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Escrito por José Joaquim

Aproveitamos a ¨La Dolce Far Niente¨ de nossos visitantes com um bonito feriadão, para tratar de assuntos relacionados as gestões do futebol, que necessitam de uma maior reflexão de todos, desde que em nossa região é pouco debatido. O tema escolhido para essa postagem é o executivo do futebol, e o seu papel junto aos clubes.

Já mostramos que a profissionalização dos clubes esportivos é muito importante para as suas evoluções .O modelo do dirigente amador abnegado já faz parte do passado na maioria dos esportes e sobretudo no futebol mundial.

Sempre tivemos uma visão ampla sobre o assunto, e para que os amigos visitantes tenham uma ideia, em 1973 quando estávamos na direção do futebol do Sport, trouxemos para o clube o primeiro gerente executivo do futebol local, e que na época era chamado de supervisor, para nos ajudar na administração.

Edgar Campos, já falecido, viu e venceu, ao atuar nos três clubes da capital. Na ocasião não tínhamos escolas que formavam profissionais do setor, e a experiência contava, trazendo-o do Vasco da Gama.

Aos poucos o futebol brasileiro começou a observar uma nova forma de administração, quando resolveu deixar nas prateleiras as figuras dos antigos cartolas, que eram apaixonados pelos seus clubes, sem nenhuma qualificação profissional, substituindo-os pelos modernos executivos.

Na verdade existem os executivos e os ¨executivos¨, e esses últimos tem sido o grande problema para que o novo componente possa se sedimentar no processo, desde que no setor ingressam pessoas sem o devido preparo e conhecimento do gerenciamento de algo que hoje é um grande negócio.

A maioria dos clubes que disputam as quatro divisões nacionais, tem a presença desses personagens, sendo que alguns atuam com liberdade e alçam voos próprios, enquanto outros apenas tem o cargo e dependem da palavra dos seus diretores para tomarem as providências necessárias para a administração do futebol de suas agremiações.

Na verdade, o cargo é importante e salutar para a modernidade, mas necessita de preparo de quem o ocupa, principalmente do mercado em que está atuando. O executivo resolve e não é apenas um cumpridor de ordens dos cartolas.

Deve ter conhecimento de planejamento estratégico, de governança coorporativa, que entrelaça os setores do clube, saber preparar um relatório, e sobretudo ter um conhecimento do mercado de jogadores com um banco de dados, que possa ajudar nas contratações.

O futebol cada dia movimenta mais recursos, e certamente necessita de um gestor que possa gerencia-lo com competência, como se faz numa grande empresa, e não apenas elaborar um contrato e enviar para registro, ou organizar viagens e locais de treinamentos, coisas que são atribuídas a outros setores. 

Os executivos cresceram tanto que fundaram a sua Associação, desde que no Brasil até no cemitério tem associações e sindicatos dos mortos, pois isso faz parte de nossa cultura, mas sem duvidas estamos seguindo o caminho certo, pois os cartolas já começam a fazer parte do mundo antigo do futebol mundial, e no futuro serão sem duvida objetos dos livros de história.

O importante na contratação de um desses profissionais é que se possa discernir o executivo ¨executor¨, do executivo¨ repassador de ordens¨. 

Essa é a questão.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UMA PEDREIRA PARA O LEÃO

* O Sport chega à Arena da Baixada todo serelepe por conta da vitória contra o time do Internacional, para enfrentar o Atlético-PR e sua grama sintética, que o torna uma equipe de corredores de 100 metros.

O rubro-negro carrega o fardo de 95% de chances para ser abraçado pela Caetana. Está na 19ª colocação, com 27 pontos, aproveitamento de 32%. Por sua vez o Furacão é o 10º colocado com 36 pontos, e um aproveitamento de 43%.

Os números que vamos apresentar irão mostrar as dificuldades do time da Ilha do Retiro para obter um bom resultado nesse encontro:

SPORT- VISITANTE- 42 pontos disputados, somou apenas 7 pontos (16,6%);

ATLÉTICO-PR- MANDANTE- 31 pontos (73,81%); 

ÚLTIMAS 10 RODADAS

SPORT- 30 pontos disputados, conquistou 7 (23,33%);

ATLÉTICO-PR-  18 pontos (60,0%);

RETURNO

SPORT- 7 Pontos em 27 disputados (25,93%),

ATLÉTICO-PR- 15 pontos (55,56%).

