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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O RECEIO DAS RETALIAÇÕES

* O sistema adotado no futebol brasileiro tem uma influência maldita da máfia italiana.

Logo após a eleição para a nova diretoria do Circo, o presidente eleito e que pelo surrealismo existente no país só irá tomar posse em abril de 2019, ou seja a entidade como já vinha acontecendo terá um comandante no papel, o Coronel Nunes, nosso Didi, e o recém ungido Caboclo, que há tempo já baixou no terreiro da Barra da Tijuca, e que na sua oratória de agradecimento pela submissão dos eleitores, deixou bem claro que irá recompensar a todos que o apoiaram.

Um recado para os três clubes que não deram a unanimidade tão desejada, de que irão sofrer retaliações, como entenderam os seus dirigentes logo após o pleito.

Como podemos entender que os dois clubes com maiores torcidas do país estamparem o medo de perseguições nas competições?

Bastaria uma movimentação pública dos torcedores, para que Circo tivesse o conhecimento da suas forças.

Vivenciamos por muitas vezes fatos como esses, na época em que participávamos da diretoria do Sport, quando criticávamos o que acontecia na entidade maior, e sempre nos pediam para não falar por conta de possíveis retaliações.

Obvio que não entendíamos tal procedimento, posto que o Sport era um clube respeitado e com uma torcida em bom número.

O medo dos cartolas que não deram o sim no processo eleitoral do Circo, está ligado às arbitragens dos jogos que  para esses poderiam ser dirigidas para prejudicar os seus times.

De fato, anos atrás isso era viável, mas na era da tecnologia com jogos sendo transmitidos ao vivo para milhões de pessoas, jamais um árbitro iria atender uma orientação como essa, desde que seria a ruina na sua carreira.

A arbitragem nacional não é boa, mas pelo que sabemos é formada por pessoas sérias. 

Na realidade a retaliação sugerida poderia acontecer na tabela das competições, mas para quem entende do segmento é algo muito difícil de acontecer pela quantidade de clubes disputantes.

Retaliação é algo superado no futebol nacional, em especial para os clubes de grandes torcidas, e que não precisam de empréstimos da entidade.

NOTA 2- O ÚNICO CLUBE EMPRESA NAS DUAS MAIORES DIVISÕES NACIONAIS

* Entre os 40 times da Série A e B, o Figueirense é destacado por ser o único clube empresa gerenciado como sociedade anônima (S/A). O capital é dividido em ações.

O clube possui dois acionistas. O majoritário é a Holding Investimento (pertencente a Claudio Vernalha e Antônio Bartilloti), detentora de 95% do capital. O restante pertence ao Figueirense FC que não tem ingerência no setor de futebol.

Na verdade um avanço, que encontrou em um clube mediano uma plataforma ideal para ser implantado, cujo modelo é muito parecido com o que acontece entre os grandes clubes europeus.

Os resultados tem sido proveitosos, inclusive com o Figueirense conquistando o título estadual.

O importante de um clube empresa é de que esse busca lucratividade para os acionistas, e por isso terá que ser bem administrado, e sem a interferência de terceiros, a não ser dos seus profissionais que estão no seu comando.

O modelo de nossos clubes é antigo, quando todos metem as mãos nas panelas, no final a comida sai de péssimo gosto.

Só não aguentar a turma do amendoim com seus palpites é um alivio para qualquer gestão.

Esse é o primeiro passo que poderá servir de mostruário para outros clubes, que poderão ingressar na modernidade.

NOTA 3- O SANTOS E A ACUSAÇÃO DE ABUSO SEXUAL NA BASE

* Um assunto que sempre abordamos em nossas postagens é aquele relacionado ao abuso sexual de jovens das bases dos clubes.

O Santos terá que investigar à fundo e lidar com a denuncia feita por Ruan Patrick Aguiar de Carvalho, hoje tem 19 anos, que afirmou que foi abusado pelo atual coordenador das suas bases, Ricardo Marco Crivelli, o Lica, no ano de 2010.

As informações foram publicadas no jornal Folha de São Paulo.

Foi realizado um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Repressão e Combate à Pedofilia de São Paulo, que abriu um inquérito inclusive ouvindo algumas testemunhas.

O interessante é que o suposto acusado é sócio de uma empresa que agencia jogadores, cujo um dos seus membros é o presidente do time da Baixada Santista, José Carlos Peres, que o afastou do cargo mas saiu em sua defesa, afirmando que desejam macular o nome do coordenador.

Segundo Ruan,  o primeiro abuso aconteceu quando dormiu na casa de Lica. Depois disso, o atleta  ainda ficou 18 meses no Santos sofrendo com a mesma situação.

Quando chegou ao sub-13, diz que passou a recusar as propostas de Lica e foi dispensado pelo Santos. Como reflexo tornou-se usuário de drogas e não conseguiu se firmar em outros clubes.

