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Escrito por José Joaquim

Enfim uma decisão sobre a vida de um blog que tornou-se uma referência em nosso estado e com penetração no país.

Para uma boa reflexão paralisamos as postagens no dia 16 de dezembro passado, e depois de um pouco mais de um mês chegamos a conclusão que estávamos no fim da linha, na última estação.

Apesar dos milhares de acessos durante os seus dez anos, e todos de pessoas de bom nível que expressavam os seus pensamentos com os ótimos comentários, chegamos ao limite máximo de absorção, e a uma conclusão, a de que não existe salvação para o futebol brasileiro por conta da manutenção de um sistema da era do rádio, quando não entenderam que o mundo tornou-se globalizado.

Os finados estaduais mostram de forma clara essa realidade. A cartolagem a cada ano foi sendo deteriorada e isso está levando o esporte ao caos. Na imprensa os pensadores são poucos, e uma boa parte está atrelada aos veículos de comunicação que determinam os rumos a serem tomados. Os bons colunistas desapareceram.

Vamos postar o primeiro artigo do blog publicado no dia 10 de julho de 2010, que comprova uma estagnação do esporte da chuteira após 10 anos.

Aos nossos visitantes o muito obrigado pelas suas presenças diárias.

A MESMICE DO FUTEBOL BRASILEIRO

"Final de Copa para o Brasil. Mesmas lamúrias, mesmos comentários, nenhuma análise mais profunda buscando as raizes dos problemas que nos afetam. A seleção é o retrato do esporte nacional.

A legislação esportiva de 1998, com poucas alterações que não a melhoraram, é a responsável pela falta de organizaçao do futebol no país. Criou-se uma legislação que prejudicou os clubes formadores de atletas, que foram entregues aos empresários. Esses não existem mais, pois estão em mãos de tais personagens.

A CBF cheira mal, não tem uma Diretoria Técnica que faça o seu planejamento, criando um Calendário racional, com campeonatos de diversas séries durante todo o ano, inclusive criando a Série E.

O futebol brasileiro para a grande maioria de seus clubes, é como uma safra agrícola, com períodos, pois esses jogam uma competição, e após o encerramento desta, esperam o ano vindouro para voltarem a competir.

Não existe um Plano Nacional De Esportes elaborado pelo Governo Federal, cujo Ministério não funciona.

A separação do Norte/Nordeste do Sudeste/Sul do país é latente, onde os recursos são campeados para aquelas regiões, ficando as migalhas para as demais.

Clubes mal dirigidos, sem a menor responsabilidade, falidos, vivendo de sonhos, sem nenhuma esperança.

Temos que unir forças em prol da renovação total do futebol brasileiro, em seus conceitos, na forma de serem dirigidos. Deveria haver uma proteção aos clubes formadores para a melhora desse esporte.

Na verdade o futebol brasileiro não existe".

Nada mudou em 10 anos, e isso irá continuar, desde que o país vive na era da Imbecilidade generalizada.

Um abraço a todos, e se os amigos do nosso blog desejarem nos acompanhar poderão acessar o twitte: @blogdejj.

Escrito por José Joaquim

Os esportes sem notícias por conta do encerramento das atividades, em especial no futebol, é o retrato de sempre do fim de ano.

Sobraram apenas os grotescos amistosos de amigos de João contra os amigos de José. 

Não existe nada mais bisonho.

Os programas esportivos que já são do nada para o nada durante o ano, ficaram resumidos ao Flamengo por conta do Mundial de Clubes, e as negociações de jogadores.

A contratação de Luxemburgo pelo Palmeiras foi o assunto de ontem, mas os analistas esqueceram de dizer que o alviverde não está bem de finanças e que não tinha condições de contratar Jorge Sampaoli.

Vamos ter um Brasileiro em 2020 de um time só, repetindo o dessa temporada.

Ruim de doer.

Os estaduais estão chegando, e irão comer mais de três meses do calendário sem nenhuma emoção ou legado. A pré-temporada está sendo preparada e as notícias de nossas mídias serão as mesmas.

Não é que tinha gente no Sport querendo Diego Souza.

Uma piada de péssimo gosto.

Pipíco está emocionado por ficar no Santa Cruz, que teve uma grande contratação, a de Bileu. E as contratações do Sport?.

São as principais notícias de nosso estado. 

