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Escrito por José Joaquim

No futebol brasileiro um clube que consegue ascender à sua divisão maior, se não tiver a solidez através de uma boa gestão, irá sofrer o efeito Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, com a sua inesquecível sanfona.

O vai e volta.

Trata-se de algo real e confirmado pelas estatísticas, quando a partir de 2006 com a Série A composta por 20 clubes,  em todas as suas competições pelo menos um time que subiu, caiu no ano seguinte, e outros não retornaram entrando no esquecimento.

Na verdade esse fato não poderia deixar de acontecer por conta das distorções entre as duas Divisões Nacionais, principalmente na parte técnica e financeira.

Apesar da mediocridade do atual Brasileirão, esse está muito acima da qualidade da Série B, e se não houver uma estrutura da parte dos clubes que ascendem à divisão maior isso torna-se em um sonho de verão, bem passageiro. 

Dos quatro times que estão lutando contra o rebaixamento, e um que já foi rebaixado, o mais longevo é o Coritiba, que completou seis anos seguidos nessa divisão, seguido pelo Sport que entrou em seu quarto ano.

A Ponte Preta com dois anos, enquanto Avaí e Atlético-GO estão no primeiro ano após os retornos, com o primeiro com as chuteiras na Série B de 2018, e o segundo já confirmou a presença nessa divisão.

No período estudado, o clube que teve mais degolas foi o Vasco da Gama, com três quedas, embora tenha voltado nos anos seguintes.

No espaço de 11 anos, o Sport subiu em 2006, foi rebaixado em 2009, caiu mais uma vez em 2012, retornando em 2013, onde permanece até hoje, e ameaçado de quebrar essa série de permanência.

O Vitória da Bahia teve uma queda em 2010, retornando em 2012, caindo mais uma vez em 2014, voltando em 2016. Está no perigo.

Nesse mesmo tempo o Coritiba caiu em 2009, voltou no ano seguinte, ou seja o efeito sanfona não atingiu o Coxa, desde que a sua ausência foi de apenas 1 ano.

Enquanto isso, a Ponte Preta de Campinas foi rebaixada em 2006 voltando em 2011, com um longo período na Série B.

Só jogou um ano, caindo mais uma vez em 2013, retornando no ano de 2014, e completou 3 anos consecutivos nessa temporada.

O Avaí teve um acesso em 2014, caiu em 2015, retornando em 2017, com apenas um ano de participação. 

Quanto ao rebaixado Atlético-GO, esse é apenas um visitante, teve um acesso em 2009, foi rebaixado em 2012, retornando em 2016, e voltando para o seu ninho nessa temporada de 2017.

Alguns clubes desapareceram do Brasileirão após os rebaixamentos: Santo André, Barueri, Fortaleza, Juventude, Ipatinga (hoje o BOA).

O Paraná depois de 10 anos do lado de  fora está de volta, embora a sua estrutura não seja adequada para garantir a permanência, e o Ceará que foi rebaixado em 2011, subiu nessa temporada, e que precisa se organizar para não dançar com apenas um ano. 

Com exceção do Coxa, os demais que estão nessa luta já são clientes da sanfona, e todos gostam de um baião do finando Luiz Gonzaga.

No período analisado alguns chamados de grandes foram rebaixados: Corinthians, Vasco (3), Botafogo, Palmeiras e Internacional. 

Na realidade os clubes não se preparam para o avanço, comemoram, mas o projeto de permanência não é elaborado, e ficam participando do efeito sanfona.

Por outro lado, o Chapecoense está dando um salutar exemplo de profissionalismo e competência.

Não tem os recursos do Sport, ou do Vitória, mas depois que subiu para a Série A no ano de 2013, seguiu em frente e apesar do abalo com a tragédia aérea estará pela quinta vez seguida participando do Brasileirão.

Sem boa gestão, não existe solução.

Comentários   

0 #1 A Ladainha da Boa GestãoBeto Castro 25-11-2017 13:19
Após a leitura cuidadosa deste excelente artigo, chega-se a conclusão, sem maiores reflexões, do aparelhamento quase por completo do futebol brasileiro pelos doze clubes mandachuvas com a anuência criminosa e ilegal do comando da instituição e apoio deturpado das Federações afiliadas. Se todos seguissem as instruções utópicas da boa gestão do sonhador administrativo, nada aconteceria, pois jamais se alcançaria uma representatividade plena e isonômica da Nação. A Caixa de Pandora do Holocausto é minúscula e somente cabe os apaniguados ou no máximo alguns Ioiôs intermitentes. A conspiração de 1986 perpetrada pelos sírio-libaneses para dominação convergente e apropriação de todos os recursos da instituição está intrinsecamente ancorada no monopólio do Camelódromo, no festival de dissipação de riquezas por alienados mentais pródigos e irresponsáveis (Caso para psiquiatria judiciária), desonestidade ética e moral, corrupção galopante, suborno propinatório de pixulecos de marqueteiros oportunistas (Vide processo Fifagate), fraude eleitoral (Urna sete), casuísmo estatutário e mais dezenas de outros crimes de corrupção. Na verdade, a Nação, a União, a República, os ententes federativos, a constituição, os objetivos permanentes da Pátria, o Congresso, o Estatuto do Torcedor estão todos sendo estuprados e violentados pelas gangues de ladrões cínicos e delatados dos come-bolas, circenses e do Baú da Zurica. A camisa de força a que estão submetidos os mongoloides subservientes como desculpa de unidade e hierarquia, não passa de um gigantesco congelador de múmias paralíticas com práticas nefastas e corrompidas. Cada país tem que ser autônomo e independente na organização de seus certames com eficiência econômica e respeito as suas etnias de formação histórica. Este é o ponto. Nenhum certame de nível nacional pode funcionar adequadamente com menos de 40 clubes regionalizados, mas com cabeças isolados de grupos bem distribuídos. Nenhum certame regional pode ter menos de 32 e os estaduais podem contar com 20 tranquilamente. As Copas Continentais tem que contemplar um equilíbrio subcontinental com base nos pressupostos econômicos. Em resumo, os certames carcomidos não funcionam por não respeitarem os cidadãos do país e a representatividade qualificada com participação adequada. O resto é baboseira ideológica do capitalismo tardio colonial e excludente, para concentrar a renda e incrementar as disparidades regionais e familiares.
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