* O Allianz Parque, arena do Palmeiras é uma verdadeira máquina de fabricar dinheiro.
Um verdadeiro fenômeno, levando-se em consideração o alto preço dos ingressos.
Um futebol totalmente para a elite e que vem dando altos resultados financeiros.
No período de uma semana foram realizados três jogos na Arena que somaram mais de 11 milhões na venda dos ingressos.
No empate de 1x1 frente ao Boca Juniors da Argentina o alviverde recebeu 37.126 pessoas, com uma renda de R$ 4.426.402,50.
O preço médio do ticket foi de R$ 119,22. Esses números se somados aos dos jogos contra o Corinthians pelo estadual, e Alianza do Peru pela Libertadores, o valor total foi de R$ 11.331.051,14.
O primeiro jogo pela Copa Continental levou ao Allianz 30.465 torcedores, com uma renda de R$ 2.903.370,96.
O recorde de público se deu na partida final do estadual contra o Corinthians, com 41.227 pagantes, e uma renda de R$ 4.426.402,50.
Nos três jogos realizados, o total de público foi de 108.818, maior do que a soma de muitos estaduais que foram realizados no Brasil.
No país de estádios ociosos certamente uma fato como esse tem que ser destacado.
NOTA 2- OS POLITBUROS DOS CLUBES DE FUTEBOL
* O Presidente do Conselho Deliberativo do Sport, Homero Lacerda, em uma entrevista criticou a formação do Conselho Deliberativo do Clube que não permitia uma ação contra a diretoria executiva por ter sido eleito em conjunto.
Não existe voto contrário ao poder.
O Presidente Arnaldo Barros respondendo afirmou e com razão, de que esse tinha participado das eleições como candidato à presidência do Conselho como parte de sua chapa.
Na realidade os clubes insistem em manter verdadeiros politburos, como os antigos comitês da antiga União Soviética na era comunista que dominavam de forma única a politica do país. No atual processo eleitoral a chapa vencedora assume todo o comando, tanto no Executivo, Conselho Deliberativo e Fiscal.
Uma verdadeira politica de um só partido. A oposição fica sem voz, que é importante para um processo democrático, e o sistema é ditatorial.
Na maioria dos clubes do Sul e Sudeste o modelo é bem diferente, o qual defendemos para os dos nosso estado, ou seja a participação nesses Conselhos dar-se-á de acordo com a votação recebida por cada chapa disputante.
O número de votos obtidos por cada candidato é dividido pelo total dos eleitores e os percentuais são distribuídos.
Existe um limite mínimo estabelecido de votos, para candidatos que não atingirem um percentual definido.
Com isso a chapa vencedora fica com a maioria, mas as demais terão seus componentes nos dois Conselhos para que possam fiscalizar a administração.
Um modelo simples, democrático e que vem sendo utilizado com boa eficiência.
Isso sem duvida traz a tão necessária transparência para os clubes.
NOTA 3- OS PREJUIZOS DO ATLÉTICO MINEIRO
* O mês de abril será farto na apresentação dos Balanços dos clubes do futebol brasileiro, fato esse bem importante para que possamos conhecer a saúde financeira de cada um.
Na próxima segunda-feira o Conselho Deliberativo do Atlético-MG irá conhecer o que aconteceu no clube em 2017, muito embora as mídias já tenham divulgado os seus números.
O déficit foi de R$ 25,1 milhões.
Em 2016 o Galo teve um lucro reduzido de R$ 2,1 milhões, algo que não acontecia desde 1993. A Receita Bruta de 2017 foi de 311,3 milhões, cerca de R$ 5 milhões a menos do que a do ano anterior, uma queda de 1,5%.
No balanço chama a atenção a diminuição de 44% nas receitas com a venda de atletas, de R$ 78,5 milhões em 2016, para R$ 43,2 milhões, no ano seguinte.
A arrecadação da bilheteria do Galo também foi menor. Em 2016, o time não conseguiu títulos, mas chegou às oitavas de final da Libertadores, foi quarto colocado no Campeonato Brasileiro e vice-campeão da Copa do Brasil. Na ocasião o clube levantou R$ 28,5 milhões.
No ano passado, embora tenha sido campeão mineiro, o time acabou eliminado nas oitavas de final da Libertadores e nas quartas da Copa do Brasil, chegando apenas em nono no Brasileirão. Nesse cenário, o clube conseguiu R$ 16,8 milhões, uma queda de 40% na arrecadação.
Com as novas cotas de transmissão, o clube conseguiu quase R$ 43 milhões a mais em 2017, com relação ao ano anterior, dinheiro que serviu para cobrir as despesas.
Com relação a patrocínios, o aumento da receita foi pouca, passando de R$ 31,6 milhões para R$ 34,2 milhões.
A piora nas contas de agora justifica a politica de pés no chão adotada pela atual gestão.
NOTA 4- ACREDITE SE QUISER
* Os modorrentos estaduais terminaram nesse final de semana e não deixaram saudades.
Três meses perdidos sem retorno.
Enquanto isso a maior competição nacional que é o Brasileirão irá começar de forma tímida, escondida, sem a divulgação e nenhuma campanha da parte do Circo do Futebol.
Em nenhum país do futebol europeu o seu campeonato maior começa sem um trabalho de marketing bem elaborado, com a venda dos ingressos de forma antecipada, que dão a garantia de sucesso.
O nosso Circo do Futebol nada faz, mas os clubes de forma isolada preferem seguir as orientações de uma entidade que irá gastar milhões de reais com a ida da sua cartolagem para a Copa do Mundo, levando inclusive quatro presidentes da Série A, que se venderam as mordomias, no lugar de lutarem pelos interesses maiores do nosso futebol.