Com esses números perguntamos aos nossos visitantes, quem será o vencedor desse encontro? 

Na verdade o time pernambucano irá enfrentar uma pedreira, contra um time abarrancado.

NOTA 2- A GRAMA SINTÉTICA

* Não somos contrários a utilização da grama sintética nas diversas competições. Na verdade é um bom equipamento para locais que tem problemas para a manutenção da grama natural, mas que ajuda em muito os proprietários de estádios que a utilizam.

O Atlético-PR que é o único clube que utiliza tal gramado, é o maior exemplo da vantagem que leva sobre os demais concorrentes.

Os números são claros e mostram uma realidade com relação a sua performance no Brasileirinho na relação mandante e visitante, com uma diferença totalmente gigantesca.

Dos 36 pontos conquistados pelo Furacão, 31 foram na sua arena, com 10 vitórias, 1 empate e 3 derrotas.

O contrário é acachapante, quando o rubro-negro do Paraná em 14 jogos como visitante não obteve uma única vitória, somando apenas 5 pontos, com 5 empates e 9 derrotas.

Outro ponto que mostra a influência do campo de jogo está nos gols favoráveis e contrários.

O Atlético-PR em casa marcou 28 gols e sofreu 13, um saldo de 15.

Já atuando na casa dos adversários, teve as suas redes vazadas por 28 vezes e só marcou 9, com um saldo negativo de -19.

São detalhes para serem analisados, e que faz do time paranaense imbatível em sua rinha.

NOTA 3- O BOTAFOGO DE RIBEIRÃO PRETO E A SAD

* A coluna Meio de Campo de Rodrigo R. Monteiro de Castro que é publicada no site Migalhas, apresentou um texto do advogado José Francisco Manssur, em que esse divulga o nome do primeiro clube brasileiro a se tornar uma Sociedade Anônima do  Futebol (SAD), antecedendo inclusive a aprovação do PL das SAFs, 5.082/2016 que está no Congresso Nacional.

O tradicional Botafogo da cidade de Ribeirão Preto-SP nos últimos anos viveu com sérias dificuldades financeiras, além de problemas políticos internos.

Os lideres políticos enfim resolveram convergir para um futuro maior para o clube, ao aprovar o novo Estatuto que prevê a constituição de uma sociedade empresarial para gerir as atividades do futebol, originando o Botafogo Futebol Clube S/A.

De imediato tal fato acordou o mercado, um investidor resolveu aportar uma alta quantia por meio da integralização de capital, e na participação da gestão. Outros interessados já estão discutindo os aportes.

Foi adotado o modelo português das SADs,  quando o controle da empresa ficará sempre com o clube.

As mudanças surtiram efeito no primeiro ano quando o time subiu para a Serie B do Brasileiro.

Realmente, Ribeirão Preto deu o passo inicial de um futuro promissor para o futebol brasileiro.

Já afirmamos várias vezes e vamos continuar fazendo, que esse tipo de empresa irá ressuscitar o nosso futebol.

Só não entende aquele que não o quer.

NOTA 4- CASAS DE APOSTAS E A MANIPULAÇÃO DOS RESULTADOS

* Em uma semana aconteceram dois escândalos de manipulação de resultados e de lavagem de dinheiro no futebol europeu.

O da Bélgica envolvendo alguns clubes e diversos personagens que estão sendo investigados por compra de resultados, e outro ligado a compra do resultado de um jogo da Liga dos Campeões, com a participação de um dirigente do Estrela Vermelha de Belgrado que apostou vários milhões de euros para uma derrota desse clube por uma diferença de cinco gols no seu jogo contra o PSG, que terminou com o placar de 6x1 para o time francês.

Embora as apostas na Europa terem investigações permanentes com um acompanhamento junto às casas responsáveis ainda aparecem situações como essas.

Quando uma grande aposta acontece, mesmo sendo diversificada em vários locais, a luz amarela acende e começa então os procedimentos investigativos.

Trata-se de um sistema bem acompanhado, mas tem brechas como essas que aconteceram.

Sempre fomos contrários a abertura de Casas de Apostas no Brasil, desde que o nosso país é incapaz de conter as entradas das drogas, imagine nesse segmento que é bastante pulverizado.

Vários casos de manipulação de resultados já foram descobertos em nosso país, sempre de clubes menores e do interior que passam despercebidos.

