Chico Buarque de Holanda, em seus bons tempos, escrevia boas canções, e entre essas estava ¨Carolina¨, aquela que ficava na janela e não via o tempo passar.
Ao sabermos que após a sua saída do Sport, o técnico Oswaldo de Oliveira estaria no banco do clube em seu jogo de despedida, contra o Chapecoense, nos lembramos dessa personagem, transportando-a para o futebol brasileiro, onde diversas Carolinas estão nas janelas vendo os problemas dos seus clubes, e nada fazem para contê-los.
O Sport não merecia ser tão humilhado por seus dirigentes, que prestigiaram um profissional que estava contratado por outro clube. Desespero ou covardia? O resultado de 3x0 para o time local foi a resposta para tantos equívocos.
O seu modelo de gestão que já perdura há um bom tempo, está ultrapassado, com um grupo dominante que manda e desmanda, sem chances para a renovação.
O rubro-negro da Ilha do Retiro já foi uma referência nacional, e hoje vive uma longa seca em suas conquistas. A partir de 2000 a situação complicou-se, quando o time passou um tempo maior na Segunda Divisão.
Uma boa conquista, mas pontual, da Copa do Brasil, alguns campeonatos locais, sendo que esses pouco representam, não tem muito a comemorar. São anos de pão e água com pouca representatividade.
Um clube que dava orgulho, mas isso caiu, tornando-se mais um entre as dezenas de times de futebol desse país. O seu quadro social não evoluiu, não existe a menor transparência do que acontece nos seus intramuros.
O patrimônio abandonado, quase era destruído com o golpe da Arena. Teríamos hoje um enorme buraco.
Enquanto isso os seus sócios e torcedores, copiando o modelo da Carolina de Chico, assistem de suas janelas de forma passiva, sem contestações ou mesmo resistências, dando sinais que tomaram a anestesia geral que foi dada nos últimos anos ao povo brasileiro.
Nunca em sua história foi tão necessárias as mudanças, que o grupo que domina o clube entenda que já deu a sua colaboração, e que abra as suas portas para o futuro, com pessoas que pensem, que possam elaborar um projeto de desenvolvimento, com ideias que agreguem valores em torno desses.
Isso não poderá acontecer se os associados e torcedores continuarem como a Carolina, que ficou vendo o tempo passar pela janela.
O futebol brasileiro, e em especial o Sport, não necessita de Carolinas e sim de muitos Leonidas para as suas defesas.
Comentários
0#1Ruínas Turcas de Palmyra —
Rio Negro e Solimões15-10-2016 11:11
Após os 30 anos do Império Sírio-Libanês do Brás e Bom Retiro da Era dos Imperadores Nabi-Rico-Marin-Incendiário não sobrará nem as ruínas do Palmyra F.C. de Camaragibe. Pela homenagem à Gangue dos Leões Marinho (Maiores ladrões da Iôiôlândia) fala-se no Clássico Globo de Goianinha versus Isis de Palmyra.
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