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Escrito por José Joaquim

No futebol europeu que está muitos anos à frente em organização, na administração de seus clubes, tem um setor que gerencia os riscos nas negociações dos direitos econômicos de atletas, acertos salariais, além de outros fatores que trazem alto impacto em seus orçamentos.

Gerenciamento de risco é muito comum nas empresas, em especial nas instituições financeiras, que tem os seus comitês dedicados às avaliações de créditos que estão sendo solicitados por seus clientes, em relação às suas capacidades de pagamento.

O volume de recursos do futebol no Brasil exige que um sistema como esse seja implantado, para a proteção no que tange os Riscos Financeiros e de Imagem.

Há algum tempo estamos estudando o assunto, e verificamos que o Departamento de Futebol é o mais vulnerável, e que necessita da implantação de uma politica de analise de riscos.

A não ser o que existe na Europa, nenhum clube brasileiro já atentou para a necessidade de tal sistema. Procuramos trabalhos sobre o tema, e no Brasil poucos analistas o abordaram. 

Pelo que conhecemos das nossas entidades esportivas, as decisões são tomadas de forma açodada e através de pessoas que não tem qualificação necessária para tal. Muitas vezes as necessidades financeiras pesam em uma compra ou venda, assim como as paixões em uma contratação, ou a influencia dos empresários, que em alguns casos tem sociedade com os dirigentes.

Trata-se de um assunto que somente pelo nível dos visitantes de nosso blog pode ser debatido, desde que a filosofia adotada pelo futebol  brasileiro é o das antigas cadernetas de vendas, quando o apurado era lucro.

Quantos jogadores são contratados e não conseguem se firmar? Em Pernambuco são dezenas e mais dezenas. As contratações não são realizadas sob a ótica de risco. Os contratos são renovados, também sem a lógica de risco, inclusive nos seus prazos de duração.

Um analista do setor poderia estudar e concluir o peso financeiro que uma contratação malfeita, ou então uma renovação açodada podem ocasionar prejuízos aos clubes.

Quantas multas milionárias são pagas a jogadores e em especial aos técnicos, que foram mal contratados, deixando um buraco nos seus fluxos de caixa? Os exemplos são bem claros.

A carteira de atletas profissionais treinando em separado e com altos salários que são pagos, fazem parte do dia a dia das agremiações.

Na realidade, o futebol profissional exige um setor como esse, desde que pelos recursos dispendidos tem a necessidade de uma melhor programação para utiliza-los.

Trata-se de algo muito complexo, posto que as contratações são complicadas e tem muitas variáveis, mas a implantação de uma área de analise de risco em clubes com grandes receitas é bem salutar, quando poderiam ser criados mecanismos de proteção para minorar os efeitos de uma transação mal programada, ou uma venda da imagem sem obtenção do sucesso.

Abordamos esse tema por conta de alguns clubes terem em seus passivos vários débitos referentes a acordos que foram procedidos com os profissionais que tiveram os seus contratos rescindidos, sem cláusulas protetoras.

O Internacional tem um jogador treinando em separado por alguns meses, com um salario mensal de R$ 450 mil.

No Brasil não conseguimos fazer um calendário, um regulamento, ou uma tabela de um torneio, imagine implantar um setor de gestão de risco.

Um sonho que irá demorar a ser alcançado, e acontecerá quando a inteligência assumir o comando desse esporte no país. 

Comentários   

0 #1 Instinto SadomasoquistaBeto Castro 18-06-2018 23:29
Não há qualquer problema em sonhar. A maioria dos clubes não tem nem registros de débito e crédito num caderno de pautas com traços verticais. Não há conta bancária para não ser sequestrada pelos credores, não há livro caixa, muitos não tem sequer um sede e um endereço. Já os grandes e médios com tradições centenárias não disputariam um certame com 20% de risco de terem as suas marcas desmoralizadas, se houvesse uma mínima análise de risco. 20% teóricos para as doze tribos protegidas com muitos milhões em distribuição de recursos da TV, taxa que aumenta para quase 50% entre os ioiôs do elevador sobe e desce. O certame A está com pouco mais de 25% do seu andamento e os passadores tradicionais de sebo no toutiço já estão encaminhados para a degola - Ceará e Paraná que subiram em 2017 e Bahia e Atlético-PR, tradicionais ascensoristas do elevador. Como clubes que disputam uma marmelada institucionalizada poderiam contratar especialistas em análise de riscos? Um campeonato enfadonho e modorrento que se arrasta por nove longos meses, cujos clubes da página dois se arrastam sem qualquer alegria aos seus torcedores até a desgraça, já é uma UTI permanente de enormes riscos. Imagino como seria difícil um profissional se arriscar em se transformar num analista de risco numa competição de Roleta Russa entre suicidas e sadomasoquistas orientados pelo Marquês de Sade sob a bandeira do Estado Islâmico. Acorda para Jesus e vamos rezar juntos para o fim dessa pantomima sem futuro.
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