Soa muito estranho um jogo de uma segunda divisão estadual está entre os escolhidos para uma rodada de apostas por essas Casas. Obvio que o risco de manipulação é alto.

Segundo o jornal francês L'Equipe existem evidências e delações que um dos membros diretivos do Estrela Vermelha é o responsável pelas altas apostas realizadas contra o seu time, e que existem jogadores envolvidos.

Obvio que foi um choque para a UEFA, mas temos a certeza de que esses fatos não são os únicos do futebol europeu.

A máfia de apostas é gigantesca, e atua com vigor em especial nos países asiáticos.

NOTA 5- O RESSURGIMENTO DO FLAMENGO

* A 29ª rodada do Brasileirinho começou com a realização de três jogos, e todos com bons públicos,

A competição entrou na reta final, com a luta pelo título e a fuga da degola motivando os torcedores dos times envolvidos.

O Maracanã recebeu 48.894 pagantes que foram assistir o segundo 3x0 do Flamengo seguidos, que ressurgiu após o comando de Dorival Junior. 

A presença de um profissional experiente no banco de reservas deu um novo sentimento ao time rubro-negro, que fez uma excelente partida contra o Fluminense que atuou dentro de suas possibilidades técnicas contra um adversário quase perfeito.

O atacante Uribe desencantou marcando duas vezes, e mais uma vez Vitinho voltou a jogar bem, sendo o responsável pelos dois gols do rubro-negro que foram provenientes de bolas aéreas, verdadeiros lançamentos desse jogador.

O Flamengo com essa vitória assumiu de forma provisória a vice-liderança com um ponto a menos do que o líder Palmeiras, e irá esperar os resultados de hoje para saber como ficará na tabela de classificação.

De uma coisa temos a certeza de que o rubro-negro da Gávea voltou a ser candidato ao título do Brasileirinho. 

No período noturno foram realizados mais duas partidas.

A primeira foi entre o Santos e Corinthians, com mais de 24 mil pagantes no Pacaembu, e com uma vitória santista por 1x0 contra o time reserva do alvinegro paulista.

O placar foi injusto para a equipe da Baixada Santista que dominou o jogo, com 20 finalizações contra três do adversário. O time titular do Corinthians é ruim, imagine o reserva.

A luz vermelha acendeu no Parque São Jorge, desde que o alvinegro poderá fechar essa rodada bem próximo da zona da degola.

Finalmente o ultimo jogo da rodada inicial foi de sofrimento para os 30 mil torcedores do Bahia que estiveram no Pitiaçu para assistirem o seu time enfrentar o Paraná, lanterna da competição.

O primeiro tempo foi um show de horrores, onde a bola foi maltratada pelos dois times. No segundo o tricolor baiano partiu para a pressão de forma desorganizada, com o tempo correndo e o gol da vitória não surgia.

Tal fato aconteceu aos 40 minutos numa cobrança de falta através de Vinicius que tinha entrado nessa fase. Com o 1x0 contrário o Paraná esmoreceu, e levou mais um gol aos 43 minutos também dos pés do autor do primeiro.

O time do Bahia é ruim, mas conseguiu somar mais três pontos se afastando um pouco da zona da degola, embora com chances de ser abraçado pela Caetana. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O ¨ENGANADOR DE SERPENTES¨ 

* Tite que era o ¨encantador de serpentes¨, transformou-se em um ¨enganador de serpentes¨.

Prevendo o fracasso de sua seleção mequetrefe no jogo contra a Arábia Saudita que tem muito petróleo e pouco futebol, deu uma entrevista elogiando o adversário e considerando que esse teve uma grande evolução. 

Segundo o ranking da FIFA a seleção Saudita está na 71ª colocação, enquanto a do Circo ocupa o 3º lugar. Uma diferença bem grande.

O time Circense mais uma vez realizou uma partida de forma muito desorganizada, com jogadores em posições equivocadas, e com pouca produtividade.

A seleção árabe é um Íbis rico, e conseguiu sustentar o 0x0 até os 42 minutos iniciais, quando Gabriel de Jesus que é mais um mico em nosso futebol, marcou um gol.

A seleção não tem um armador que possa organizar o seu jogo. Renato Augusto é craque na China. A insistência com Fred é absurda. Não tem jogado nada no United, e na seleção é uma figura apagada. O fraco time árabe teve chance de empatar o jogo.

