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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM JOGO INSOSSO NO BEIRA RIO

* Internacional e Sport fizeram um jogo sem sal, aguado, e sem o menor gosto.

Tiveram empenho, muita vontade, mas o futebol de ambos deixou a desejar.

O rubro-negro resolveu atuar no contra-ataque e o time colorado no sistema Infraero. As bolas alçadas na área do adversário passaram do limite, deixando os seus zagueiros com a cabeça doendo.

No primeiro tempo o mandante passou a pressionar o visitante, com algumas finalizações perdidas. Dos 25 minutos em diante o time da Ilha do Retiro criou coragem e andou perto do gol da equipe gaúcha, mas sem grande perigo.

O segundo tempo foi do ataque do Internacional contra a defesa do Sport, e foi nesse período que o sistema Infraero passou a dominar.

Era bola para área rubro-negra que voltava de imediato.

O goleiro Magrão mais uma vez foi o santo milagroso que garantiu o placar, com três defesas impossíveis.

A defesa do time pernambucano foi perfeita, dando poucas chances para o adversário.

Na verdade a partida foi pobre de qualidade e rica de vontade, e o placar de 0x0 foi bom para o Sport que jogou como visitante.

Um excelente público de 27 mil pagantes, que no final da partida se dividiu entre vaias e aplausos. 

Um jogo fraco como os que vem acontecendo nesse Brasileirinho.

Na verdade a partida foi de uma pobreza franciscana. São Francisco que o diga.

NOTA 2- AS SOFRÊNCIAS DE NÁUTICO E SANTA CRUZ 

* Na postagem de ontem quando analisamos os jogos envolvendo o Náutico e Santa Cruz pela Série C Nacional, afirmamos que o sábado seria de sofrência para os torcedores dos dois times.

Acertamos no centro do alvo.

Como já era esperado o alvirrubro foi derrotado pelo ABC por 2x0, completando a sua quarta derrota como visitante, e com o agravante sem marcar um único gol, e sofrendo nove.

A partida foi uma tragédia, desde que o próprio time potiguar não jogou bem, e o numero de passes errados extrapolou o limite da racionalidade.

Com essa derrota o Náutico voltou a ocupar a lanterna e viu a sua situação agravada.

O time é fraco, sem qualidade, e com pouca inspiração.

Virou um saco de pancadas.

Enquanto isso os torcedores do Santa Cruz sofreram no Arruda durante o jogo do seu time contra o Juazeirense.

Conseguiu um gol no primeiro tempo, e aguentou a pressão do time baiano no segundo, principalmente após a expulsão de Alan Vieira.

Esse encontro foi uma pelada de rua com bola de borracha.

O Juazeirense é um time fraco, sem expressão e teve o empate por várias vezes nas chuteiras ou nas cabeças dos seus jogadores, que não souberam aproveitar.

Com essa vitória, o Santa Cruz chegou provisoriamente no G4, mas pelo que estamos observando, com esse futebol que está jogando, terá dificuldades de manter essa posição, desde que vive de altos e baixos.

Pobre futebol de Pernambuco.

Na noite de hoje o Salgueiro enfrentará o Remo, em Belém, após duas rodadas com vitórias.

Um jogo difícil, com o time paraense desesperado e necessitando de um bom resultado.   

NOTA 3- QUASE 40% DOS JOGOS DO BRASILEIRINHO COM MENOS DE 10 MIL PAGANTES

* Os jogos do Flamengo e Corinthians com seus bons públicos, vem segurando a média de pagantes do Brasileirinho.

Para que se tenha uma ideia, quase 40% dos jogos realizados tem público abaixo de 10 mil torcedores.

As estatísticas do site sr.goool nos mostram que 30 jogos dos 79 realizados nessa competição não atingiram pelo menos 10 mil pagantes.

O Atlético-PR em seus quatro jogos como mandante, apenas o do Palmeiras conseguiu superar essa marca (19.077).

No caso do Vasco da Gama a situação é mais constrangedora, desde que tem dois entre as três piores ocupações do seu estádio.

No jogo contra o time do Vitória-BA recebeu no São Januário apenas 3.147 testemunhas.

América-MG e Botafogo são outros dois clubes que realizaram quatro partidas em casa, e em nenhuma delas passou da casa dos 10 mil seguidores.