A denúncia é grave e deve ser investigada com todo rigor, mas com cautela, desde que a politica do time peixeiro está em franca ebulição, inclusive com um pedido de impeachement do presidente.

De uma coisa temos a certeza, de que o trabalho com jovens é muito importante, com cuidados especiais, e deve ser entregue a pessoas sérias, ilibadas, desde que as sequelas jamais sairão da mente de quem foi abusado.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 4- O DESCARTE DE DIEGO SOUZA

* Contratado no inicio da temporada, Diego Souza não está mais nos planos do São Paulo.

O tricolor do Morumbi pagou R$ 10 milhões ao Sport pelo meia e, pretende negocia-lo em breve. O contrato com o jogador vai até o final de 2019.

Na realidade o atleta teve várias oportunidades no time principal mas não correspondeu a nenhuma, o que motivou a desistência do seu atual clube.

Na noite de ontem entrou no segundo tempo do jogo entre o tricolor e o Atlético-PR, e pouco apareceu.

Algumas agremiações estão interessados em tê-lo nessa temporada, e em especial o Vasco da Gama, mas os custos dessa transferência estão bem acima das suas possibilidades. Dirigentes do Sport ligaram para o jogador, querendo saber se esse tinha interesse em retornar ao clube, e a resposta foi negativa.

Na verdade o rubro-negro desejava elevar o astral dos torcedores, desde que pela sua atual situação financeira jamais teria condições de bancar essa negociação, inclusive o salário mensal.

O problema de Diego é apenas dentro do campo, desde que fora, esse é elogiado pelo técnico e dirigentes, e por isso a sua presença junto ao elenco não incomoda.

Na realidade a aquisição de Diego Souza foi um tiro na escuridão, cuja bala foi bater na ponte do Morumbi.

NOTA 5- O RECURSO DO NÁUTICO E O STJD

* O Náutico ingressou no STJD com um recurso contra a Ponte Preta, que segundo o setor jurídico do clube colocou dois atletas irregulares no jogo seu jogo pela Copa do Brasil.

O alvirrubro tomou como base a artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que penaliza uma ¨equipe que incluir, ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta em situação irregular para participar de partida, prova ou equivalente¨.

Na realidade os jogadores que foram citados estavam relacionados na sumula do jogo entre o Ituano x Uberlândia pela primeira fase da Copa do Brasil, mas não entraram no gramado, nem foram apenados com cartões, o que possibilitou as suas participações por outro clube.

A equipe de Campinas procedeu com uma consulta sobre três atletas nas mesmas condições, e o Circo do Futebol autorizou a presença desses dois e não permitiu a de Leo, que tinha jogado.

No caso do artigo 214 referenciado, jogador irregular seria aquele que não cumpriu uma pena imposta, ou que não estava no BID entre outras coisas. 

Sobre o assunto já existe uma linha firmada, e tal recurso poderá não prosperar, mas o Náutico está no seu direito de contestar.

NOTA 6- O FURACÃO DINIZ 

* Pelo menos após quase quatro meses de jogos pelo Brasil afora, conseguimos assistir uma verdadeira partida de futebol.

São Paulo e Atlético-PR fizeram um jogo eletrizante pela Copa do Brasil, que terminou de forma justa com o empate de 2x2, e a classificação do rubro-negro do Paraná para as oitavas de final dessa competição.

O Furacão Diniz, o nosso Pep Guardiola tupiniquim está fazendo de um time médio a novidade de nosso futebol, quando apresenta um modelo de jogar do mais alto nível, com a bola rolando no gramado e com a troca de passes eficientes. Não existe o sistema Infraero.

O São Paulo saiu na frente com 2x0, e o Atlético-PR empatou. Os dois clubes tiveram chances de modificar os resultados, mas a vitória ficou em boas mãos, em especial de um time com um orçamento bem inferior, e que tem um projeto de se tornar grande em pouco tempo.

Fernando Diniz quando trabalhava em times pequenos já mostrava que era um inovador, e agora atuando no clube mais organizado no Brasil está demonstrando a sua competência.

Um jogo de qualidade, com as duas equipes procurando a vitória.

O torcedor tricolor foi injusto com as vaias, desde que o time fez ontem a sua melhor partida da atual temporada. 

No outro jogo pela Copa do Brasil, o Vitória driblou o temporal que caiu no Barradão, derrotou Internacional por 1x0, levando a decisão para os pênaltis.

Nas cobranças despontou o jovem goleiro rubro-negro Caique, que ajudou o seu time sair vencedor com o placar de 3x2.

Pela Copa Libertadores mais um time brasileiro foi atropelado pelo portenho Racing.

A bola da vez foi o Vasco da Gama que foi goleado por 4x0, e só não foi mais dilatado por conta da defesa do seu goleiro Martin Silva que segurou dois pênaltis.

