O berço do futebol é a sua formação, e essa na quase totalidade vem sendo realizada nos clubes sem que tenha uma boa orientação.
Já começa de forma equivocada quando o trabalho na maioria dos casos sempre é entregue a um treinador sem grande conhecimento do setor, muitas vezes ex-jogador. Continua errando na sua formatação, desde que os atletas são preparados para a conquista de títulos que na verdade de nada valem.
O modelo das Academias que é adotado no futebol europeu jamais foi pensado pelo nosso Circo, que dá a preferencia para diversos torneios nacionais, que no final não revelam uma viva alma.
Alguns atletas que se destacam são apenas bonzinhos.
Esses torneios recebem patrocínios, gastam com centenas de passagens aéreas para a locomoção dos times, e hospedagens, e aí é que mora o perigo em uma entidade que é nota zero em credibilidade.
O objetivo do trabalho de base é o de preparar o atleta do futuro. É o de substituir o antigo campo de várzea, e não ser formatado na obrigação de conquistar um desses torneios.
O futebol apequenou-se.
Assistimos alguns jogos dessas competições, e poucos talentos são apresentados em um universo grande de jogadores.
O Brasil vem produzindo poucos craques que são contados nos dedos das mãos, e sim brucutus que entram em campo determinados às ¨táticas¨ de seus treinadores, com o novo sistema de nunca perder e se possível ganhar.
O sistema Infraero é o mais ensinado.
O driblador é deixado de lado, dando lugar ao marcador, aquele que não perde a jogada, fazendo uma falta para conter o adversário. Não existe o trabalho de aperfeiçoamento técnico e de fundamentos do futebol.
O jogador formado na base não sabe conduzir a bola, ou mesmo cabeceá-la, desde que não recebe o ensinamento para tal. Os defensores marcam a bola, que é um sinal de que não foram orientados para o contrário.
Hoje são raros os técnicos das categorias menores, que ensinam os fundamentos aos seus atletas, sem a exigência de uma conquista. A conversa de hoje dos responsáveis pelas bases estão resumidas a pegadas e pegadas.
Quem não pega não joga.
Aquele número 8 que carregava a bola e partia para cima dos adversários desapareceu, foi assassinado, como também o armador de número 10.
Enquanto não houver a devida conscientização de que o objetivo da formação é o de revelar, e não o de conquistar grandes títulos, já que em muitas vezes um time é campeão e não consegue alimentar o profissional com novos talentos que na verdade é a essência do trabalho.
Torna-se fundamental uma radical transformação no setor, com a implantação das Academias, para que o segmento possa melhorar, pois se continuarmos sustentando um modelo defasado de formação, no máximo iremos preparar os medianos que já estão tomando conta dos nossos gramados, com seus passes errados, muitas faltas e pouco futebol.
Para que isso possa acontecer, torna-se fundamental a mudança da cartolagem que comanda o futebol nacional.
Comentários
0#5RE: UM FUTEBOL SEM BERÇO —
BLOGDEJJ11-12-2017 17:24
Citando ANTONIO CORREIA:
JJ: Como bem André frisou em seu comentário. que por sinal está perfeito, o artigo sobre a formação está excelente, retratando os erros que são cometidos. Peço licença para colocar algo que o amigo não citou. desde que nesse processo fata também a escola.
Prezado Antônio: Gratos pela colaboração. Realmente deixamos de lado algo importante como a escola, que é renegada no processo de formação.
0#4RE: UM FUTEBOL SEM BERÇO —
BLOGDEJJ11-12-2017 17:20
Citando André Ângelo:
"O jogador formado na base não sabe conduzir a bola, ou mesmo cabeceá-la, desde que não recebe o ensinamento para tal. Os defensores marcam a bola, que é um sinal de que não foram orientados para o contrário". Começo esse comentário transcrevendo parte de seu excelente artigo, pois ilustra bem o que acontece na base. Hoje, vemos pouquíssimos jogadores em atividade no futebol no Brasil que sabem cobrar falta ou escanteio; que sabem dar passes milimétricos; que sabem fazer um lançamento de 30 ou 40 metros; que sabem cabecear; que sabem fazer uma triangulação em velocidade; que sabem conduzir a bola em velocidade e, sobretudo, que sabem driblar o adversário. Isso tudo ocorre justamente porque na base não se ensinam os fundamentos do futebol, isto é, o passe; o cabeceio; o chute; a cobrança de falta ou escanteio; o posicionamento na marcação do adversário, etc. Treinador de base no Brasil está mais para entregador de coletes do que para um profissional que irá ensinar os fundamentos do futebol. Bastar assistir a um jogo de uma liga europeia e depois assistir a jogo de qualquer Série do Campeonato Brasileiro para vermos as diferenças. A quantidade de passes errados, de bolas chutadas na arquibancada, de faltas "táticas", de simulações de faltas e de reclamações junto ao árbitro mostram como estão acabando com o futebol no Brasil. Por isso é que revelamos alguns bons jogadores pontualmente, e não em massa, como acontecia antigamente. Enquanto isso, os clubes se preocupam apenas em não perder jogos e a emissora "dona do futebol brasileiro" apenas com sua grade de programação, entregando aos consumidores um produto de péssima qualidade técnica.
