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Escrito por José Joaquim

Não somos profissionais da área de educação física ou saúde, mas a experiência e estudos sobre os esportes nos levaram a analisar o modelo totalmente equivocado utilizado em nosso país para iniciação de jovens talentos.

Hoje vivenciamos uma enorme ansiedade para a formação de um atleta, principalmente no futebol. Tudo por conta das necessidades sociais, transformando-se um jovem em tabua de salvação de sua família.

Existe um fato claro e indiscutível com relação ao desporto infantil, que esse não seja orientado para se fazer campeões, pois tais objetivos são para competições com idades mais avançadas.

Quando se fala em trabalho escravo, nos lembramos que no Brasil se obriga uma criança a se tornar campeã, com o mesmo procedimento de coloca-la em uma fábrica e exigir-se  uma produtividade.

Dirigimos o Comitê Nacional de Mini-Basquetebol, e observamos na ocasião que nas escolas, nas escolinhas dos clubes, o padrão de treinamento das crianças era o mesmo aplicado para os adultos, e as competições eram para transforma-las em vencedores.

Mudamos a linha e orientamos que tudo ligado a esse esporte até 12 anos, fosse feito de forma pedagógica, ensinando para que os participantes gostassem do que estavam fazendo.

No futebol, as escolinhas dos clubes e outras que proliferam pelo país afora, formatam treinamentos para crianças como fossem já praticantes de alto nível.

A forma ideal para começar com menores de 12 anos, principalmente nas escolas, é deixa-las livres para optarem por uma atividade favorita, que depois poderá ser modificada para outra, e assim por diante. É o primeiro passo para a formação de um atleta.

A necessidade, a ânsia dos pais para que tenham um filho um objeto de promoção, induzem para que esses comecem a se aprimorar no esporte que foi escolhido, em especial o futebol, submetendo-os a treinamentos longos, tirando-os do foco escolar, na sua formação cultural inicial que será a sua base para o futuro.

Aprendemos nessa longa jornada esportiva, que a criança além do esporte, tem a necessidade de participar dos seus jogos infantis para a consolidação da sua personalidade.

Hoje já estão começando muito cedo a se dedicarem a um esporte, induzidos por profissionais e sobretudo pelos pais, e se no futuro os resultados forem negativos, serão alimentados por fatores de fracassos e desilusões, que vão persegui-los por anos em quem sabe, pela vida.

O grande problema é a necessidade e o sonho de ser um Messi, e por conta disso todo um procedimento é alterado, causando um grande mal à formação de uma criança.

Na verdade, a escola deveria ser o ponto de partida, mas no Brasil essas são degradadas, o ensino é precário, quanto mais os esportes.

Comentários   

0 #3 RE: MUDANÇA DE FORMATOPAULO ROBERTO 08-10-2018 17:10
JJ: Um artigo de qualidade, que retrata um erro grave na formação para as crianças, Concordo inteiramente com os outros comentários,
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0 #2 RE: MUDANÇA DE FORMATOCLOVIS ARRUDA 08-10-2018 17:08
JJ: Sou professor e tenho essa mesma visão do artigo. Não se pode levar uma criança para disputar jogos no alto nível, assim como prepara-las. O inicio da formação é lúdico.
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0 #1 RE: MUDANÇA DE FORMATOANTONIO CORREIA 08-10-2018 17:05
JJ: Hoje existem competições sub-9, que é um erro grave. O seu artigo mostra a realidade do que acontece nos esportes, em especial no futebol. Crianças sendo tratadas como adultos.
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