As arenas que foram construídas para a Copa do Mundo tornaram-se a esperança de uma redenção do futebol brasileiro.

Na verdade esqueceram que muitas dessas seriam elefantes brancos que no decorrer do tempo terminou sendo confirmado.

Nos atuais estaduais nenhuma conseguiu lotar, e somando-se o público de sete, esse não lotaria o Maracanã.

A Arena das Dunas em 9 jogos levou 20.713 torcedores, Arena da Baixada, 16.533 (3 jogos), Arena Corinthians, 14.413 (1 jogo), Arena Fonte Nova, 11.299 (2 jogos), Arena Pantanal, 6.589 (9 jogos), Arena Pernambuco, 4.606 (6 jogos) e, o Mané Garrincha, 4.389 (2 jogos).

A soma total desses públicos é de 78.590 torcedores, enquanto o Maracanã comtempla uma capacidade de 78.838, ou seja sobrariam 248 ingressos.

Esse é o retrato de um futebol mal planejado, e da insistência da manutenção dos estaduais falidos.

Só existem duas soluções para esse esporte no Brasil.

Como estamos na moda das intervenções, certamente esse modelo atenderia as suas necessidades, mas como esse é tratado como de qualidade inferior não existe a devida preocupação e tal fato jamais irá a acontecer.

A outra seria uma oração para São Judas Tadeu, que é o padroeiro dos aflitos e desesperados. O santo também protege os angustiados, desempregados, os que acham que a causa está perdida, e os que tem esperança.

Estamos entre aqueles que ainda nutrem esperança de vermos algo melhor para o país e em especial no futebol, que a cada dia precisa de mais rezas para o santo.

Existe um ditado que a esperança é a última que morre, e a nossa preocupação é que isso possa realmente acontecer muito antes que tais transformações apareçam.

Nos jogos dos estaduais que estamos assistindo, constatamos que a decadência é bem maior do que pensávamos.

O mais grave é o terrível momento da alienação que todos os setores envolvidos assumiram, desde que assistem a tudo que acontece e não repercutem, em especial os comentaristas das emissoras de televisão, que continuam analisando as partidas de uma maneira tal que pensamos algumas vezes que estamos em outro planeta.

O que chega ao torcedor é um produto muito bichado, sem craques no campo de jogo, e uma falta de qualidade técnica que nunca foi vista no futebol de nosso país, provocando uma grave angústia aos que estão acompanhando. 

O futebol brasileiro está ruim em todos os aspectos. Não temos mais craques, e sim jogadores que tratam a bola como uma bandida por não saberem acaricia-la.

O número de passes errados em uma partida é constrangedor, as bolas aéreas dominam, as ¨mumunhas¨ e ¨artimanhas¨ dos atletas para reduzirem o tempo do jogo causam desespero nos torcedores.

O esporte que é chamado das chuteiras em muitos jogos está se transformando em uma luta da UFC. O Bavi do último domingo foi um exemplo. As faltas cometidas são violentas e as cabeças sangrando fazem parte do seu visual.

Aliás esse problema pouco acontecia no tempo em que o futebol era bem jogado, se dá por conta do maldito jogo aéreo, sendo um outro fator que deixa um sentimento de uma causa perdida.

Trocar de treinadores é algo tão comum no futebol brasileiro, que se tornou uma banalidade.

Sobre árbitros e dirigentes não vamos analisar, desde que todos estão acompanhando os seus procedimentos, e nesses segmentos a esperança está sendo derrubada, pois aos poucos o sentimento de que não existem soluções nem rezas vem tomando conta de todos.

Esse é o palco do futebol nacional que se tornou medíocre, onde até os programas esportivos transformaram-se em antigas chanchadas do cinema brasileiro, e por conta disso a FOX-Sports contratou um humorista para participar da sua programação.

Esses tratam os torcedores como imbecís, mas uma boa parte lhes dão o que gostam, os pontos de audiência.

A nossa sugestão para os brasileiros que ainda gostam do futebol, é que no lugar dos hinos que são tocados antes dos jogos e ninguém percebe, sejam substituídos por uma oração para São Judas, antes que seja tarde demais.