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Escrito por José Joaquim

Aproveitamos a ¨La Dolce Far Niente¨ de nossos visitantes com um bonito feriadão, para tratar de assuntos relacionados as gestões do futebol, que necessitam de uma maior reflexão de todos, desde que em nossa região é pouco debatido. O tema escolhido para essa postagem é o executivo do futebol, e o seu papel junto aos clubes.

Já mostramos que a profissionalização dos clubes esportivos é muito importante para as suas evoluções .O modelo do dirigente amador abnegado já faz parte do passado na maioria dos esportes e sobretudo no futebol mundial.

Sempre tivemos uma visão ampla sobre o assunto, e para que os amigos visitantes tenham uma ideia, em 1973 quando estávamos na direção do futebol do Sport, trouxemos para o clube o primeiro gerente executivo do futebol local, e que na época era chamado de supervisor, para nos ajudar na administração.

Edgar Campos, já falecido, viu e venceu, ao atuar nos três clubes da capital. Na ocasião não tínhamos escolas que formavam profissionais do setor, e a experiência contava, trazendo-o do Vasco da Gama.

Aos poucos o futebol brasileiro começou a observar uma nova forma de administração, quando resolveu deixar nas prateleiras as figuras dos antigos cartolas, que eram apaixonados pelos seus clubes, sem nenhuma qualificação profissional, substituindo-os pelos modernos executivos.

Na verdade existem os executivos e os ¨executivos¨, e esses últimos tem sido o grande problema para que o novo componente possa se sedimentar no processo, desde que no setor ingressam pessoas sem o devido preparo e conhecimento do gerenciamento de algo que hoje é um grande negócio.

A maioria dos clubes que disputam as quatro divisões nacionais, tem a presença desses personagens, sendo que alguns atuam com liberdade e alçam voos próprios, enquanto outros apenas tem o cargo e dependem da palavra dos seus diretores para tomarem as providências necessárias para a administração do futebol de suas agremiações.

Na verdade, o cargo é importante e salutar para a modernidade, mas necessita de preparo de quem o ocupa, principalmente do mercado em que está atuando. O executivo resolve e não é apenas um cumpridor de ordens dos cartolas.

Deve ter conhecimento de planejamento estratégico, de governança coorporativa, que entrelaça os setores do clube, saber preparar um relatório, e sobretudo ter um conhecimento do mercado de jogadores com um banco de dados, que possa ajudar nas contratações.

O futebol cada dia movimenta mais recursos, e certamente necessita de um gestor que possa gerencia-lo com competência, como se faz numa grande empresa, e não apenas elaborar um contrato e enviar para registro, ou organizar viagens e locais de treinamentos, coisas que são atribuídas a outros setores. 

Os executivos cresceram tanto que fundaram a sua Associação, desde que no Brasil até no cemitério tem associações e sindicatos dos mortos, pois isso faz parte de nossa cultura, mas sem duvidas estamos seguindo o caminho certo, pois os cartolas já começam a fazer parte do mundo antigo do futebol mundial, e no futuro serão sem duvida objetos dos livros de história.

O importante na contratação de um desses profissionais é que se possa discernir o executivo ¨executor¨, do executivo¨ repassador de ordens¨. 

Essa é a questão.

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