* O Belo da Paraíba não teve pena do fraco Timbu, ao aplicar-lhe um olé que veio junto com o placar de 4x0.
Na realidade o Náutico pensava que era o bam-bam-bam por ter ganho o mequetrefe estadual, e na hora da verdade em dois jogos pela Série C somou apenas um ponto.
Numa competição de 18 jogos na sua fase classificatória um bom começo é fundamental.
O Botafogo-PB foi o dono do jogo durante os seus dois tempos.
Com um futebol mais aplicado, numa excelente noite de Marcos Aurelio que marcou dois gols e deu assistência a um outro, o de Dico, a vitória do time paraibano foi justa, com o direito de um gol antológico de bicicleta de Mario Sergio.
A torcida gritava olé, olé, e o Belo tocava a bola ao som de um violino, quando Walace Pernambucano que não jogou nada cometeu uma falta violenta, e foi expulso pelo arbitro.
O Náutico tem que parar para pensar, e sobretudo entender que o seu time é igual aos demais que disputam a Terceira Divisão, e que poderá sucumbir na competição se continuar jogando de forma desorganizada como aconteceu na noite de ontem, em um Amigão com a maioria dos seus espaços ociosos.
Um papelão alvirrubro.
NOTA 2- UM MINI-BRASILEIRÃO
* O modelo da Copa do Brasil foi dividido em duas fases.
A primeira foi programada para dar o pão e o circo para clubes menores, estipularam boas cotas pelas suas participações, e um obrigado.
Um adeus feliz com dinheiro no bolso.
A segunda foi formatada para a garantir a decisão entre dois clubes que eles chamam de grandes, com a inclusão depois de quatro fases dos que estavam na Libertadores, somados aos campeões da Copa do Nordeste, Copa Verde, e Brasileirão da Serie B.
A competição nas suas oitavas de final tornou-se um Mini-Brasileirão no sistema de mata-mata.
Na verdade onze clubes poderão conquistar o título com apenas 6 jogos, enquanto cinco para conseguirem esse intento jogarão 12 vezes.
Algo surreal, mas como no Brasil de tudo pode acontecer, a Copa do Brasil que já foi democrática tornou-se oligárquica.
Dos 16 clubes que estão na tabela das oitavas, 13 são da Série A, o que transformou a competição em um novo Brasileirão, com caminho mais curto para que o vencedor chegue a Copa Libertadores.
No Nacional os clubes terão pela frente 38 rodadas para conseguirem uma das vagas para o torneio Continental.
Entre os três times restantes, dois são da Série B, Goiás e Ponte Preta, e um da C, Luverdense.
Pela lógica do futebol serão eliminados nessa fase, deixando apenas os maiorais na disputa.
Tudo bem representado conforme o roteiro programado.
São coisas do futebol.
NOTA 3- UM CAMPEÃO NO VERMELHO
* O Corinthians foi Campeão Brasileiro de 2017. O Flamengo ganhou apenas um estadual mequetrefe.
Enquanto o rubro-negro carioca fechou o ano com um excelente balanço financeiro, o alvinegro paulista teve no exercício anterior uma redução de 19% da receita, e com um déficit de R$ 35 milhões. Em 2016 teve um resultado positivo de R$ 31 milhões.
A queda foi por conta das luvas pagas pela renovação dos direitos de transmissão, que não aconteceu em 2017, e a redução das vendas de atletas.
A Receita Bruta foi de R$ 391 milhões.
A maior participação foi da televisão com 38%, seguida pela venda de atletas (25%), Comercial (24%), Outros (7%) e Torcida (6%).
O Endividamento cresceu 4% em relação ao ano anterior, no total de R$ 379 milhões. Os Débitos Fiscais representaram 57%, e os Trabalhistas (12%).
O Caixa foi fechado com apenas 1,3 milhão.
O Custo com o Futebol foi de R$ 175 milhões (+21,0% em relação a 2016).
No endividamento apresentado algo nos chamou a atenção, e que mostra a avacalhação do futebol brasileiro, os valores emprestados por agentes de jogadores no total de R$ 9,3 milhões. R$ 4,1 milhões de Carlos Leite, e R$ 5,2 de Giuliano Bertolucci, com cobranças de juros mais altos do que os bancários.
