O não à seleção do Circo pela população brasileira não é dirigido ao futebol nacional em si, mas ao contexto que o permeia por longos anos, e que o levaram ao fundo do poço.

Desde a Copa de 2006 que torcemos contra esse time que insiste em dizer que pertence ao Brasil, e que na verdade é o carro chefe de sustentação do esquema que comanda esse esporte no país.

Tínhamos um sentimento de que uma derrota na Copa do Mundo poderia apressar a queda de uma organização que se apossou do futebol brasileiro por um longo período.

Infelizmente a nossa sociedade foi  e continua sendo omissa, desde que não aproveitou-se das três últimas quedas, e a mais grave com a Copa sendo realizada no país, acoplada com a derrota acachapante de 7x1 para a seleção da Alemanha.

Vieram as CPIs e como sempre obras das pirotecnias dos políticos brasileiros.

O sistema vigente no Circo não permite mudanças. Essas poderiam partir do Congresso com a modificação na Legislação Esportiva. Nada foi realizado, e tudo continua como dantes.

Quatro anos após a ultima queda (2014), o comando continuou com o mesmo perverso grupo.

Tivemos verdadeiras seleções brasileiras, formadas por jogadores da casa e que emocionavam os torcedores como nós.

Craques sem marketing, sem exibicionismo, mas dentro do campo mostravam o quanto era o futebol nacional. Nenhum se preocupava com seu visual, e sim com a bola.

Como torcer por uma seleção que só tem três jogadores atuando em nosso futebol, e assim mesmo, reservas dos reservas?

Como torcer por um time de uma entidade que teve os seus últimos três presidentes defenestrados por conta de corrupção?

A seleção virou um produto composto por atletas milionários que não moram no país, e quando perdem um evento como esse, voltam para as suas mansões europeias para a continuidade de suas carreiras.

Seleção é um caminho para um bom contrato.

Muitas vezes jogadores são convocados para que sejam valorizados, e isso passou ser uma rotina no sistema. O volante Fred que estava na Ucrânia foi contratado pelo Manchester United.

As pesquisas mostram o desinteresse da população com a Copa, e alguns fatores foram citados pelos entrevistados, situação do país, a corrupção, falta de credibilidade da politica, mas o fundamental é a repulsa que esses mostraram com relação ao comando do Circo.

Isso foi o peso maior.

Esperamos que os Deuses do Futebol mais uma vez estejam do nosso lado, e a seleção do Circo volte para casa mais cedo, e quem sabe que por conta do ambiente que está sendo respirado no Brasil algo possa acontecer para que aqueles que estão mandando na Casa da Barra da Tijuca, que enfim sejam expulsos do templo.

Precisamos na verdade de um Cristo que teve a coragem de expulsar os vendilhões.