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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O APITO AMIGO AJUDOU O NÁUTICO

* O Londrina deixou escapar uma grande chance de voltar ao G4 da Série B Nacional. Teve como visitante o time misto do Paysandu, e não saiu do empate de 0x0, o sétimo como mandante.

Com esse resultado subiu para a 5ª posição, mas complicou-se na tentativa do acesso a Divisão Maior do Futebol Brasileiro.

Tanto Bahia, como o Náutico, tem um maior número de vitórias do que as do time paranaense, e ambos ainda irão jogar na 34ª rodada. Provisoriamente esse ficou empatado com o alvirrubro de Pernambuco, mas o critério técnico não permitiu que assumisse a quarta colocação.

Para o Londrina foi um tropeço, e terá que recupera-lo no próximo jogo que também será no Estádio do Café, mas contra o lider da competição, o Atlético-GO que luta pelo título. Se os dois concorrentes vencerem os seus jogos, a disputa ficará com menos um, desde que dificilmente esse irá chegar.

Dominou o jogo, perdeu muitos gols, bola na trave, e ainda teve um gol legitimo de Itamar anulado pelo apito amigo da Paraíba, Renan Roberto de Souza.

O Náutico agradeceu ao apitador do estado vizinho pela grande colaboração. As garfadas acontecem em todas as divisões.

Esse é o futebol da República de São Paulo.

NOTA 2- O TROCO DE PEP GUARDIOLA

* Ao assistirmos ontem o jogo entre o Manchester City x Barcelona, pela Liga dos Campeões da Europa, verificamos a diferença que existe entre o futebol brasileiro e o do Velho Continente.

Quem acompanhou América-MG x São Paulo, na última segunda-feira, e no outro dia presenciar uma partida como essa, sentiu que estamos no esgoto sanitário na comparação entre os dois centros.

A partida foi excelente, com um domínio do time espanhol até os 30 minutos do primeiro tempo, com o placar favorável de 1x0, gol de Messi.

A equipe inglesa após o gol do empate tomou conta da partida, e no segundo tempo virou o placar para 3x1, com Guardiola dando o troco pela derrota de 4x0 no Camp Nou, quando o seu time estava jogando bem, e teve um jogador expulso.

Um excelente jogo, com jogadores de alto nível, e mais uma vez com Neymar apagado no campo, e a ausência de Iniesta sendo sentida pela equipe catalã.

Pelo menos temos o futebol europeu para nos alegrar.

NOTA 3- O TRIANGULAR DO REBAIXAMENTO

* A disputa da última vaga do rebaixamento será com um triangular. Coritiba, Internacional e Vitória estarão na luta até o final da competição. Com relação ao Sport, as chances de queda são remotas, e entendemos que nem que a vaca tussa isso irá acontecer.

O matemático Tristão Garcia acredita que, para seguir na elite, um clube precisará de pelo menos 44 pontos, desde que os retardatários do Brasileirão seguem pontuando. Por uma coincidência trata-se de algo que já discutimos com nossos visitantes.

Embora os sites especializados coloquem o Vitória com 51% e o Internacional com 29% de chances para o rebaixamento, a situação do Colorado ficou mais complicada com o empate do Santa Cruz. Seria melhor uma derrota contra o Grêmio, e uma vitória para o time pernambucano.

O Coritiba tem 14% de possibilidades do descenso, e a sua situação é mais tranquila.

Os jogos do Internacional são mais complicados do que os do Vitória.

O primeiro joga contra o Palmeiras (F), Ponte Preta (C), Corinthians (F), Cruzeiro (C) e Fluminense (F). São três jogos como visitante, cujo percentual é de 20,86%. Se ganhar os dois jogos que terá como mandante, o Internacional irá precisar de uma vitória fora de casa.

O rubro-negro da Bahia terá três jogos no Barradão. Atlético-PR que é um péssimo visitante, Figueirense, já rebaixado e Palmeiras, na última rodada, como campeão. Santos e Coritiba serão fora, e são dois jogos com dificuldades da obtenção de vitórias, ou seja, necessita dos nove pontos em seu terreno para fugir da degola.

Os torcedores baianos contam com Marinho, que é um dos melhores atacantes da competição, e que retornou muito bem contra o Fluminense, inclusive marcando o gol do empate.

O triangular será bem interessante, com uma vantagem para o Coritiba, que tem três jogos como mandante, inclusive o confronto direto contra o Vitória. Esse necessita de seis pontos para escapar do carrasco, enquanto os outros dois precisam de mais.

Serão cinco rodadas de sofrimento para sua torcidas, e que o Sport não caia na tentação de jogar fora o que adquiriu nos seus dois últimos jogos.  

NOTA 4- CAMPEÕES NACIONAIS NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

* O Campeonato Brasileiro no período de 2006 a 2015 teve cinco clubes diferentes conquistando o título. Todos do eixo Rio-São-Paulo-Minas. 

São Paulo(3), Fluminense (2), Corinthians (2), Cruzeiro (2) e Flamengo (1), foram os vencedores.

Se compararmos com os Campeonatos das maiores ligas europeias, com exceção da França que teve seis times conquistando o título, muito embora nos últimos quatro anos a competição tenha sido ganha pelo Paris Saint Germain, por conta de seus maiores recursos, os demais tem participações menores do que a nossa.

Quando se discute equilíbrio nas competições e dão o exemplo da Europa, estão cometendo um grande equívoco.

Na Alemanha só quatro clubes foram vencedores nesse período, e como aconteceu na França os últimos quatro campeonatos foram ganhos pelo Bayern de Munique.

Mais grave é o futebol Espanhol, com apenas três clubes. Real Madrid (3), Barcelona (6) e Atletico de Madrid (1). O mesmo se dá na Itália, com 4 titulos da Internazionale, 5 da Juventus e 1 do Milan. A Juventus desde a temporada de 2011/2012 é a vencedora do Campeonato Italiano, que na verdade perdeu a sua graça por ter se transformado de um único time.

No caso brasileiro pela tabela do Brasileirão, iremos ter mais um clube vencedor, o Palmeiras que há 22 anos não levanta o troféu, mas faz parte do eixo dominante.

Por outro lado, o futebol gaúcho não levanta o troféu por um longo tempo. O Grêmio há 20 anos, e o Internacional está completando 39, quase quatro décadas.

No Rio de Janeiro, o Botafogo está completando 21 anos e o Vasco, 16. Dos times de São Paulo o mais longevo é o Santos com 12 anos de jejum.

Na realidade o ideal é que houvesse uma melhor distribuição, mas as receitas de alguns clubes são tão diferenciadas que não permitem um estranho no ninho.

São coisas do futebol.

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