O segundo tempo foi medíocre como o primeiro. No último minuto de bola parada vinda de um escanteio, e Alecsandro marcou o segundo gol, fechando o placar em um grotesco 2x0.

Para que serve um amistoso como esse?

Para nós apenas para observar o enganador de serpentes que a cada dia está mais perdido no comando da Seleção do Circo.

Uma tarde sonolenta com um time perdido no tempo e no espaço, e que é a cara de nosso futebol. 

NOTA 2- A CALCULDORA E O REBAIXAMENTO

* A calculadora é a peça principal para os times que estão na busca do título, e principalmente para aqueles que estão fugindo da foice da Caetana.

Com relação ao membros que estão no grupo da degola, os números dos últimos cinco Brasileirinhos não lhes são favoráveis.

Apenas 15% dos clubes que estavam na Zona do Rebaixamento nesses últimos anos, conseguiram escapar, ou seja das vinte equipes apenas três sobreviveram.

2017- Na 28ª rodada, Ponte Preta, Avaí, Coritiba e Atlético-GO, estavam nessa zona. Dez rodadas após continuaram e se abraçaram com a Caetana.

2016, foi igual, quando o Internacional, Figueirense, Santa Cruz e América- MG estavam no Z4 nessa rodada, e caíram no final.

2015- Chapecoense e Figueirense fugiram da foice, deixando o Vasco e Joinville no inferno. Todos terminaram a 28ª rodada nessa zona perigosa.

2014- Dos quatro que estavam no Z4 nessa 28ª rodada, apenas o Coritiba escapou (era o lanterna). Foram degolados os três clubes que lhes faziam companhia, Botafogo, Criciúma e Bahia.

2013- Todos os quatro que fecharam a rodada mencionada na zona da Caetana, no final foram degolados (Vitória, Portuguesa, Ponte Preta e Náutico).

São números desanimadores.

NOTA 3- QUEM TEM A CBF NÃO PRECISA DE INIMIGO

* O Circo do Futebol Brasileiro que é conhecido pelo FBI como CBF, é o maior inimigo do futebol do Brasil, apesar de ter o seu comando.

O maior exemplo está na 29ª rodada do Brasileirinho, em plena reta final alguns time estarão nos gramados com times mistos, por conta de disputas de outros eventos.

Como já postamos anteriormente essa rodada poderá ser definidora na combinação dos seus resultados.

Começa na tarde de hoje com o jogo Flamengo e Fluminense. Um empate ou uma vitória do Fluminense, embora o adversário seja melhor, posto que, clássico é sempre clássico, poderá tirar o rubro-negro da disputa. No caso inverso esse continuará com chances.

Hoje o líder Palmeiras tem 56 pontos, 4 a mais do que os do rubro-negro carioca, e que poderia ter essa distância aumentada.

No  domingo teremos dois confrontos, entre Palmeiras e Grêmio e Internacional e São Paulo.

O ¨se¨ será utilizado para analisarmos os possíveis resultados: Se Internacional e Grêmio vencerem as suas partidas, a competição tomará um outro rumo. Se houver empate nesse jogo, e no jogo entre São Paulo e o Colorado houver um vencedor, o Brasileirinho irá pegar fogo.

Mas temos um outro ¨se¨ para ser aplicado: se acontecer um empate no jogo do Beira-Rio e uma vitória do alviverde paulista, esse chegará aos 59 pontos, com oito acima do tricolor gaúcho que dará o adeus à essa competição.

Por outro lado poderá ampliar também a vantagem para o Inter para 5 pontos e de 4 para o Flamengo, se esse vencer o Fluminense, e de 6 para o São Paulo. O troféu ficará bem perto do Parque Antarctica.

Uma rodada cheia de ¨se¨, mas pelas tendências o clube da Gávea será vencedor, o de Felipe Scolari irá continuar sendo um excelente mandante derrotando o Grêmio, e em Porto Alegre o invicto como mandante irá derrotar o tricolor do Morumbi.

Com esses resultados o campeonato continuará com vida, desde que a diferença do líder para o segundo permanecerá sendo de 3 pontos.

Vamos aguardar o encerramento para sabermos qual o ¨se¨ acertou.

De uma coisa temos a certeza de que os estádios estarão lotados, e isso é salutar para um esporte tão maltratado.

NOTA 4- A SÉRIE A PARA A REGIÃO NORDESTINA MOVIMENTA A ECONOMIA DOS ESTADOS

* O Nordeste tem três clubes com chances elevadas para serem rebaixados no final da divisão principal do futebol brasileiro.

