O marido entra em casa e encontra a sua mulher deitada no sofá com um homem na sala de visitas, resolveu de forma bem imediata o problema: tirou o sofá da sala.
Uma solução rápida e adequada que serve de piada para mostrar a realidade de nosso país, cuja opção para resolver as mazelas que o afligem é a de utilizar o mesmo procedimento do marido traído.
Trata-se de algo hilário, mas um fato como esse faz parte do nosso cotidiano.
As nossas autoridades para resolverem os diversos problemas de seus governos retiram uma peça da engrenagem, como se isso fosse a solução, desde que a máquina está enferrujada precisando de uma troca geral.
No futebol existe o mesmo processo, e o Circo que o comanda no país é prodigo em providencias como essa, sempre retirando o sofá da Barra da Tijuca quando a cartolagem é apanhada com a boca na botija.
Os exemplos são bem claros.
Ricardo Teixeira foi mais um móvel removido após as denúncias de corrupção. A hora seria de mudanças mas nada aconteceu colocaram um novo sofá chamado Marin, que foi retirado pelo FBI.
Outro momento que poderia ser aproveitado para uma limpeza geral em todo o imobiliário da entidade. Mais uma vez não aconteceu.
Logo após chegou através de uma transportadora uma marquesão colonial chamado Del Nero, que terminou sendo escondido por conta do FBI, e finalmente a FIFA mandou retira-lo.
Pela terceira vez o bonde da história passou pela Barra da Tijuca e ninguém aproveitou para promover as mudanças.
No dia de hoje está marcada a eleição para ungir Rogerio Caboclo da presidência da entidade. que é um sofá usado por muito tempo através de Del Nero, quando esse carregava a sua mala na Federação Paulista, que mudou o patamar do seu patrimônio, junto com o seu trabalho no Circo.
Mais uma vez a flecha atirada passou e não volta mais.
Moral da história trocar o sofá é apenas para justificar a traição sofrida pelo marido, embora os seus chifres irão continuar pontudos.
Esse sistema atua de forma latente na Comissão de Arbitragem do Circo, ao colocarem na tal geladeira um árbitro que cometeu uma lambança logo no início do Brasileiro, mudando inclusive o resultado do jogo.
Foi o único no mundo que viu e confirmou no relatório que aconteceu um pênalti contra o Flamengo, em que a bola pegou na cabeça de Everton Ribeiro. Só mesmo no Brasil surreal.
Por conta disso tivemos a repetição de um roteiro adotado pela Comissão da Arbitragem Nacional, afastando o árbitro e todos os auxiliares, admitindo o erro, como se retirando esse sofá o problema estará resolvido.
Na realidade quantas geladeiras já foram compradas para abrigarem os árbitros brasileiros?
Diversas, acabando com o estoque nas lojas.
Quem esqueceu o pênalti marcado por Grazianni Rocha favorável ao Sport em um jogo contra o Atlético-PR, em que a bola bateu na cabeça de um zagueiro do rubro-negro pernambucano.
Um fato bem semelhante ao que aconteceu no Barradão.
Foi levado para a sala de refrigeração.
Na verdade essas geladeiras representam o modelo do engana que eu gosto, para atenuar as criticas da cartolagem que na realidade formam o conjunto de responsáveis pela manutenção do sistema.
Já mostramos em outros artigos que os árbitros são os únicos amadores na engrenagem do futebol brasileiro. Levam desvantagem no processo.
Os clubes deveriam lutar pela modificação da legislação esportiva, para a criação de uma entidade nacional de arbitragem, como existe o STJD para a aplicação da Justiça.
Essa seria administrada de uma forma profissional, independente, por pessoas sérias e de reputações ilibadas, sobretudo com um processo de formação correto, desde que o atual é muito ineficiente e, que produz árbitros como Vagner Reway, que por ironia do destino tem o escudo da Fifa.
Na realidade para nós esse escudo nada representa, desde que tais promoções acontecem no sistema QI, não o quociente intelectual, e sim por quem o indicou.
Os árbitros Fifa no Brasil tem seus padrinhos, a maioria de políticos e o resultado está bem latente.
Merecimento em arbitragem é como o sofá retirado da sala, não resolve nada.
O árbitro de vídeo é algo que tem que ser alocado em nosso futebol, mas os que gostam de resultados modificados não deixam que isso possa acontecer, e preferem que no pós jogo o debate seja sobre a arbitragem e não pelo que aconteceu com a bola rolando.
