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Escrito por José Joaquim

Ontem conversamos com um amigo que entende bem dos assuntos esportivos, e em especial, sobre os do futebol, e obviamente que a região Nordestina e em especial o nosso estado foi o mais discutido, por ser dos nossos interesses.

O questionamento é o mesmo. O que mudou nos clubes e nas Federações? A resposta é bem simples: ¨Nada. Tudo continua como dantes¨. Os clubes com mais recursos e mais dívidas, e as entidades mais ricas.

Na noite do domingo assistimos a quinta tentativa do Fortaleza de ascender à Série B, com um estádio lotado com sessenta mil torcedores. Sentimos a dor daqueles que estavam presentes no Castelão. Mais um caso que reflete a decadência desse esporte no Nordeste.

A região Nordestina pena nas competições em que os seus clubes participam. O ABC de Natal com a sua passagem salvou um pouco o golpe sofrido pelo tricolor do Ceará. O Náutico tem chances de assim fazê-lo na Série B, enquanto os representantes na A, um está rebaixado, Santa Cruz, e os outros dois lutam contra tal fato, Vitória e Sport.

Os nossos problemas começam com entidades regidas pelas mesmas pessoas ou mesmos grupos por várias décadas. O trabalho de base sem projetar talentos, onde para suprir as necessidades se contentam com a contratação de dezenas de atletas, alguns desses de péssima qualidade.

As conversas são as mesmas, assim como as gestões. Dirigentes apaixonados e inteiramente amadores. Utilizam a paixão e esquecem a razão. Planejamento para esses é um palavra proibida, e deixam de lado os princípios da boa administração com reflexos nas suas agremiações.

Por outro lado, as Federações, e em particular a local, formam um retrato do que não se deve fazer nos esportes. As promessas de melhorias nunca são cumpridas. Os dirigentes usam e abusam das benesses do cargo, pouco se importando com os seus filiados.

Não existe um único projeto de recuperação da região, que se contenta com uma Copa do Nordeste, que hoje transformou-se em uma simples competição, e com a maioria dos clubes em processo de hibernação.

Que mal faz o esporte para ter dirigentes que assumem o poder, ganham status e, as vantagens do cargo, sobretudo para viagens, almoços, jantares, etc, e esquecem dos princípios básicos para que foram eleitos?

Não tem projetos, nem ideias para que o futebol possa prosperar. Os cartolas deveriam perceber que o cargo é para o bem coletivo, e não a serviço das vaidades e interesses pessoais.

Se existem culpados para a inércia existente no futebol regional são os clubes, os seus sócios, torcedores e a imprensa, que fingem que nada acontece, permitindo que o futuro continue sombrio.

Na verdade o futebol Nordestino, em especial o pernambucano não tem futuro.

Lamentável.

Comentários   

0 #1 Saudades de IsraelZica Chicungunha 11-10-2016 10:17
Não há qualquer perspectiva para o futebol do Nordeste e do Brasil que se arrasta na lama da corrupção há exatos 30 anos (Nabi 1986-Del Nero 2016). A gangue síria não abre mão de ficar com 95% de todos os recursos que giram no futebol, com apoio dos centuriões da inércia e monopólio absoluto da Brabuda - Rede Brasileira de Ratoeiras dos Buracos Digitais Animados.
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