* As estatísticas do Brasileirão da era de pontos corridos à partir de 2006 com vinte clubes, mostram que o numero ideal para evitar a degola é de 44 pontos, mas sendo sujeito aos critérios técnicos.
Nos últimos anos isso vem acontecendo.
Temos uma tabela para acompanhar a situação dos clubes durante a competição, que serve para checar as suas pontuações para que as providencias sejam tomadas, tanto para a manutenção que vem acontecendo, ou para a recuperação na busca de pontos perdidos.
O Brasileirão tem 38 rodadas.
Separamos as duas últimas para que possam servir para a garantia de uma permanência (stand-by) de acordo com a classificação até a 36ª rodada.
O modelo é bem simples: Separam-se 4 etapas de 9 jogos cada uma.
Nessas os clubes para fugirem da degola terão que somar 11 pontos, que no final darão os 44 necessários, que poderão ser ampliados com os resultados das últimas rodadas.
O interessante é que um disputante se não conseguir obter essa pontuação, entra na segunda etapa sabendo do que precisa somar para chegar ao nível ideal.
Ou seja, se conquistar apenas 9 pontos, necessitará de 13 no pacote seguinte, e assim segue até o final.
A tabela serve para as agremiações projetarem o seu campeonato, em especial aquelas que entram na competição com apenas o desejo da permanência.
NOTA 2- A JUVENTUDE COMANDA 11 CLUBES DO BRASILEIRÃO
* O jornal Folha de São Paulo fez um levantamento com relação as mudanças que aconteceram com relação aos técnicos que estão atuando no Brasileirão.
Pesquisamos sobre o tema e ampliamos essas participações para 11 profissionais com menos de 50 anos de idade, com uma renovação surpreendente.
Os mais antigos são Nelsinho Baptista- Sport (67), Abel Braga- Fluminense (65) e Gilson Kleina- Chapecoense (60).
A turma acima dos 50 anos é composta por Renato Gaucho- Gremio (56), Mano Menezes- Cruzeiro (55), Diego Aguirre- São Paulo (55), Guto Ferreira- Bahia (52), Wagner Mancini- Vitória (51) e Marcelo Chamusca-Ceará (51).
O mais novo é Mauricio Barbieri, do Flamengo com 36 anos.
Na verdade ainda continua como interino.
A seguir:
Thiago Larghi- Atlético-MG (37), com a mesma situação de Barbieri.
Jair Ventura- Santos (39),
Rogério Micale- Paraná (42),
Alberto Valentim- Botafogo (43),
Roger Machado- Palmeiras (43),
Fábio Carille- Corinthians (44),
Odair Hellmann- Internacional (44),
Fernando Diniz -Atlético-PR (44),
Zé Ricardo- Vasco (46) e,
Ederson Moreira- América-Mg (46).
Trata-se de algo muito novo em nosso futebol, e que tem muita relação com o problema financeiro dos clubes, desde que os mais antigos exigem salários maiores, e os novos tem uma boa redução.
É a menor média de idade na história do Brasileirão.
Por outro lado, como em nosso futebol de tudo pode acontecer, de um momento para outro poderemos observar uma virada.
Quem conhece a nossa cartolagem não pode duvidar de que isso na verdade aconteça.
Temos bons veteranos à espera.
NOTA 3- A ÉTICA NO FUTEBOL BRASILEIRO É INVERTIDA
* Um amigo nos telefonou para reclamar da falta de ética do técnico do Santa Cruz, Junior Rocha, que no pós jogo do domingo comunicou a diretoria do clube que estava aceitando uma proposta do CRB de Alagoas, que está disputando a Série B Nacional.
A nossa resposta foi simples: Se o tricolor tivesse perdido a partida, possivelmente a cabeça do técnico iria rolar.
O Brasil no seu contexto geral é um pais que abomina a ética, e a corrupção reinante é a maior e poderosa amostra.
Uma parte de nossa sociedade é composta por pessoas que gostam de um jeitinho, e o futebol faz parte desse segmento.
Jogadores quando simulam contusões nos jogos estão ferindo a ética esportiva, quando reclamam contra o árbitro mesmo sabendo que estão errados também vão de encontro a ética, ou seja é um esporte que tem de tudo menos essa bonita palavra.
