NOTA 1- A DERROTA DE UM TIME QUASE REBAIXADO
* O Sport além da derrota frente ao Corinthians por 2x1, foi o maior perdedor dessa rodada, por conta das vitórias do Ceará, Botafogo e Atlético-PR que se distanciaram da zona da degola.
O mais grave é que o rubro-negro completou a sua 13ª derrota, faltando apenas mais quatro nas 13 rodadas que faltam para o final do campeonato, para consolidar o seu rebaixamento.
O resultado do jogo de ontem foi um verdadeiro empurrão para as mãos da Caetana.
Na realidade o resultado real dessa partida deveria ser 0x0 desde que há muito tempo não assistíamos um jogo com tão pouca qualidade. Um verdadeiro show de horrores, e um bumba meu boi. Os chutões de um lado para o outro dava a impressão de uma pelada de luxo.
O Sport saiu na frente do placar, e cometeu o equivoco de recuar no segundo tempo, quando a sua ¨brilhante¨ defesa resolveu dar a ajuda ao time corintiano, que empatou e virou o jogo sempre pelo lado direito, com Romero de meio metro, ganhando na cabeça para um zagueiro bem maior.
O time da Ilha do Retiro bem que tentou, mas a sua mediocridade é tão grande que conseguiu ser derrotado por um adversário que está mais para a Série B do que para a maior divisão.
A situação do Sport é grave, em uma UTI respirando por aparelhos, e já no próximo jogo irá enfrentar o Palmeiras, que mesmo com um time misto está invicto há dez rodadas, e com chances da conquista do título.
Na realidade o Velho Leão está pagando os pecados de uma diretoria que vem errando há muito tempo e persistindo no erro.
Só um milagre o salvará da degola.
Lamentável.
NOTA 2- NO JOGO DA MATINAL O BOTAFOGO FUGIU DA CAETANA
* Após três derrotas seguidas o Botafogo recorreu ao sal grosso que foi colocado nos corredores do Nilton Santos. Deu certo e espantou as quizilas que estavam soltam nas suas dependências.
O resultado da aplicação do sal foi uma vitória contra o América-MG pelo placar de 1x0 que foi conquistado no primeiro tempo.
O alvinegro carioca fez um bom jogo na primeira etapa, dominando a partida e usando o sistema Infraero levou perigo por seis vezes a defesa adversária. O Coelho dormiu nessa fase por conta do calor sem levar nenhum perigo à meta do time mandante.
No segundo tempo, o América-MG melhorou, teve mais posse de bola mas não conseguiu empatar por conta da defesa do adversário que estava bem plantada no campo.
Uma lambança do zagueiro Messias e do goleiro Saulo do Botafogo, por pouco não aconteceu o gol do empate.
A torcida que tinha desaparecido dos jogos do time de General Severiano voltou, por conta dos ingressos de R$ 10 e R$ 5. Um pouco mais de 22 mil pagantes estiveram no estádio.
Na verdade bilhetes caros para um jogo de futebol no Brasil é algo irreal. O Palmeiras colocou um setor do seu estádio no seu último jogo com ingressos de R$ 400, e só vendeu 25. Ficou um buraco vazio no Allianz Parque.
O Botafogo sentiu o problema baixando os seus preços e deu certo, e a torcida foi importante para a sua vitória.
Futebol bonito não vimos nessa partida, mas pelo menos tivemos uma disputa intensa pela bola, e a utilização da bola aérea, que hoje é a alma do esporte da chuteira no Brasil.
Com a conquista no jogo de ontem, a equipe alvinegra fugiu da Caetana, subindo para 29 pontos, deixando o rival Vasco na zona da degola.
NOTA 3- A SÍNDROME DOS VICE-PRESIDENTES
* Vice-presidente de uma entidade esportiva tem que ser escolhido à dedo, para que não se torne um inimigo do presidente. Na verdade tem que ser de inteira confiança e não uma escolha por conta de apoio politico.
Dos quatro grandes de São Paulo apenas o Corinthians não vive com esse problema.
No Santos a crise é grave, quando o vice-presidente, Orlando Rollo incentivou o pedido de impeachment do presidente José Carlos Perez. Passaram a semana trocando desaforos nas mídias.
De acordo com o jornalista da Espn, Jorge Nicola, Palmeiras e São Paulo também tem a síndrome dos vice-presidentes.