Um dirigente do rubro-negro declarou em uma coletiva (como cartola gosta de entrevista..), que os recursos dos direitos de transmissão do clube já voaram, mas esqueceu de dizer para onde esses foram pousar.

E assim vamos nós, e como o blog não trata de penduricalhos, e sim de coisas sérias, fica bem difícil para as postagens, e em especial assuntos sobre os estaduais, que são os representantes da pobreza do nosso futebol, e que não suportamos.

Por conta disso vamos deixar um "Até Logo" aos nossos visitantes, desde que não aguentamos mais o que acontece em nosso país esportivo, com tantas abobrinhas sendo divulgadas, sem o menor conteúdo.

Um livro é bem melhor.

Um bom Natal e um Feliz Ano Novo para todos, e se perguntarem por nós, por favor digam que fomos por aí, sem violão ou botequins.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SPORT EM 10 ANOS FOI O SEGUNDO NO RANKING DA TROCA DE TREINADORES 

* O estudo da Pluri Consultoria sobre a volatilidade dos técnicos de futebol no Brasil, mostrou que apenas 8% desses tem uma média de permanência maior que um ano.

Abel Braga, Fernando Diniz, Zé Ricardo, Argel Fucks e Adilson Batista, são alguns dos técnicos que dirigiram pelo menos dois clubes no Brasileiro recém encerrado.

Rogério Ceni deixou o Fortaleza em 11 de agosto e voltou para o tricolor em 29 de setembro.

Segundo a Pluri, dos 43 treinadores que passaram por grandes clubes em 2010, apenas 23%, comandaram alguma dessas equipes em 2019. No Brasil a rotatividade de técnicos, faz com que os clubes não tenham a continuidade no trabalho.

Bahia, Santos e Grêmio são os únicos times que não trocaram de treinador, um fato raro no sistema. Nos últimos 10 anos, os clubes brasileiros utilizaram, em média 18,7 treinadores.

Corinthians e Grêmio foram os que menos trocaram de técnicos: 11 vezes, Santos, com 12, Atlético-MG, Palmeiras e Cruzeiro com 14, completam os seis primeiros.

Entre os vinte clubes analisados pela Pluri, o Ceará com 29 trocas é o líder em mudanças, seguido pelo SPORT e Vitória com 26.

O estudo da Pluri mostrou que existe uma refração aos treinadores jovens, já que média dos técnicos contratados durante o período foi de 51,6 anos.

Dados como esses mostram de forma bem clara que o nosso futebol é aloprado, e feito por aloprados.

NOTA 2- A MALDADE CONTRA BRUNO HENRIQUE

* Uma maldade foi feita contra Bruno Henrique pelo jornalismo que vive de vacas nos postes.

A afirmação de que o jogador do Flamengo tenha sido beneficiado de práticas ilícitas para se dar bem nos gramados, extrapolou o bom senso e a verdade.

O jogador quando estava no Santos teve problemas oftalmológicos sérios, que o levaram aos Estados Unidos para tratamento, e com um receituário de um medicamento que contém a substância de Brinzolamida para tratamento de Glaucoma.

O atleta está liberado para usa-lo.

A sua inocência foi provada pela própria Agência Brasileira de Controle de Dopagem, que deu o caso como encerrado em 14 de novembro.

Infelizmente alguns setores do jornalismo seguem insinuando o contrário.

São coisas do Brasil bem brasileiro. 

NOTA 3- ROGÉRIO CENI DECIDE FICAR NO FORTALEZA

* Rogério Ceni vai continuar como técnico do Fortaleza na próxima temporada. O tricolor do Pici venceu a concorrência com o Athletico-PR, e garantiu a permanência do treinador no cargo.

Para segura-lo, o tricolor fez algumas promessas de melhorias para a próxima temporada, que foi predominante para convencê-lo.

Entre elas, o aumento da folha salarial do elenco, que chegará a R$ 3 milhões. A manutenção do grupo para 2020 foi outro trunfo para convencer Ceni.

A situação dará a possibilidade de Rogério Ceni comandar um time competitivo para uma temporada tão importante. O Fortaleza disputará pela primeira vez uma competição interacional, a Copa Sul-Americana.

A parte estrutural também foi exigência de Ceni atendida. A partir de janeiro, o elenco profissional poderá utilizar as estruturas da sede do clube no Pici. O apelo da torcida foi um bom impulsionador.