Como poderemos levar os torcedores aos estádios quando esses não tem a menor noção do que a sua competição mais importante terá o seu ponta pé inicial.
É algo a se lamentar, mas isso faz parte de um contexto apodrecido que domina o futebol brasileiro há muitos anos.
Acredite se quiser, o Brasileirão irá começar.
Só mesmo nesse Brasil surreal.
NOTA 5- JUIZ DÁ PRAZO PARA CBF EXIBIR ATA
* Depois de um bom tempo nas gavetas do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o juiz Bruno Monteiro Ruliere, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, deu cinco dias para o Circo apresentar a ata da assembleia geral que é contestada pelo MP.
Segundo o blog de Perrone do Portal Uol, a decisão não foi bem recebida pelo Ministério Público, pois irá dificultar que o órgão consiga evitar a eleição para presidente da entidade que está marcada para o próximo dia 17.
O promotor Rodrigo Terra entrou com uma ação no final de julho do ano passado, por entender que a assembleia geral responsável por mudar regras eleitorais da entidade em 25 de março de 2017, foi irregular. Isso porque os clubes não foram convocados para ela.
A reunião deu um peso bem maior para as federações, praticamente impedindo os times de lançarem um candidato com chances de vitória.
Mais um golpe urdido na Casa da Barra da Tijuca para a permanência do status quo reinante.
Na verdade mesmo acontecendo as eleições se a Justiça acatar o pedido da Promotoria poderá anula-la.
Nada impede que isso possa acontecer, embora não tenhamos nenhum sentimento de que isso poderá se viabilizar.
O poder do Circo é grande, mesmo nesses bons tempos da Lava Jato.
MÁQUINA DE FABRICAR DINHEIR0 - Caro amigo. Os clubes de Pernambuco são uma amostra clara da incompetência dos seu dirigentes. Há décadas atrás visitei o Beira Rio e também o Serra Dourada, e naqueles idos já se adotava visita acompanhada para turistas. Sem falar do Maracanã no Rio, onde há muito também era utilizado, inclusive por conta do museu. Na Argentina o Boca e o River adotam também. Digo isso, para sustentar que os nossos são de uma incompetência cavalar. Antes da Arena, o Arruda era o estádio que mais se destacava perante os turistas. Destacava-se apenas pelo tamanho, não pela funcionalidade. Os Aflitos em nada chamava a atenção. A Ilha, que poderia ser o brinco, a jóia da coroa, face o dinheiro do Sport e, pelo tamanho mediano, poderia transformar-se num belo equipamento, moderno e funcional. Mas ttambém foi esquecido. No caso do Arruda, pouco poderia ser feito internamente, pois a imundície das redondezas, aquele canal fétido, abarrotado de lixo, com as vias limítrofes sujas , jamais criaria um ambiente de visitação. Daí tornar-se um imenso dinossauro, sujo e parelho às vizinhanças. Mas a Ilha, tirante a mania de grandeza do Sport, é inaceitável que não sirva sequer para visitação. É uma lástima, a medida que o tempo passa, a torcida diminui, e os estádios sobram como castelos mal assombrados, em petição de miséria e largados à própria sorte. Ainda é tempo, pelo menos de resgatar um pouco de dignidade para aqueles que foram, num passado não tão distante, orgulhos das suas torcidas.
PREZADO GUILARDO: A ausência de seus comentários é sentida. Parabéns pelo texto que enriqueceu a Nota.
JJ: NOTA 4- Essa Nota está perfeita. Só mesmo no Brasil que a competição maior do futebol nacional começa despercebida, com pouca divulgação e nenhum evento de lançamento. A CBF é a coveira do futebol brasileiro.
MÁQUINA DE FABRICAR DINHEIR0 - Caro amigo. Os clubes de Pernambuco são uma amostra clara da incompetência dos seu dirigentes. Há décadas atrás visitei o Beira Rio e também o Serra Dourada, e naqueles idos já se adotava visita acompanhada para turistas. Sem falar do Maracanã no Rio, onde há muito também era utilizado, inclusive por conta do museu. Na Argentina o Boca e o River adotam também. Digo isso, para sustentar que os nossos são de uma incompetência cavalar. Antes da Arena, o Arruda era o estádio que mais se destacava perante os turistas. Destacava-se apenas pelo tamanho, não pela funcionalidade. Os Aflitos em nada chamava a atenção. A Ilha, que poderia ser o brinco, a jóia da coroa, face o dinheiro do Sport e, pelo tamanho mediano, poderia transformar-se num belo equipamento, moderno e funcional. Mas ttambém foi esquecido. No caso do Arruda, pouco poderia ser feito internamente, pois a imundície das redondezas, aquele canal fétido, abarrotado de lixo, com as vias limítrofes sujas , jamais criaria um ambiente de visitação. Daí tornar-se um imenso dinossauro, sujo e parelho às vizinhanças. Mas a Ilha, tirante a mania de grandeza do Sport, é inaceitável que não sirva sequer para visitação. É uma lástima, a medida que o tempo passa, a torcida diminui, e os estádios sobram como castelos mal assombrados, em petição de miséria e largados à própria sorte. Ainda é tempo, pelo menos de resgatar um pouco de dignidade para aqueles que foram, num passado não tão distante, orgulhos das suas torcidas.
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PREZADO GUILARDO: A ausência de seus comentários é sentida. Parabéns pelo texto que enriqueceu a Nota.
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