Nem mesmo o Fluminense que está bem no alto da tabela, conseguiu escapar do vexame quando em dois jogos em casa não superou essa marca. Com o Atlético-PR  foram 8.364 pagantes, e 8.671 contra o Cruzeiro.

O Sport que está no G6, no confronto contra o Botafogo recebeu na Ilha do Retiro 5.151 apaixonados. 

O Atlético-MG, que já liderou a competição, no jogo contra o Vitória viu o Independência vazio, com 9.648 testemunhas presentes.

Ao todo, 11 clubes já atuaram, ao menos, por uma vez com público inferior a 10 mil pagantes.

Enquanto isso os números mostram que sete clubes da Série A tem uma média abaixo de 10 mil seguidores.

Seis clubes conseguiram romper a barreira dos 20 mil pagantes, com o Flamengo liderando em campo e nas arquibancadas.

A média do rubro-negro após quatro jogos rivaliza com o futebol europeu, com 46.284 apaixonados.

Os dados mostram na realidade o tamanho do nosso futebol, quando clubes da sua Divisão Principal perdem para os da Segunda Divisão inglesa, e alguns para times da Terceira.

Que futebol é esse?

NOTA 4- MARADONA ACIMA DE PELÉ ENTRE OS 25 MAIORES DAS COPAS

* A conceituada revista esportiva inglesa ¨FourFourTwo¨ divulgou a lista dos maiores 25 jogadores das Copas, com Maradona liderando o ranking e Pelé em segundo lugar.

Os critérios utilizados para que chegassem a tal lista, e a liderança do jogador portenho, é que o atleta brasileiro pode ter ganho mais Copas, mas o portenho conseguiu em 1986 arrastar sozinho o seu time para a conquista do título.

Na verdade se tal critério tem validade, Garrincha em 1962 também carregou a seleção que na época ainda brasileira ao bicampeonato.

Por outro lado, pesa no currículo de Maradona o flagrante de doping no Mundial de 1994, que manchou a sua carreira.

O alemão Klose foi a surpresa com o seu terceiro lugar.

Outros seis brasileiros foram relacionados no TOP dos vinte e cinco melhores: Ronaldo (4º), Cafu (6º), Garrincha (7º), Carlos Alberto Torres (14º), Jairzinho (21º) e Rivaldo (23º).

Romário foi esquecido.

Achamos que os editores dessa revista não assistiram os vídeos da Copa de 1958 e 1970, com exibições espetaculares de Pelé.

São coisas do futebol.

NOTA 5- QUE FUTEBOL É ESSE?

* O meia Jadson do Corinthians está chegando no limite do tempo para assinar um pré-contrato com outro clube.

Até o momento o Corinthians não fez uma proposta para renovação.

O mais grotesco de tudo é que o atleta não recebeu as luvas do seu contrato de 2017. O alvinegro não gosta de pagar o que deve em todos os setores.

O seu empresário, Marcelo Robalinho, também é credor em relação a comissão da transferência desde fevereiro de 2017.

O Corinthians só pagou parte da primeira parcela das luvas que foram divididas em quatro prestações- pagas a cada semestre.

Outras duas já venceram e não foram pagas.

Na realidade o time do Parque São Jorge ainda não procurou Jadson por conta da ausência da quitação do acordo realizado quando do seu retorno ao clube.

Que futebol é esse?

NOTA 6- AVISO AOS CALOTEIROS

* O Circo do Futebol Brasileiro já comunicou aos clubes filiados que entrou em vigor no dia 1º de junho, a emenda ao Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas de Futebol, conforme determinação da FIFA em sua Circular 1625, com várias alterações que irão influenciar nas transferência de jogadores.

Uma dessas foi a da redução de três para dois meses do atraso de salários, que permite assim a rescisão por justa causa, liberando o atleta para assinar contrato com outro clube.

De acordo com o artigo 31 da Lei Pelé (96.15/98), a determinação da justa causa para o futebol brasileiro é com o atraso de três meses.

Entretanto, o Circo comunicou aos clubes que os profissionais podem solicitar a FIFA a liberação para transferências internacionais quando a falta de pagamento atingir dois meses, e que esse órgão poderá atende-los.

Os caloteiros a cada dia ficam mais encurralados.