No outro jogo por essa competição o Cruzeiro complicou mais a sua vida, ao empatar como visitante com a Universidad de Chile pelo placar de 0x0, após levar um sufoco durante toda a partida. 

Comentários   

0 #5 RE: NOTAS AVULSASPLINIO ANDRADE 20-04-2018 14:54
JJ: Em seus artigos você sempre citou Fernando Diniz como um técnico diferenciado. Assisti ontem São Paulo e Atlético e fiquei na certeza de que a temporada terá uma novidade, que é o time do Paraná. Joga um futebol bonito. Um fato que tem se destacado, é que o Racing da Argentina, vem massacrando os times brasileiros. Oito gols em dois jogos, contra o Cruzeiro e Vasco.
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0 #4 RE: NOTAS AVULSASBLOGDEJJ 20-04-2018 14:25
Citando guilardo:
O ÚNICO CLUBE EMPRESA- Caro amigo, ontem eu conversava com meu filho exatamente sobre isto. Não de uma forma geral, mas principalmente sobre os clubes de PE. Tem razão você quando afirma que a não modernização nos fará, a todos, ficar no passado para sempre. Alias isso é fato no Brasil todo, salvante o Figueira, como afirmou o amigo. Aqui, pensávamos que o Sport tinha iniciado a trilha para o futuro. Ledo engano. Viveu nesses três anos à sombra da realidade, envolto em mentiras e mistérios. Os outros dois, apenas o Náutico pode, com um esforço inaudito, tentar chegar à modernidade, coisa que eu duvido diante do gigantesco passivo. O velho Santa sequer chegou a iniciar um estudo sobre tal. Não tem perspectiva, não tem comando, não tem Conselho. Contrariamente, tem invenções, jeitinhos, vive o dia de hoje, tem um gigantesco passivo e não tem vontade política para dar um freio de arrumação, que possa colocá-lo na busca do futuro. Simples assim, o tricolor já morreu faz tempo. Tenho a dizer, que clubes muito menores, insignificantes no contexto, possuem mais capacidade de adentrar o caminho do futuro do que os dois pobres daqui. Quanto ao Sport, caminha célere para alcançar os có-irmãos, como se quisesse prestar-lhes apoio incondicional. Convenhamos, o Sport diante da soberba não se presta a isso. O que reluz então, é simplesmente a incapacidade de adotar medidas saneadoras e um plano, de longo prazo, para alçar voo à modernidade. Não creio.


Amigo Guilardo: Um texto magnifico sobre o tema. Agradecemos por enriquecer a nossa Nota.
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0 #3 RE: NOTAS AVULSASRUBRO-NEGRO 20-04-2018 14:22
JJ: O comentário de Guilardo está perfeito e analisou muito bem o conteúdo do seu artigo. Um dos caminhos do futebol brasileiro é o clube empresa, que tem modelos diferentes para a sua implantação. Isso me lembrou de uma reunião da Diretoria do Sport em 1993, quando você abordou esse tema.
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0 #2 RE: NOTAS AVULSASguilardo 20-04-2018 13:56
O ÚNICO CLUBE EMPRESA- Caro amigo, ontem eu conversava com meu filho exatamente sobre isto. Não de uma forma geral, mas principalmente sobre os clubes de PE. Tem razão você quando afirma que a não modernização nos fará, a todos, ficar no passado para sempre. Alias isso é fato no Brasil todo, salvante o Figueira, como afirmou o amigo. Aqui, pensávamos que o Sport tinha iniciado a trilha para o futuro. Ledo engano. Viveu nesses três anos à sombra da realidade, envolto em mentiras e mistérios. Os outros dois, apenas o Náutico pode, com um esforço inaudito, tentar chegar à modernidade, coisa que eu duvido diante do gigantesco passivo. O velho Santa sequer chegou a iniciar um estudo sobre tal. Não tem perspectiva, não tem comando, não tem Conselho. Contrariamente, tem invenções, jeitinhos, vive o dia de hoje, tem um gigantesco passivo e não tem vontade política para dar um freio de arrumação, que possa colocá-lo na busca do futuro. Simples assim, o tricolor já morreu faz tempo. Tenho a dizer, que clubes muito menores, insignificantes no contexto, possuem mais capacidade de adentrar o caminho do futuro do que os dois pobres daqui. Quanto ao Sport, caminha célere para alcançar os có-irmãos, como se quisesse prestar-lhes apoio incondicional. Convenhamos, o Sport diante da soberba não se presta a isso. O que reluz então, é simplesmente a incapacidade de adotar medidas saneadoras e um plano, de longo prazo, para alçar voo à modernidade. Não creio.
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0 #1 VernalottiBeto Castro 20-04-2018 11:20
Nota 2 - Já que o Figueirense F.C. só tem 5% do capital, gostaria de sugerir a mudança do nome do clube para Vernalotti Ltda.
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