Na verdade Ceni precisava de mais um ano para amadurecer a sua carreira, e o Fortaleza é o melhor local para tal, desde que é a sua casa.

NOTA 4- LIVERPOOL ABRE 10 PONTOS PARA O SEGUNDO COLOCADO NA PREMIER LEAGUE

* Sem fazer muita força, com dois gols de Mohamed Salah, o time do Liverpool em seu último jogo antes do Mundial de Clubes, derrotou por 2x0 o Watford.

Os Reds sentiram a ausência de Fabinho e Matip, que estão fora da viagem ao Catar, e Robertson, que começou no banco. O encontro foi insosso e prevaleceu a maior categoria do líder da competição que aproveitou-se do empate do vice, Leicester, para colocar sobre esse uma diferença de 10 pontos.

O Watford se defendia bem, e nem a individualidade do trio de frente composto por Mané, Mohamed Salah e Roberto Firmino conseguia se sobressair.

Para que se tenha uma ideia da morosidade da partida, foi o espaço de 30 minutos do primeiro tempo sem um chute ao gol de ambos os times. 

Numa triangulação entre Firmino, Mané e Salah, o egípcio se livrou do marcador e abriu o placar. Os Homets ainda tiveram chance de empatar na primeira etapa. Deulofeu fez boa jogada na direita e Alisson espalmou o chute cruzado. A bola sobrou para Sarr na área, mas a furada foi grande.

No segundo tempo o Watford perdeu duas chances de empatar, que foram despediçadas. O jogo continuava lento, e Salah marcou um belo gol já nos acréscimos.

Na realidade o Liverpool tirou o pé do acelerador, mas nos deixou uma imagem que o time está com desgaste.

Catar irá dizer. 

NOTA 5- O LEILÃO DE SAMPAOLI

* O Palmeiras chegou no limite máximo para a contratação de Jorge Sampaoli e seus assistentes. Esperou a resposta do técnico até ontem e desistiu desse.

Na verdade pelo mercado que Sampaoli tem em suas mãos, e hoje é o técnico mais valorizado do país, passou a receber outras propostas, inclusive do seu país, com três clubes o desejando: O Racing que mandou Diego Milito a São Paulo para uma conversa com o técnico, além do Boca Juniors e o Independiente.

Os valores oferecidos pelo Palmeiras serviram de parâmetro para uma conversa com o Atlético-MG e o Real Betis da Espanha.

Como está passando o final do ano no Rio de Janeiro, quem sabe esperando a decisão final de Jorge Jesus no tocante a sua situação no rubro-negro. Se esse não renovar, o argentino será o novo técnico da Gávea, senão irá para o Racing, ou então comandar a seleção do Equador.

Por sua vez, o Palmeiras está rumando para o retrocesso ao pensar em Luxemburgo, se não acertar com Miguel Ángel Ramirez, campeão da Copa Sul-Americana deste ano com o Independiente Del Valle, do Equador, que deseja treinar um time brasileiro.

Sampaoli é o nosso bam, bam, bam. 

Escrito por José Joaquim

O futebol nordestino definha na maioria de seus estados. Os clubes da região perderam as suas demandas para os do Sudeste, e também estão assimilando os europeus, e esse é sem duvida o maior trabalho a ser efetuado pelos dirigentes da região, através de um projeto que poderia ser chamado da "Nordestinação do Futebol Nordestino".

Para que possamos chegar perto do nível nacional, teremos que passar por um processo de 'Nordestinação', ou seja o de retomar o espaço perdido para a globalização que fincou os clubes de fora da região.

O retorno dessa demanda, e a absorção de uma nova geração é o único caminho que deve ser percorrido por todos os clubes do Nordeste, que tinham na sua Copa uma oportunidade para que a recuperação fosse efetuada, mas que perdeu-se no seu conteúdo ao ser realizada em paralelo aos estaduais quando o vazio tomou conta.

A rivalidade regional, com uma competição mais longa, no lugar dos falidos estaduais, certamente traria um novo ânimo ao torcedor de cada unidade da região, que teria jogos importantes em suas cidades. Em paralelo poderia ser efetuada uma Segunda Divisão com direito ao acesso.

