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Escrito por José Joaquim

A falta de visão dos dirigentes dos clubes do futebol brasileiro é tão grave, que esses até hoje não perceberam que o esporte só existe por conta das suas agremiações, e por tal omissão continuam se submetendo aos suseranos do sistema.

Os clubes tem que tomar a iniciativa, porque sem as suas presenças não tem campeonato, não tem seleção, não tem nada. Campeonato sem o Circo tem, sem federação tem, sem clube obvio que não.

Na realidade o sistema futebolístico foi invertido, quando a sua base que é formada por agremiações enfraquecidas, enquanto o órgão maior que o comanda está cada vez mais rico.

Estamos vivendo um período longo de seca, pior do que a do Nordeste, refletindo na maioria dos clubes que apequenaram-se, levando de roldão as competições que se tornaram bem medíocres,  e afugentaram os torcedores.

O modelo adotado no Brasil é o da Casa Grande e da Senzala, que não consegue sequer abrir as portas para investidores tanto nacionais como estrangeiros como acontece na Europa, onde os times são adquiridos, grandes investimentos são realizados, e com isso o futebol do Velho Continente evoluindo.

Quando assistimos os jogos da principais Ligas Europeias observamos que os torcedores lotam os estádios e pouco se importam com o modelo de gestão, se são sociedades anônimas ou não.

No Brasil, o sistema adotado é ultrapassado por conta de dirigentes amadores, apaixonados, sem a visão de um planejamento adequado para a evolução dos seus clubes.

Todos os grandes clubes europeus tem investimentos estrangeiros das mais diversas nacionalidades, e tais participações injetaram milhões de euros nas formatações de elencos e de suas estruturas.

No Brasil pela falta de credibilidade está fora do mercado. Os poucos que se aventuraram a investir no futebol brasileiro saíram em debandada, sendo que alguns foram lesados por dirigentes.

O modelo antiquado do futebol nacional não permite a presença de investidores e de executivos profissionais dirigindo os seus clubes. Os torcedores por sua vez preferem morrer de inanição a mudar o sistema, que faleceu e que jamais poderá concorrer com o mundo capitalista e mercantilista que tomou conta do setor.

Um investidor estrangeiro para penetrar no Brasil teria que ter muitas garantias para a colocação de 200 a 300 milhões de euros no futebol, desde que os seus objetivos são os lucros, e para que isso possa acontecer existe a necessidade de formação de times fortes e altas conquistas.

Enquanto os clubes nacionais incrementam os seus débitos, os europeus fazem altos investimentos, reforçando-se com os melhores talentos do futebol mundial, que entram na corrida dos euros, e isso irá aprofundar mais ainda o abismo que nos separa.

O projeto ideal para ser implantado no Brasil seria o de separar o clube do setor futebolístico, transformando-o em empresa, limpa, sem débitos, e abrir o seu capital para quem deseja participar no setor, que para isso teria que acontecer uma lavagem, para limpar do meio aqueles que só desejam lucros fáceis, e os tem para interesses pessoais.

São ideias para serem debatidas através de um dialogo aberto, desde que se continuarmos na dependência da televisão, de uma negociação de jogadores, nunca o futebol brasileiro irá sair do atoleiro, e passará a disputar apenas com os emergentes.

Na América Latina temos o México como maior exemplo, quando os investidores assumiram os clubes de futebol desse país, que ficou fortalecido e hoje está muitos passos à frente do nosso.

Na realidade se as mudanças não acontecerem. o destino do esporte da chuteira no país será o da preservação da mediocridade.

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