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Escrito por José Joaquim

Os esportes brasileiros estão em processo de falência. As Confederações, com exceção do Circo que tem uma vaca leiteira chamada de seleção, estão quebradas.

O Basquetebol com uma gestão desastrada, deveria ingressar no processo de recuperação judicial, desde que o seu débito representa hoje R$ 17,2 milhões, com um crescimento de 1.350% em seis anos. Não poderá quita-lo nem à longo prazo. A Natação pretendia cancelar todas as competições nacionais por falta de recursos. Recuou. O seu presidente está sendo investigado. Outros cartolas também o são, por supostas falcatruas.

Um panorama que visto da ponte é trágico e sem uma esperança maior para o futuro.

Uma sociedade só consegue evoluir se existirem normas e essas serem devidamente cumpridas. O Brasil é um país conhecido por ter muitas leis, muitos artigos e que não são acatados.

No futebol não existe nem a lei, nem a ordem, e tudo fica entregue ao aleatório, nas mãos de quem manda, que muitas vezes não são pessoas idôneas. O maior exemplo vem do Circo do Futebol Brasileiro (CBF).

Criaram a APFUT, que tem um pomposo nome: ¨Autoridade Pública da Governança do Futebol¨. Uma piada das muitas que ouvimos no Brasil. Sequer foi instalada, e cujo objetivo era o de fiscalizar o que determinava o PROFUT. Seria uma agencia com objetivos exclusivos, e sem uma abrangência maior nos esportes.

Há anos que escrevemos sobre a necessidade de uma Agencia Reguladora séria, o que aliás é difícil de se fazer nessa país dominado pela corrupção sistemática, que poderia normatizar e fiscalizar todas as atividades esportivas.

Tivemos o CND que foi extinto no nefasto governo Collor, que cumpria esse papel com competência, dando um rumo aos esportes, em especial, o futebol. Em nome de uma fictícia autonomia esses ficaram ao relento.

A autonomia transformou-se em anarquia, onde não se cumpre regulamentos, com um modelo de gestão oligárquica, sem respeitar os direitos. Mandam e desmandam. As datas dos jogos são modificadas ao bel prazer do dirigente de plantão. O Santos que o diga.

Os horários dos jogos são indecentes. O número de partidas que os clubes tem que disputar por conta de um calendário imbecil, elaborado por imbecis é o maior do mundo. Por conta disso os departamentos médicos dos clubes estão lotados.

Com o CND em atividade nenhum desses problemas existiria. Para que se tenha ideia, o Decreto 51.008, de 20 de julho de 1961, regulamentava os horários dos jogos, os intervalos das partidas (72 horas), com considerações sobre os temas. Tratava-se de um marco regulatório para que o segmento pudesse andar de maneira correta.

Infelizmente uma canetada de um presidente lunático destruiu o que tinhamos de bom nos esportes brasileiros, em especial no futebol. Hoje esse esporte é igual a uma panela, onde todos metem a sua colher, e no final a comida sai com péssimo sabor.

Abriram as porteiras e o gado saiu em disparada, e o resultado está sendo colhido, com a decadência de um esporte que já foi do povo. 

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