Estivemos analisando todas as pesquisas de torcedores no Brasil, e verificamos que a penetração do eixo Rio-São Paulo no Nordeste é avassaladora, desde que dos 15 times de maiores torcidas, 7 são clubes da própria região, que somados representam um pouco mais de 25%, desde que os torcedores estão localizados nas capitais.

Pernambuco, Bahia e Ceará ainda dominam, e os demais pertencem aos times dos estados do Sudeste. Mais da metade dos torcedores do Nordeste usam as camisas de clubes desse eixo, sendo 32,2% de cariocas e 19,1% de paulistas, e os percentuais irão aumentar por conta do sucesso do Flamengo.

Bahia e Sport são os dois times que tem uma maior ramificação nessa região (4,8% e 4,1%). O próprio estado de Pernambuco que já teve uma proporção bem maior de torcedores locais, hoje enfrenta uma rivalidade com clubes do Sudeste nas cidades do interior. De Caruaru em diante é uma goleada.

No Ceará e Bahia, os clubes locais mantêm a preferência do torcedor na sua área metropolitana, e perdem com uma goleada expressiva no interior.

Nos demais estados, todos os clubes perdem para aqueles de fora, e isso fica comprovado quando atuam na região, e as arquibancadas contemplam suas torcidas em número bem maior do que as locais.

A globalização é uma realidade, mas na verdade os que fazem o futebol do Nordeste não tiveram a competência de observarem o que estava acontecendo, e pudessem formatar um projeto esportivo para recuperar essa demanda tomada por clubes de outros estados.

Essa é a realidade que massacra o futebol regional, que para voltar a crescer, terá que proceder com a 'Nordestinação', trazendo de volta os seus torcedores.

Um Campeonato do Nordeste mais profissional e não o ilusório que temos, é o caminho de abertura para esse processo. 

Escrito por José Joaquim

Já postamos alguns artigos sobre o sistema de Federações que é mantido no Brasil, mostrando que está totalmente superado. Nos países mais importantes, não existem o tipo de entidades estaduais que nós temos, mas apenas uma Federação Nacional e várias ligas que fazem funcionar muito bem esse esporte.

A Alemanha é um bom exemplo, com um campeonato com a maior média de público entre os demais, e os clubes no azul quando do encerramento do calendário.

Nesse país existe a Federação Alemã de Futebol (DFD), que além de administrar as 3ª, 4º e 5ª Ligas, tem um projeto de formação que contempla 356 campos de treinamentos, que são os responsáveis pela evolução do seu futebol.

O esporte é tratado de forma profissional, muito diferente do modelo de esculhambação geral que é adotado no Brasil, sendo cuidado com seriedade, sem as espertezas dos cartolas e, sobretudo, com um universo de bons jogadores e muitos craques, que são contemplados com bons salários, porém, dentro da capacidade de pagamento de cada clube. 

As duas maiores divisões são gerenciadas pela Bundesliga (1 e 2), ambas com 18 clubes, com acesso e descenso. As cinco melhores classificadas na Primeira seguem para as Copas Europeias.

A Regionaliga é a Terceira Divisão, com duas ligas distintas, a do Norte e Sul. A primeira com 18 clubes e a segunda com 19. Os campeões e vices ascendem para a Bundesliga 2.

O sucesso dessa Terceira Liga é que os clubes que participam do Campeonato durante o ano todo, são de pequenas cidades, e que contemplam alguns times B dos maiores clubes da Bundesliga 1.

A Oberliga representa a Quarta Divisão, que é municipalizada. É composta por 9 Ligas independentes, parecidas com os estaduais brasileiros, com as presenças de 162 clubes que disputam o acesso para a Regionaliga.

Finalmente, a Quinta Divisão municipalizada, promove competições o ano todo, com mais de mil clubes semiprofissionais.

No Brasil, quando falamos em uma Liga, somos recebidos como um bicho papão, mas na verdade o modelo que mostramos se encaixa em nosso futebol, que certamente iria se perenizar, sem jogadores desempregados, e um grande número de atletas em atividade.

O sistema é muito simples, funcional, cuja meta principal é o aproveitamento de atletas formados nos seus clubes, sobretudo a regionalização, e um calendário completo para todos independente de suas divisões.

Se esse não prestasse, certamente o futebol alemão não seria um dos melhores do mundo, e o nosso, que vive de improvisação, não estaria no fundo do poço.

Será que as Ligas são os lobisomens tão decantados?