Sport e Vitoria estão com as chuteiras na Série B de 2019, enquanto o Ceará luta de todas as formas para escapar da Caetana.

Caso permaneça os cearenses terão dois clubes nessa divisão, já que o Fortaleza já está como seu acesso virtualmente garantido.

Com dois clubes a cidade de Fortaleza irá receber 38 partidas, que sempre trazem torcedores em seu bojo. O Nordeste é um chamariz para o turismo.

No caso de Pernambuco o estado irá ficar de fora da festa maior, e perderá esse fluxo turístico em seus jogos.

O comercio tem uma boa movimentação, os bares e restaurantes somam receitas, e como o esporte joga com emoções, os torcedores ficam propensos a fazer mais gastos.

O impacto do futebol no fluxo comercial do estado é direto.

A indústria hoteleira recebe um grande impulso.

Na verdade a nossa região é mais atrativa do que as demais, por conta do clima, das suas praias, e lugares históricos para os passeios turísticos.

A ausência na Série A é a ausência nas páginas maiores de nossas mídias.

NOTA 5- ¨É UM ABSURDO!¨ 

* O vice-presidente da Rede TV, Marcelo Carvalho, concedeu uma boa entrevista ao Portal UOL- Economia, e falou sobre o monopólio da TV Globo nos esportes brasileiros, em especial no futebol.

Vindo de uma pessoa do mundo televisivo, isso ajuda a que todos possam entender o porque do domínio das transmissões esportivas.

Diz que uma das práticas do mercado publicitário no Brasil cria uma distorção que leva a Globo a ter ganhos de publicidade muito acima de sua audiência.

¨Acho que todas as televisões gostariam de transmitir o futebol. Acho um absurdo, na Copa, ficar 60%, 70%  ligado num canal. Como a Rede Globo fica com todo o dinheiro do mercado por causa do BV (bonificação por volume), que é uma comissão que os veículos pagam às agencias e que nos EUA é crime¨.

Segundo Marcelo quem trouxe o UFC para o Brasil foi a Rede TV. Começou com o programa ¨Combate¨, que passou a ter uma grande audiência. No final do contrato os responsáveis por esse esporte comunicaram que tinham recebido uma proposta da Globo várias vezes maior do que o canal pagava, e assinaram com essa.

Sobre o contrato com o Clube dos 13 para transmitir o Brasileiro, o Vice-Presidente da Rede TV deu a sua versão sobre o tema:

¨Alguns anos atrás o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) falou que o futebol não pode ser transmitido por uma só emissora.

Houve um leilão, e quem ganhou foi a Rede TV!

Nós oferecemos na época mais de R$ 500 milhões.

Assinamos o contrato com o Clube dos 13, e o que aconteceu?

Acabou o Clube dos 13, porque a Globo fez a conta de quanto dava os R$ 500 milhões divididos pelos times, foi lá e falou: ¨ele vai pagar quanto? R$ 60 milhões? Eu dou R$ 120 milhões. ' E acabou o Clube dos 13, acabou o negócio e ninguém falou nada.

É um absurdo¨

Sem comentários, o texto fala por tudo.

Escrito por José Joaquim

Poucos são os clubes do futebol brasileiro que partiram na busca de suas profissionalizações.

As exigências do mercado consumidor estão direcionando para que esses deixem de lado o grotesco amadorismo reinante e passem a adotar gestões profissionais e gerenciadas por pessoas competentes.

O volume de recursos que giram em torno do futebol e são captados pelos clubes são gigantescos, já não permite que se brinque de ¨João e Maria¨, como vem acontecendo em sua maioria, e os reflexos estão estampados em suas dificuldades.

Por outro lado, as poucas entidades que entenderam a necessidade de mudanças no processo gerencial, estão introduzindo os novos procedimentos e já começaram a colher os frutos.

O amador deverá dar lugar ao profissional competente. Sempre temos discutido que o clube do futuro terá que dar a atenção a três linhas de atendimento para que tenham uma boa gestão.

São os chamados fatores, e distribuídos da seguinte forma: Fatores Sociais e de Gestão, Fatores Esportivos e Fatores de Marketing.

