Ir a um jogo de futebol no Brasil é sem duvida um sofrimento por tudo que se apresenta, desde a saída de casa, ou do trabalho, até o local onde será realizado o encontro.
Os estádios ficaram vazios por conta de um conjunto de dificuldades encontradas pelos consumidores, e por tudo que acontece dentro das quatro linhas dos gramados.
Deixou de existir a necessidade do gol, as táticas dos treinadores estão focadas no sistema de não perder e se puder ganhar. Os jogos tornaram-se enfadonhos, e a meta adversária é pouco visitada.
A motivação final desse esporte está relacionada aos gols marcados.
Temos assistido um grande número de jogos pelos Estaduais, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Libertadores, e por incrível que possa parecer, só o encontro entre Santos e Corinthians pode ser festejado.
Nos demais as mesmices de sempre, com os goleiros muitas vezes como figurantes, sem aparecerem, quatro volantes brucutus, com raros jogadores que tratam bem a bola, passes errados, excessos de faltas, chutões, simulações e reclamações contra a arbitragem.
A bola alçada para a área adversária é o grande mote desses clubes, desde que não tem projeções para realizarem jogadas que terminem nas redes.
É o que chamamos do futebol Infraero.
A tática aplicada hoje pelos treinadores poderia ser chamada de ¨Caranguejo¨. Na verdade é uma conceituação perfeita e que se encaixa em tudo que visualizamos nas partidas realizadas.
O futebol brasileiro ficou apertado, o jogo é concentrado em espaços pequenos junto às laterais, a bola só vai para esses lados, ou então devolvidas para os zagueiros e muitas vezes para os goleiros.
Esses são os procedimentos adotados pelo caranguejos, que andam de lado e para trás.
Artilheiros nunca mais chegaram a vinte gols, e se contentam com a meia dúzia, numa demonstração real que estamos numa época do defensivismo exacerbado, seguindo uma proposta dos ¨professores¨ que lutam por seus empregos.
Quando assistimos a alguns jogos de outros países, principalmente os europeus, ficamos na certeza que estamos atrasados, em especial pela nova tática adotada, a do Caranguejo, que é um bom alimento na mesa de quem gosta, mas para o futebol é a sua destruição.
Pobre caranguejo que morre nas panelas, e pobre futebol brasileiro, onde aqueles que o comandam estão incentivando a sua morte.
Comentários
0#2RE: A TÁTICA CARANGUEJO —
ANTONIO CORREIA08-03-2018 12:27
JJ: O artigo é a representação do futebol brasileiro sem tirar ou botar nada. A sua análise está correta e todos sentem isso quando assistem jogos do futebol europeu. Parabéns.
0#1RE: A TÁTICA CARANGUEJO —
CELIO LEITE08-03-2018 11:15
JJ: Ontem assisti o que se chama jogo de futebol, que na verdade foi uma pelada de várzea, entre Fluminense e Vasco. A bola Infraero como você chama foi a estrela da partida. O futebol brasieiro mingua.
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