Com exceção dos times do Grêmio e Flamengo, o futebol brasileiro entrou de férias coletivas com alguns clubes com salários atrasados com seus profissionais e funcionários.
Nada de novo no reino de Del Nero.
No caso de Pernambuco tivemos um ano doloroso, com seus clubes sendo rebaixados, o Sport permanecendo na maior divisão na bacia das almas, Salgueiro continuando na Série C, e os demais nem nos jornais aparecem.
Nada a comemorar.
O Náutico vai contratar um pacote de jogadores dando continuidade ao que aconteceu nessa temporada.
O Santa Cruz com um processo eleitoral que não irá modificar em nada a sua situação, pois são as mesmas caras que o levaram ao fundo do poço.
O rubro-negro da Ilha terá mais um ano de sofrência, desde que o seu comando irá continuar sufocando-o.
Os clubes do interior já compraram os agasalhos para a hibernação que começa em maio para alguns.
Qual o futuro desse esporte em nosso estado?
A Federação local produz factoides, vai realizar um campeonato sem datas, e com alguns filiados jogando dois jogos em 24 horas. Algo surreal.
A nossa imprensa não ajuda, e continuam navegando em um Titanic que irá afundar cedo ou tarde.
O nosso caminho está errado, desde que é uma estrada sem saída, com um abismo profundo no final.
O futebol local foi definhando quando o trabalho de base não foi incrementado.
Quantos jogares formados foram utilizados durante a temporada? Contam-se nos dedos. Na contramão da história contrataram quase 100 atletas, muitos desses sequer jogaram. Um desperdício de recursos que estão fazendo falta.
Temos uma vida longa nos esportes, e Pernambuco só foi grande com seus jogadores da casa. Os exemplos vem dos clubes da capital, e do Central que teve uma excelente equipe na época de Vadinho que era natural da cidade.
Erámos respeitados.
O trabalho de formação exige profissionais da maior qualidade, um grupo multidisciplinar, atuando em todas as esferas. Aqui pouco ou quase nada se faz para uma boa orientação dos atletas da base, inclusive no comportamental.
Pernambuco é um estado com 9,5 milhões de habitantes, e pela falta de um trabalho sério de formação não consegue obter novos talentos para os seus clubes, não apenas no futebol, assim como nos outros esportes.
O mais grave nesse trabalho que hoje é realizado nas agremiações é que poucos jogadores de nossas bases não frequentam as escolas, que é um problema sério para o futuro, quando as portas quando fechadas e não terão firmados os seus sonhos, ficam perdidos, sem o futebol, e sem uma boa educação.
Há anos que mostramos a base de um futuro promissor, que é a escola, e que poderia ser o celeiro de atletas em todos os segmentos, em especial a pública que não tem equipamentos esportivos para tal.
Surge nesse momento os clubes que poderiam fazer parcerias, para dar a devida iniciação esportiva, e assim colher os frutos que serão destacados.
Os dirigentes do futebol precisam entender que bons jogadores já tem caminho certo, os mais providos à Europa, e os medianos para os grandes clubes das regiões mais ricas.
Produzir talentos é importante no ponto de vista técnico e sobretudo financeiro.
Um exemplo, o volante Arthur, do Grêmio, com 21 anos, da base do clube já está pronto para jogar no Barcelona, e a sua negociação no futuro irá deixar milhões de reais nos cofres do clube gaúcho.
Como sonhar é livre, nós continuamos sonhando que um dia tido isso irá mudar, que apareçam dirigentes com mais lúcidez que tenham a noção da realidade, desde que se continuarmos com o atual status quo, o nosso caminho será o abismo que nos espera.
A única palavra para ser aplicada, é a de mudar, e se não acontecer todos morrerão de inanição.
2017 foi o ano do Íbis por conta das vitórias e do marketing ganhou o mundo. Sem dinheiro, sem espaço, fez o marketing da inversão onde quanto pior, melhor. Só assim, o futebol de PE virou notícia.
0#2Acabou-se, morreu, se escafedeu —
Beto Castro04-12-2017 13:40
Dividindo com base na proporcionalidade do PIB de cada região, o Sul deveria ter 3 clubes, o sudeste 11, o nordeste 3, o norte 1 e o centro-oeste 2 entre os 20 clubes da Série A. Entre os clubes do Sudeste SP entraria com 6, Rio com 3 e Minas com 2. Como o Norte e o Centro-Oeste tiveram os seus 3 representantes excluídos, S. Paulo perdeu 2, as representações do Sul são 5 (Hoje) e eram 7, o Rio tem 4, Minas 3, com o Rio atual se igualando ao Nordeste com 4 clubes. Em resumo, com o cobertor curto da iniquidade, os clubes do interior de São Paulo, Rio, Minas e RS não existem e todas as demais representações dos Estados estão congeladas nas gavetas do IML. Queremos com estas aberrações provar que a aparelhagem do futebol e dos recursos travam o desenvolvimento deste esporte, da instituição, das federações e dos clubes, por não comportarem uma verdadeira representatividade, mas apenas o aparelhamento do conjunto da obra em desmoronamento pelos 12 clubes de apenas 4 cidades. O resto não existe, porquanto essas 4 cidades ficam com 85% dos clubes e 95% dos recursos quando tem apenas 70% do PIB (os Estados) e apenas 20% (as 4 cidades). O monstro cultivado pelo conspiração de 1886, a Rede da Desgraça, os 12 degenerados e o comando do Laboratório de Dr. Jerkyl é o próprio Frankenstein, todo montado com partes disformes de zumbis sequestrados nos cemitérios e costurado. Este é o problema do futebol nacional e não essas bobagens de formação de base, gestão do nada e dirigentes mulas sem cabeça que são apenas detalhes importantes, mas não decisivos no monturo de aterro sanitário. Somente a distribuição de recursos pela classificação do ranqueamento das Federações e clubes e a busca de novos recursos gigantescos à disposição - Brascopa, Copas Continentais, Copas Regionais e divisões nacionais de integração - salvarão este esporte em extrema unção. Toda a tralha ideológica montada pelas bestas quadradas tem que ser removida e banida - Pontos corridos, número engessado de participantes, acesso e descenso velhaco, vetusto, anacrônico e ultrapassado, confraria dos doze ladrões, pixulecos do aparelhamento e a propinação dos procurados pela polícia. Os 10 Estados figurantes (SC-PR-GO-DF-BA-PE-CE-MT-PA e AM) tem que deixar de ser bucha de canhão e enquadrar os 12 estelionatários do futebol do golpe do João sem braço. Com a força dos demais Estados sem cidadania (13) e os próprios clubes do interior excluídos das 4 grandes Federações, o futebol voltaria a ser grande, rico e importante no conjunto global. Não às seis quadrilhas intrujonas é a solução.
0#1RE: ESTAMOS NO CAMINHO ERRADO —
ANTONIO CORREIA04-12-2017 12:29
JJ: Você tem razão e como tive a oportunidade de assistir os nossos clubes jogarem em décadas anteriores, presenciei a importância do trabalho de formação. Hoje quando um clube coloca um jogador de casa, ou é porque não tem ninguém, ou então por poucos minutos.
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