerância. Não há saídas para os coloniais subservientes assumidos, que não seja seguirmos a nossa sina cruel de eternos derrotados. Somos todos Corinthos e galatasianos nordestinos. Nem os nossos votos como cidadãos são mais aceitos com dignidade.
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