NOTA 7- CAIU O ÚLTIMO INVÍCTO NO BRASILEIRINHO 

* O Atlético-MG que já foi líder agora cai pela tabela do Brasileirinho. Em um jogo repleto de alternâncias, seis gols e um adversário que ficou com 10 jogadores por mais de 60 minutos corridos, o Galo empatou em 3x3 com a Chapecoense ontem no Independência.

O Galo completou três jogos sem vitória. Duas derrotas e um empate.

A torcida vaiou no final, pedindo contratações.

O Chapecoense se apresentou com a mesma proposta conservadora de seus jogos anteriores, retrancado e utilizando a bola aérea como arma. Deu certo.

Abriu o placar aos 19 minutos, aos 20 o Galo empatou, desempatou aos 35 minutos. Aos 50 o Chapecoense empatou.

O primeiro tempo terminou com o placar de 2x2.

Aos 13 minutos da segunda etapa o alvinegro desempatou, e através da cobrança de pênalti a equipe catarinense voltou a empatar.

Um jogo bem movimentado, com seis gols.

No primeiro jogo da noite, o Botafogo derrotou o Vasco pelo placar de 2x1, ultrapassando-o na tabela de classificação com 12 pontos. Um jogo medíocre como a maioria dos que estamos assistindo.

Nos vestiários o técnico vascaíno, Zé Ricardo, pediu demissão.

Não suportou as vaias das arquibancadas.

Finalmente no último encontro do sábado, o São Paulo perdeu a sua invencibilidade ao ser derrotado pelo Palmeiras por 3x1.

O primeiro tempo foi do tricolor, com o alviverde desesperado.

O placar foi aberto pelo São Paulo, por conta de uma lambança do zagueiro Edu Dracena, que de forma grotesca colocou a bola nas redes de Jailson.

O time palmeirense saiu do gramado sob vaias.

Na segunda etapa aconteceu algo inesperado, com uma mudança na forma de jogar do Palmeiras, em poucos minutos o placar estava à seu favor por 3x1, que foi o resultado final.

Parece que o vestiário mudou o comportamento do time.

Comentários   

0 #3 Nota 1André Ângelo 03-06-2018 14:56
O Sport fez mais um jogo de superação ontem.
O time é limitado, mas tem um espírito de grupo muito forte.
Esse espírito não existia quando Diego Souza fazia parte do plantel. Isso ocorria porque, como ele não corria para o time, os outros jogadores também não se dispunham a correr no lugar dele.
Duas observações têm de ser feitas.
Primeiro que o Sport criou a figura do "volante parado".
Antigamente existia a figura do "beque parado", que era aquele zagueiro que não avançava ao meio campo. Ficava limitado à entrada da própria área.
Mas, com Felipe Bastos, passou a ter um volante parado.
Agora eu entendo porque o Corinthians liberou facilmente esse jogador.
Ele não marca (melhor, marca com os olhos), não gosta de correr atrás dos jogadores adversários, não faz falta, erra passes de 3 metros e quando acerta os passes são "ossos" que os companheiros têm de se desdobrar para dominar.
A dupla de volantes tem de ser Anselmo (isso se o Internacional não vender para o exterior) e David.
Felipe Bastos é um grande enganador dentro do futebol.
O outro ponto a ser observado é a falta de criatividade (ou inteligência) de Rogério, pois nunca sabe o que vai fazer com a bola.
É incrível como opta sempre pela escolha errada na jogada.
Por fim, os jogos estão mostrando que o Sport precisa de um centroavante goleador, pois Rafael Marques está sendo sacrificado nessa posição. Ele joga bem como como 2º atacante, e não como homem de referência.
Ou a diretoria se esforça para trazer um GOLEADOR ou vamos terminar a temporada sofrendo tão ou mais do que em 2016 e 2017.
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0 #2 RE: NOTAS AVULSASRUBRO-NEGRO 03-06-2018 13:57
JJ: O jogo Internacional e Sport não teve sal. Ficou aguado e sem sabor. O resultado foi bom para o rubro-negro que está passando bem pelas pedreiras. A defesa e Magrão salvaram o time.
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0 #1 Diário do TitanicBeto Castro 03-06-2018 12:17
Adoro a leitura dos relatórios do diário de bordo do comandante da Nau à Deriva Titanic, enquanto a Orquestra do Naufrágio toca peças clássicas da submersão anunciada. Glub! Glub! Glub!
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