Os consultores esportivos destacam sempre que os fatores sociais e de gestão são os mais importantes, o que concordamos, desde que desses fazem parte alguns segmentos principais para o sucesso dos clubes, tais como equilíbrio financeiro, gestão profissional, fayr-play financeiro, fortalecimento financeiro e as suas importâncias na cidade, na região, no país e no mundo.

O clube do futuro será global e não local, sendo que esses últimos tendem a decadência, fato esse que estamos assistindo.

Nos fatores esportivos, para que se alcance o ponto de nivelamento em suas atividades, os clubes terão que ter sucesso em campo, como jogos bem mais atrativos, mais ídolos. títulos, sobretudo nacionais e internacionais, e um trabalho de base bem formatados.

Nos fatores de marketing, destacam-se a imagem de suas marcas, a imagem dos atletas, a audiência em novas mídias, relação com os sócios, relação com as mídias em geral, stakeholders e relações com patrocinadores e investidores.

Trata-se sem duvida da espinha dorsal para uma boa gestão, e pelo seu conteúdo não pode ser gerenciada por pessoas sem a devida formação, e sim por profissionais de bom nível, que poderão trazer para os seus clubes utilizando-se de tais ingredientes, um caminho de sucesso, com retorno financeiro e estabilidade garantidos.

Certamente teremos então o clube do futuro, e aqueles que não os acompanharem sucumbirão perante a realidade.

O grande final da modernização será sem duvida a mudança para uma Sociedade Anônima Desportiva (SAD), que é o futuro do futuro. 

Escrito por José Joaquim

Estamos acompanhando o que vem acontecendo no Sport com relação ao seu processo eleitoral, e observamos que está faltando à esse algo que é da maior importância, a necessidade de um projeto para que o clube tenha um choque de gestão.

Deveria ser observado algo muito importante antes da decisão sobre o candidato, ou seja, o seu perfil de bom gestor e que tenha ideias inovadoras. Fora disso serão mais dois anos de sofrimentos.

Na verdade, falta ao esporte nacional, uma gestão profissional, fato esse que já cansamos de repetir. Embora com os seus clubes obtendo excelentes receitas, as suas organizações são praticamente amadoras.

O limite de visão dos dirigentes é que o problema será resolvido com a contratação de um gerente de futebol. O conceito de gestão vai muito além desse caminho.

Como bem referenciou o administrador de empresas Luiz Henrique Nuñes de Oliveira, em seu trabalho sobre esse assunto, existe a necessidade da aplicação da GOVERNANÇA COORPORATIVA, que é utilizada nas empresas brasileiras.

Sabemos que os princípios dessa governanças são bem impessoais, e que levam a gestão a ser independente das pessoas, e que servem para monitora-la, envolvendo o relacionamento entre os dirigentes.

Os clubes tem que ser geridos como uma empresa, objetivando os seus consumidores, que são os sócios e simpatizantes.

Uma mobilização de milhões de reais como acontece hoje, necessita de uma forte estruturação de gestão, com mudanças fundamentais, tais como uma analise conjuntural em todos os seus setores, mudando-se os atuais processos, e sobretudo deixando de lado as interferências dos interesses pessoais.

Quando se fala em uma gestão profissional, certamente é dotar as agremiações de um gerenciamento em cada setor, e que no seu conjunto possa dar uma maneira mais consistente de se obter um planejamento, que não poderá ser de um curto prazo, de forma imediatista e sim de longo prazo, com uma previsão global dos seus futuros.

O trabalho projetado deverá objetivar o aumento da amplitude e da velocidade com que a reestruturação e a profissionalização da gestão dos clubes ocorreriam, levando assim a diminuição de todos os problemas administrativos e uma maior credibilidade no mercado consumidor, especialmente com relação aos investidores.

O planejamento é inimigo do empirismo, e das medidas aleatórias e açodadas. O trabalho tem que ser feito com os pés no chão, com base nas receitas programadas, desde que com uma boa gestão fica muito mais fácil de se detectar o que pode acontecer, tanto do lado positivo, como do negativo, e assim modificar os rumos.

Pela experiência que temos no setor, um choque de gestão torna-se muito difícil de ser aplicado em nosso futebol, pois os dirigentes fazem a questão de dar a última palavra, de estarem nos holofotes, deixando de lado a lógica racional e partindo para a insanidade.

Para que possamos ter uma modificação nas estruturas, teremos que mudar o comportamento da cartolas, que na verdade são os grandes culpados pelo que acontece em seus clubes.