* Para times que disputam o titulo de campeão, ou para aqueles que lutam contra o rebaixamento para a Série B, o resultado de uma partida pode influenciar no sentimento dos torcedores e jogadores quanto ao futuro dos seus times.
Tal fato se reflete no jogo da noite de hoje entre o Botafogo e Sport, no Nilton Santos, que é um confronto direto e além disso um mata-mata em pleno período dos pontos corridos.
Ambos não estão bem na tabela do Brasileirinho, e com chances de rebaixamento.
O alvinegro carioca, 12º colocado, 22 pontos, 5 vitórias, 7 empates, 8 derrotas, aproveitamento de 37%.
Por outro lado, o time rubro-negro da Ilha do Martírio, está na 16ª colocação, distando um ponto da zona perigosa, com 20 pontos, 5 vitórias, 5 empates e 10 derrotas, aproveitamento de 33%.
Nas últimas cinco rodadas, o Sport somou um ponto (6%), enquanto o Botafogo conquistou 2 (13%). Nas dez últimas o rubro negro conquistou 2 pontos (6%), enquanto a equipe de General Severiano totalizou 9 (30%).
Como visitante o Leão tem um aproveitamento de 23,3% enquanto a equipe carioca da Estrela Solitária, como mandante tem 59,26% de aproveitamento.
Os números são contrários ao Sport, muito embora o adversário esteja capengando as suas chances de vitória são de 60%, contra 20% do time de Pernambuco.
Na verdade, só resta aos rubro-negros uma boa reza para Santa Rita de Cássia, a padroeira das causas impossíveis.
NOTA 2- UMA RODADA POBRE DE GOLS
* A 20ª rodada ainda não foi encerrada por conta do jogo que foi adiado entre a Chapecoense x Atlético-PR.
Nove partidas foram realizadas e o fato principal foi o da pobreza de gols, com um total de 13 bolas balançando as redes, com uma media grotesca de 1,44 por jogo.
Aliás isso é o belo retrato de um futebol que pratica um defensivismo exagerado, por conta do desequilíbrio financeiro dos clubes. A única solução para os menos afortunados é o de fechar as suas portas com diversos cadeados.
O placar mais elevado foi de 2x0 em dois jogos, o do Palmeiras contra o Botafogo, e América-MG e Sport. Pelo andar da carruagem esse será considerado como uma grande goleada.
Quatro partidas terminaram empatadas, com três 1x1 e um 0x0. Os mandantes tiveram 3 vitórias, e os visitantes 2. Os demais três jogos terminaram com o placar de 1x0.
O público pagante teve uma pequena queda, com 178.534 torcedores nas arquibancadas, com uma média por jogo de 19.615.
No geral o total de pagantes nas 196 partidas que foram realizadas é de 3.502.458, com a média de 17.870, que vem se mantendo.
NOTA 3- BALANÇAR AS REDES NO BRASILEIRINHO É CRIME
* A alegria do futebol é sem duvida as redes balançando. O gol é o grande espetáculo de uma partida, mas no Brasil esse produto está sumindo dos gramados.
Na Nota 2 acima mostramos uma média vergonhosa de gols na 20ª rodada de 1,44 por partida.
Os atacantes sumiram e os ônibus biarticulados tomaram conta dos gramados.
Nenhum dos vinte times chegaram a uma média de 2,0 de gols por jogo nas vinte rodadas que foram realizadas.
Os artilheiros estão em greve de fome.
Como se pode admitir uma equipe como a do Cruzeiro ter balançado as redes nos seus vinte jogos por apenas 16 vezes (0,80 por jogo). Sem duvida é inacreditável e lamentável.
Fizemos um ranking das médias e ficamos envergonhados com os resultados que mostraram a cara de um futebol inimigo das bolas nas redes.
* O futebol brasileiro se diz profissional com os times sendo dirigidos de forma amadora. O caso de Sánchez do Santos é a demonstração dessa realidade.
Um clube organizado jamais iria escalar um atleta em um jogo da Libertadores com uma punição à ser cumprida.
Não tínhamos ainda comentando esse assunto, desde que estávamos colhendo subsídios para uma melhor analise.
Lemos e ouvimos de tudo.
O Comet da Conmebol que tem todas as penalidades e jogadores anotadas, não tinha o nome desse atleta como penalizado. O time peixeiro de forma equivocada confiou em algo que é um boletim informativo.
O presidente santista criticou o Independiente por saber da punição e não tê-lo avisado. No mundo do futebol isso seria a entrega do ouro ao adversário.
O que deveria ter sido feito não o foi, que era solicitar da Conmebol oficialmente se existia ou não punição ao jogador.
Todo clube que se preza tem esse cuidado nas transferências, tanto a nível nacional como internacional, para que não possam cair em um erro como esse.
Quando dirigíamos o futebol na Federação local, sempre que tinha uma contratação de outro estado, orientávamos os clubes para que esses pedissem através da entidade, informações do Circo, e do STJD.
No caso de Sánchez, que tinha jogado na competição Sul-americana o pleito deveria ser encaminhado a Conmebol. Isso faz parte do curso primário de um gestor esportivo.
Na maioria dos casos de transferências, os jogadores não comunicam as suas punições, e os clubes ficam na obrigação de pesquisar nos órgãos competentes.
O Santos pecou e poderá pagar por seu pecado.
NOTA 5- O JUIZ E O FUTEBOL DE TAPA NA CARA
* Fernando Calazans, colunista esportivo do jornal ¨O Globo¨, publicou um artigo do mais alto nível sobre o futebol brasileiro, cujo título foi de ¨O Juiz e o futebol de tapa na cara¨, onde ele analisa a boa arbitragem de Ricardo Marques Pereira que teve a coragem de expulsar Romero, atacante do Corinthians, que mandou o braço propositalmente no rosto de Digão, durante o jogo do Fluminense contra o alvinegro paulista.
O artigo é longo e não caberia no espaço de nosso blog, mas no meio desse encontramos algo que veio ao encontro do que escrevemos diuturnamente em nossas postagens.
O texto que captamos é genial e expressa a realidade do que acontece em nosso Brasil.
¨O futebol aqui no país, de um gol a outro, não se joga só com os pés. Joga-se também com os braços, com as mãos, com os cotovelos na cara dos adversários. Disputas de bola com gestos e atitudes assim se tornaram tão naturais, que, para muitos, da torcida e até da crítica, passaram a ser chamadas ¨faltas de jogo¨, isentas portanto de punição com cartão.
Os árbitros não querem criar atritos com jogadores, nem dores de cabeça para si mesmos, e dão no máximo apenas um burocrático cartãozinho.
Ao contrário destes que contam com a boa conivência da CBF, ela totalmente indiferente à violência dentro do campo (ou fora dele). Ricardo Marques Ribeiro mostrou personalidade para punir o jogador que agrediu o adversário.
A CBF e sua comissão de arbitragem não assumem sequer o trabalho de recomendar a seus comandados uma atitude mais severa com esse vício de nosso futebol. E o jogo continua com tapa na cara¨.
Na verdade ao lermos esse bom artigo ficamos na certeza de que não estamos no bloco do Eu Sozinho.