Prezado Andre: Suas colocações estão perfeitas. Pernambuco teve um profissional que trabalhava os fundamentos do futebol na base dos clubes que dirigiu. Já falecido, Alexandre Borges não fez escola, e nenhum seguidor. Foi o melhor técnico de categorias menor que conhecemos. Um bom nível intelectual e uma excelente capacidade. Hoje o que temos?
Trata de um verdadeiro criadouro e berçário com mais de 20 creches para a criação de ladrões, gatunos, trombadinhas, corruptos, falsários, estelionatários, cínicos safados e zumbis putrefatos de todo o Universo. Cem empresas fabricantes de móveis e berços não dão conta de fornecer a quantidade de berços exigidos por essa rede nacional de creches de amasiar pivetes criminosos. Tem que ressuscitar o vigia criminoso de Janaúba para atear fogo neste covil de criação de criminosos em série.
0#2RE: UM FUTEBOL SEM BERÇO —
ANTONIO CORREIA11-12-2017 12:16
JJ: Como bem André frisou em seu comentário. que por sinal está perfeito, o artigo sobre a formação está excelente, retratando os erros que são cometidos. Peço licença para colocar algo que o amigo não citou. desde que nesse processo fata também a escola.
"O jogador formado na base não sabe conduzir a bola, ou mesmo cabeceá-la, desde que não recebe o ensinamento para tal. Os defensores marcam a bola, que é um sinal de que não foram orientados para o contrário". Começo esse comentário transcrevendo parte de seu excelente artigo, pois ilustra bem o que acontece na base. Hoje, vemos pouquíssimos jogadores em atividade no futebol no Brasil que sabem cobrar falta ou escanteio; que sabem dar passes milimétricos; que sabem fazer um lançamento de 30 ou 40 metros; que sabem cabecear; que sabem fazer uma triangulação em velocidade; que sabem conduzir a bola em velocidade e, sobretudo, que sabem driblar o adversário. Isso tudo ocorre justamente porque na base não se ensinam os fundamentos do futebol, isto é, o passe; o cabeceio; o chute; a cobrança de falta ou escanteio; o posicionamento na marcação do adversário, etc. Treinador de base no Brasil está mais para entregador de coletes do que para um profissional que irá ensinar os fundamentos do futebol. Bastar assistir a um jogo de uma liga europeia e depois assistir a jogo de qualquer Série do Campeonato Brasileiro para vermos as diferenças. A quantidade de passes errados, de bolas chutadas na arquibancada, de faltas "táticas", de simulações de faltas e de reclamações junto ao árbitro mostram como estão acabando com o futebol no Brasil. Por isso é que revelamos alguns bons jogadores pontualmente, e não em massa, como acontecia antigamente. Enquanto isso, os clubes se preocupam apenas em não perder jogos e a emissora "dona do futebol brasileiro" apenas com sua grade de programação, entregando aos consumidores um produto de péssima qualidade técnica.
Comentários
Prezado Antônio: Gratos pela colaboração. Realmente deixamos de lado algo importante como a escola, que é renegada no processo de formação.
Prezado Andre:
Suas colocações estão perfeitas. Pernambuco teve um profissional que trabalhava os fundamentos do futebol na base dos clubes que dirigiu. Já falecido, Alexandre Borges não fez escola, e nenhum seguidor. Foi o melhor técnico de categorias menor que conhecemos. Um bom nível intelectual e uma excelente capacidade. Hoje o que temos?
Começo esse comentário transcrevendo parte de seu excelente artigo, pois ilustra bem o que acontece na base.
Hoje, vemos pouquíssimos jogadores em atividade no futebol no Brasil que sabem cobrar falta ou escanteio; que sabem dar passes milimétricos; que sabem fazer um lançamento de 30 ou 40 metros; que sabem cabecear; que sabem fazer uma triangulação em velocidade; que sabem conduzir a bola em velocidade e, sobretudo, que sabem driblar o adversário.
Isso tudo ocorre justamente porque na base não se ensinam os fundamentos do futebol, isto é, o passe; o cabeceio; o chute; a cobrança de falta ou escanteio; o posicionamento na marcação do adversário, etc.
Treinador de base no Brasil está mais para entregador de coletes do que para um profissional que irá ensinar os fundamentos do futebol.
Bastar assistir a um jogo de uma liga europeia e depois assistir a jogo de qualquer Série do Campeonato Brasileiro para vermos as diferenças. A quantidade de passes errados, de bolas chutadas na arquibancada, de faltas "táticas", de simulações de faltas e de reclamações junto ao árbitro mostram como estão acabando com o futebol no Brasil.
Por isso é que revelamos alguns bons jogadores pontualmente, e não em massa, como acontecia antigamente.
Enquanto isso, os clubes se preocupam apenas em não perder jogos e a emissora "dona do futebol brasileiro" apenas com sua grade de programação, entregando aos consumidores um produto de péssima qualidade técnica.
Assine o RSS dos comentários