Há pouco dois técnicos da Série B foram demitidos de forma sumária por conta dos resultados da primeira rodada.
Sandro Forner, Coritiba e Mazola Junior, CRB. Tinham contratos que foram rompidos dentro dos vestiários após os jogos dos seus times.
Onde estava a ética?
A atitude de Junior Rocha com o Santa Cruz é mais uma entre as dezenas que acontecem e que irão continuar acontecendo, desde que a danças das cadeiras é o orgasmo dos nossos dirigentes.
Quando demitem os seus profissionais estão corretos, mas quando esses resolvem ir embora, estão ferindo a ética, que só é para um lado.
O sistema nacional permite que isso aconteça.
NOTA 4- OS AMADORES DE PLANTÃO
* Mesmo com uma temporada longa, o Coritiba está demonstrando que irá ter dificuldades no retorno a Série A Nacional.
Assistimos o seu jogo no Castelão, em São Luiz, de portões fechados, um produto da imbecilidade reinante em nosso futebol, quando foi derrotado por 2x0 pelo Sampaio Corrêa.
O que mais nos impressionou foi a mediocridade do time paranaense, mesmo com muitas estreias não conseguiu chutar uma única bola contra o gol do adversário.
Nada que pudesse ser chamado de futebol.
No final do jogo, a forma populista que é adotada pelos dirigentes foi destacada quando escolheram um bode expiatória para a derrota, o técnico, que foi demitido.
Da maneira que vai, o Coritiba corre o risco de chegar a Série C de 2019.
Tudo isso é uma resultante de dirigentes amadores, que não sabem nada sobre gestão de futebol.
No final da tarde de ontem a diretoria do Coxa contratou o técnico Eduardo Baptista, que no futuro será mais um bode expiatório.
São coisas do futebol brasileiro.
NOTA 5- OS EQUÍVOCOS PREMEDITADOS
* Já afirmamos que o Brasil é um país surreal.
É o único país do mundo em que os equívocos são premeditados.
Na noite de ontem ao ouvirmos os comentários feitos no jogo e após esse pelo jornalismo do Sudeste, sentimos que tal fato é realidade.
Para esses o time do Botafogo só empatou por conta de uma falha de Felipe Melo, ou seja o Palmeiras merecia ganhar.
Esse é o tipo de analistas que temos em nosso futebol, quando de forma premeditada criam grandes clubes apenas pelo dinheiro gasto, quando esses nos gramados muitas vezes não apresentam nada.
O alviverde de São Paulo torrou muitos recursos pela janela, e o seu melhor jogador foi o mais barato, Keno.
O resto é igual ao que temos por aí.
Querer fazer Lucas Lima um craque de seleção é grotesco. Na verdade o Palmeiras jogou apenas 10 minutos do segundo tempo até fazer o seu gol.
Depois foi dominado pelo Botafogo, um time simples, limitado, que joga por amor a bola, que foi em busca do merecido empate, e conseguiu.
Nenhum dos comentários que ouvimos mostraram um domínio do alvinegro carioca no segundo tempo, e no final mais uma vez as mesmas conversas, ou seja o Botafogo não empatou, foi o Palmeiras que deixou.
O resultado de 1x1 foi justo, e ficou bem claro que os milhões da Crefisa compraram muitos jogadores, mas não conseguiram comprar qualidade.
O time de São Paulo pode melhorar, mas não é esse bicho papão que foi criado.
Enquanto isso, no Morumbi, o São Paulo com muitos atletas reservas derrotou o frágil Paraná por 1x0, numa pelada noturna, encerrando a primeira rodada desse campeonato que irá ser um Brasileirinho.
Comentários
0#1RE: NOTAS AVULSAS —
ANTONIO CORREIA17-04-2018 10:56
JJ: NOTA 5- O amigo mais uma vez retratou muito bem o que acontece em nosso jornalismo esportivo. Vivem numa ilusão premeditada de que os times que gastaram muito dinheiro são os melhores, o que não bate com a realidade. Assisti alguns jogos do Palmeiras e o elenco é igual aos dos demais clubes. Gastaram muito dinheiro mas esqueceram de contratar o bom futebol.
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