São coisas do Brasil e dos velhos sofás.
Comentários
0#3RE: RETIRAR O SOFÁ DA SALA NÃO RESOLVE —
BLOGDEJJ17-04-2018 18:50
Citando guilardo:
Caro amigo. conforme expliquei estou chegando atrasado. Entretanto, fugindo um pouco da sua matéria muito bem dissecada, ao ler o noticiário lembrei-me logo de você. Pois não é que o Sport está na situação que o amigo preconizou há mais de ano. Maquiando os balanços, a bolha estourou. Para pânico dos velhos dirigentes que a tanto custo colocaram o clube na linha, como você, por exemplo, o leão recebeu a visita do legista. Para surpresa de todos no nosso estado. O que pintavam do Sport era uma maravilha pouco vista no País. Clube a ser seguido. Contrariamente aos có- irmãos, exemplo a não ser seguido, o rubro negro "já tinha chegado no primeiro mundo", inclusive com a frase emblemática do seu presidente que " Pernambuco era pequeno para o Sport". Pois é, palavra dita quando o pesidente já sabia da caótica situação do clube. Está ai, uma direção desastrosa, que não serve de exemplo a ninguém, nem mesmo aos miseráveis Santa e Náutico. A soberba, a empáfia, a mania de grandeza e, sobretudo, a busca nebulosa para fazer o Brasil acreditar que o Sport era tão grande quanto os maiores do Rio, São Paulo, Minas e Rio G. Sul, levaram a instituição a querer alcançar por decreto o que ninguém dessa forma conseguiu. É triste e lamentável que os arroubos de grandeza tenham nivelado, agora, o Sport por baixo. Se vocês, velhos e abnegados rubro negros, não tomarem as rédeas da situação, logo o leão estará vagabundeando pelas ruas, esquálido e faminto, como a cobra coral e o timbu.
Prezado Guilardo: Há tempo que estávamos falando sobre a situação do Sport e a falta de transparência. Deu no que deu. Tecnicamente falido. Excelente o seu comentário.
0#2RE: RETIRAR O SOFÁ DA SALA NÃO RESOLVE —
guilardo17-04-2018 16:49
Caro amigo. conforme expliquei estou chegando atrasado. Entretanto, fugindo um pouco da sua matéria muito bem dissecada, ao ler o noticiário lembrei-me logo de você. Pois não é que o Sport está na situação que o amigo preconizou há mais de ano. Maquiando os balanços, a bolha estourou. Para pânico dos velhos dirigentes que a tanto custo colocaram o clube na linha, como você, por exemplo, o leão recebeu a visita do legista. Para surpresa de todos no nosso estado. O que pintavam do Sport era uma maravilha pouco vista no País. Clube a ser seguido. Contrariamente aos có- irmãos, exemplo a não ser seguido, o rubro negro "já tinha chegado no primeiro mundo", inclusive com a frase emblemática do seu presidente que " Pernambuco era pequeno para o Sport". Pois é, palavra dita quando o pesidente já sabia da caótica situação do clube. Está ai, uma direção desastrosa, que não serve de exemplo a ninguém, nem mesmo aos miseráveis Santa e Náutico. A soberba, a empáfia, a mania de grandeza e, sobretudo, a busca nebulosa para fazer o Brasil acreditar que o Sport era tão grande quanto os maiores do Rio, São Paulo, Minas e Rio G. Sul, levaram a instituição a querer alcançar por decreto o que ninguém dessa forma conseguiu. É triste e lamentável que os arroubos de grandeza tenham nivelado, agora, o Sport por baixo. Se vocês, velhos e abnegados rubro negros, não tomarem as rédeas da situação, logo o leão estará vagabundeando pelas ruas, esquálido e faminto, como a cobra coral e o timbu.
0#1RE: RETIRAR O SOFÁ DA SALA NÃO RESOLVE —
PEDRO CORDEIRO17-04-2018 10:52
JJ: Excelente artigo. Um texto que mostra o que acontece em nosso futebol e em particular no setor de arbitragem. O Circo vive tirando o sofá da sala, e resolvendo os seus problemas. Não sabe que um dia não existirá nenhum marquesão e a casa irá cair.
Comentários
Prezado Guilardo: Há tempo que estávamos falando sobre a situação do Sport e a falta de transparência. Deu no que deu. Tecnicamente falido. Excelente o seu comentário.
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