A diretoria do clube tentou encobrir os seus nomes, colocando na rubrica Cardoso, para Carlos Leite, e Pacheco, para Bertolucci.
Fatos como esse mostram a pobreza de gestão de um dos maiores clubes do Brasil.
Lamentável.
NOTA 4- PANCADARIA NA DECISÃO DO SUB-20 CARIOCA
* Assistimos um vídeo com a batalha campal entre jogadores do Vasco da Gama e Fluminense no São Januário, além da invasão do gramado por torcedores vascaínos.
Tais fatos não aconteceram numa partida de profissionais, e sim de jovens do Sub-20 em jogo decisivo pela Taça Rio.
O título foi ganho pelo tricolor das Laranjeiras, por conta do resultado de 5x3.
A partida estava 4x3 para o Fluminense, quando Samuel marcou o quinto gol, e com uma comemoração que não foi aceita pelos adversários que partiram para as agressões, recebendo a ajuda da arquibancada cujos torcedores invadiram o gramado, chegando a agredir o árbitro da partida.
Sem duvida uma imitação grotesca do que acontece nos jogos profissionais, inclusive um BaVi que aconteceu há pouco tempo, quando jogadores do Vitória não gostaram da comemoração de um atacante do tricolor e tornaram a Fonte Nova em um picadeiro da UFC.
Na verdade a formação no futebol nacional deixa muito a desejar, e as influencias perniciosas que são transmitidas pelos times profissionais são repetidas pelas bases.
O que acontece no futebol é sem dúvida a cara desse Brasil apodrecido.
NOTA 5- DESPEDIDA BONITA EM UM JOGO MEDIOCRE
* Os torcedores do Flamengo compareceram ao Maracanã para o jogo de despedida do goleiro Júlio Cesar, e o fizeram em bom número, com um pouco mais de 47 mil pagantes.
Antes do inicio da partida ouvimos protestos contra o time e a direção do clube.
Com a bola rolando o rubro-negro carioca venceu por 2x0 o América-MG, numa pelada de alto nível, com dois gols marcados no primeiro tempo, e um domínio do Coelho no segundo, obrigando Júlio Cesar a trabalhar no dia de suas despedida, ao realizar quatro defesas impossíveis.
O Flamengo continuou a mostrar as suas fragilidades, com um futebol modorrento que pelo andar da carruagem o ano de 2018 será igual ao de 2017, sem títulos maiores.
No outro jogo pela tabela da Série A, o Bahia no final da partida, aos 48 minutos conseguiu o seu gol salvador, obtendo uma vitória justa contra o Santos pelo placar de 1x0.
A partida foi dominada pelo tricolor baiano, e o 0x0 seria injusto.
A despedida de Júlio Cesar foi a única coisa bonita que aconteceu no Maracanã.
Nota 2 - Infelizmente, a sua não experiência como dirigente de clubes pequenos, o impossibilita de avaliar a tal Copa Dois Brasil dos pixulecos. Dos 80 clubes que iniciam a competição de um ou dois jogos únicos, 60 são clubes pequenos que fazem contratos mínimos de três meses como exige a legislação e realizam quando muito dois jogos com derrotas certas, eliminação e ficam com dívidas trabalhistas e salariais cavalares. O aumento das cotas para os 20 clubes que sobram na terceira fase é apenas o canto da sereia para os marqueteiros continuarem distribuindo pixulecos aos sócios privados da Rede Golpe. No final quem fica com tudo são os mesmos de sempre - as ditas doze tribos da lavagem à jato. As esmolas colocadas nas cuias dos mendigos pedintes vão para os bolsos das gangues dos clubes. Já os esmoleres filantrópicos continuam a receber as suas fortunas dos marqueteiros sem vergonha. Como já foi provado nos escândalos dos quatro ladrões, a Copa do Brasil é a competição mais corrupta do mundo e serve também como tráfico de influência e a aprovação de contas temerárias. A sua existência é a comprovação de que as quadrilhas dos pixulecos não cessaram as suas ações roedoras.
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