No alviverde, Mauricio Galliotte tem três dos seus vice-presidentes como inimigos, votando sempre de forma contrária no COF (Conselho de Orientação Fiscal). As contas estão sendo reprovadas. Um desses, Genaro Marino, é o candidato da oposição no próximo pleito.
Já no São Paulo, o presidente Leco e o vice Roberto Natel não se falam. Essa chapa foi um produto de um acordo, que não deu certo.
Fomos vice-presidente do Sport Recife, da Federação Pernambucana de Futebol e da Confederação Brasileira de Basquetebol, e saímos de forma tranquila e elogiado pelos serviços prestados.
Esse é um cargo importante e jamais deverá ser escolhido através de conchavos.
NOTA 4- GRÊMIO ALCANÇA FLAMENGO E PALMEIRAS EM EQULÍBRIO FINANCEIRO
* Depois de um ano de bons resultados, o Grêmio conseguiu entrar para o seleto grupo do futebol brasileiro.
A conclusão é de um relatório inédito do Itaú BBA de analise econômica do futebol brasileiro.
Em 2017, o time gaúcho obteve uma receita de R$ 329 milhões. O resultado o colocou à altura dos sólidos Flamengo e Palmeiras, com balanços de R$ 595 milhões e R$ 504 milhões respectivamente.
Ainda segundo o estudo, houve um aumento de 17% nas receitas totais dos 26 principais clubes brasileiros no ano passado que somaram 4,9 bi.
Cerca de 42% vieram das cotas da TV e 16% da venda de jogadores, as duas principais fontes.
* Dados do Blog de Lauro Jardim
NOTA 5- NEM SEMPRE QUEM GASTA MAIS CONSEGUE O TÍTULO
* Um interessante estudo da BDO-Consultoria mostra que gastar muito não é sinal de um título.
As colocações na tabela da classificação final do Brasileirinho de 2017, comparando-as com os custos dos oito melhores, ficou bem claro que muitas vezes os maiores investimentos não produzem bons resultados.
O caso mais emblemático foi da Chapecoense, que foi a 18ª colocada no ranking das despesas no futebol, e terminou a competição em 8º lugar.
O São Paulo foi o time que mais investiu, e terminou em 13º lugar.
O Ranking fechou da seguinte forma:
Campeão- Corinthians- 4º colocado no item custos,
2º-Palmeiras- 3º nos custos,
3º- Santos- 3º nos custos,
4º- Grêmio- 5º nos custos,
5º- Cruzeiro- 7º nos custos,
6º- Flamengo- 2º nos custos,
7º- Vasco- 10º nos custos e,
8º- Chapecoense- 18º nos custos.
Na verdade nem tudo que reluz é ouro, e que para se obter sucesso existe além do dinheiro uma boa gestão.
NOTA 6- MUITOS JOGOS E POUCO FUTEBOL
* Os jogos da tarde do domingo, com exceção do encontro entre Atlético-PR e Fluminense, os demais foram insossos, e sem o menor gosto para os torcedores.
A partida da Arena da Baixada foi bem movimentada, e mais uma vez o Furacão fez valer o mando de campo vencendo pelo placar de 3x1, completando a sétima vitória como mandante.
Com os três pontos conquistados o rubro-negro paranaense saltou para 11ª colocação com 30 pontos, cinco a mais do que o Vasco o primeiro da zona da degola.
No Mineirão ocioso, o time reserva do Cruzeiro empatou em 0x0 com o rival Atlético-MG. Os goleiros não sujaram as luvas. Uma partida fraca que deveria ter devolvido o dinheiro pago pelos torcedores.
Na Fonte Nova, o Palmeiras mostrou mais uma vez que tem dois times de excelente qualidade para enfrentar as três competições ao mesmo tempo.
No seu jogo contra o Bahia, saiu atrás do marcador, conseguiu empatar e no segundo tempo teve chances de ganhar. O alviverde completou 10 partidas sem derrota.
Finalmente o clássico que era muito esperado, entre o Santos e São Paulo, e o resultado de 0x0 deixou bem claro o que aconteceu.
Em 98 minutos de jogo a única chance de gol foi para o time santista, quando o atacante Rodrygo cara a cara com Sidão. goleiro do tricolor do Morumbi e chutou por fora.
Um jogo truncado com trocas de passes no meio do campo, sem nenhum perigo para as duas metas.
Uma rodada com nove jogos, e com apenas 16 gols, 1,7 por jogo.
O mais alegre com os resultados da rodada foi o Ceará, que depois de 24 jogos conseguiu sair da zona do rebaixamento, graças ao milagre de São Lisca.
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