blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

O Circo que comanda o atual futebol brasileiro está negociando mais um patrocínio para a camisa da seleção que é a sua galinha de ovos de ouro.

A soma geral dos diversos valores pagos pelos patrocinadores está acima de R$ 400 milhões. Existem outras receitas, tais como a venda dos amistosos, direitos de transmissão que não estão incluídos nesses números.

Uma vaca leiteira melhor do que as da fazenda do ex-presidente da entidade, Ricardo Teixeira, que sempre eram citadas como fontes de suas receitas.

Deu no que deu.

Enquanto isso, do outro lado da moeda, quando o Circo não tem sequer um jogador, vive festejando os seus milhões, a maioria dos clubes sente na pele as dificuldades que encontram, vivendo dos tostões que amealham para pagamentos de suas altas folhas salariais.

O Circo é um voraz arrecadador de recursos, e um péssimo aplicador, dando preferência aos Bancos, e esquecendo os seus filiados que são a carne nobre do processo futebolístico.

Mais de 500 clubes são sazonais, a Série E que poderia minorar o problema sequer é pensada.

As duas menores divisões, Séries C e D, são pouco contempladas pela entidade, sacrificando os clubes disputantes, e a indecente distribuição das rendas concentra-se em poucas agremiações e em especial na sua gestora.

Os recursos da entidade maior são graças ao futebol, e certamente para esse esporte deveriam ser dirigidos, com uma participação maior nos Campeonatos Brasileiros, no fortalecimento das divisões de base, no aprimoramento de profissionais do setor, para que houvesse uma retomada no processo de crescimento.

De que adianta tantos recursos quando o futebol agoniza, graças a incompetência dos que fazem o Circo, que se capitaliza mas não investe no setor? 

O desperdício do dinheiro da entidade da Barra da Tijuca é grande, e quando lemos os seus balanços bem entendemos.

O futebol é esquecido para dar lugar aos salários vultosos pagos aos dirigentes, pelos mensalinhos dirigidos às Federações estaduais, e para as mordomias dos cartolas.

Precisamos de uma receita democratizada com uma melhor aplicação para o desenvolvimento do futebol nacional, desde que existe uma enorme contradição, pois os clubes fazem o esporte, e estão cada dia mais pobres e endividados, enquanto a sua administradora, que não joga bola, não tem folhas salariais com atletas, cada dia fica mais rica.

São coisas do futebol brasileiro, causadas pela anestesia geral que tomou conta desse país tropical, onde os interessados assistem passivamente e muitas vezes recorrem aos cofres do Circo através de empréstimos, para a solução de suas dificuldades.

É uma insanidade.

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar